Greenpeace afasta frota baleeira japonesa da área de caça na Antártica

Depois de uma perseguição em alta velocidade por centenas de quilômetros em meio à névoa e mar revolto, o navio Esperanza do Greenpeace conseguiu levar a frota baleeira japonesa para fora da área de caça no Oceano Antártico.

Após encontrar a frota às margens do continente antártico, o Esperanza perseguiu o navio-fábrica Nisshin Maru na marca da latitude 60º - o limite da região de caça - sendo seguido pelo baleeiro Yushin Maru.

"Viemos aqui interromper a caça dos baleeiros japoneses e estamos conseguindo isso. Agora que eles estão fora da área de caça, que se mantenham longe", afirmou Sakyo Noda, do Greenpeace Japão que está a bordo do Esperanza.

Suspeita-se que a frota baleeira pretende reabastecer em breve e desembarcar a carne de baleia que já foi processada no navio-tanque Oriental Bluebird, de bandeira panamenha - um navio que não tem licença para fazer parte da frota baleeira.

O Nisshin Maru tem no momento cerca de 4 mil toneladas de carne de baleias estocadas de expedições anteriores. "Eles estão traficando carne de baleia que não é desejada no Japão", afirmou Karli Thomas, líder da expedição do Esperanza na Antártica.

"O Oriental Bluebird já fez isso aqui na Antártica no passado. Não é um navio registrado como parte da frota baleeira e portanto não deveria estar aqui", denunciou Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Oceanos do Greenpeace Brasil, que também está a bordo do Esperanza.

Nenhum comentário:

Natureza