Em debate em Bali reciclagem de lixo eletronico

A eliminação ecológica do lixo electrónico (e-waste) no Mundo, sobretudo a reciclagem de telefones celulares e computadores, são alguns dos principais assuntos em debate numa conferência internacional sobre resíduos perigosos, que começou esta segunda-feira em Bali, Indonésia.

Especialistas de cerca de 170 países reúnem-se até sábado na capital indonésia para encontrar meios mais eficientes para remover as carcaças dos electrónicos, no Mundo e analisar a criação de novas leis que abranjam a eliminação ecológica de celulares e computadores, cujo tratamento incorrecto tem fortes impactos sobre a saúde humana e o ambiente.

Durante a 9ª Conferência das Partes da Convenção da Basileia sobre o Controle dos Movimentos Transfronteiriços dos Resíduos Perigosos e Sua Eliminação, procurar-se-á também «aumentar a atual proibição de exportação de lixo tóxico para países em desenvolvimento que não tenham infra-estruturas necessárias ou conhecimentos» para realizar um tratamento ecológico desses detritos, segundo a organização do evento.

O principal objectivo da Convenção de Basileia é contribuir para a protecção do ambiente e saúde pública no domínio dos resíduos através de um controlo mais rigoroso dos movimento transfronteiriços dessas substancias, e através da sua gestão ecologicamente correcta em aplicação do princípio de que os resíduos devem ser eliminados no país onde são produzidos.

Esta Convenção foi ratificada por sessenta países, incluindo Portugal, (Estados Unidos, Canadá e Austrália ainda não assinaram) e reflete a resposta da comunidade internacional ao problema causado pela produção mundial anual estimada de 400 milhões de toneladas de resíduos tóxicos, corrosivos, explosivos, inflamáveis, eco-tóxicos ou infectados.

Os grandes inimigos dos crocodilos


Cento e noventa crocodilos, algo totalmente incomum, acabam de nascer como parte do projeto CrocoTEC, do Instituto Tecnológico da Costa Rica em San Carlos.

Ao contrário do que possa parecer, por sua ferocidade, os crocodilos são "muito frágeis e sensíveis" à mudança climática e ao desmatamento nas margens dos rios, onde põem seus ovos, explica a bióloga do projeto, Liliana Rodríguez.

"A temperatura determina o nascimento de machos ou fêmeas. A temperatura mais quente significa o nascimento de machos", com o conseqüente risco para a perpetuação da espécie, assegura a bióloga.

Por isso, as brigas entre os machos dominantes para conseguir os favores de uma fêmea podem ser devastadoras.

Recentemente, a imprensa local denunciava o crescente número de machos que ficam cegos nas lutas que protagonizam no rio Tárcoles para tentar conquistar as cada vez mais raras fêmeas.

A temperatura ideal para o desenvolvimento dos embriões é de entre 28 e 34 graus. Se esta margem diminui ou aumenta, o embrião pode morrer por estresse térmico.

"Os meses de outubro, novembro e dezembro, são as épocas de acasalamento, durante as quais os machos tornam-se mais agressivos. Em janeiro, fevereiro e março, as fêmeas põem os ovos e aproximar-se deles pode ser muito perigoso. Em junho começam a nascer os filhotes e as mães tornam-se mais protetoras", explica.

Assim como as tartarugas, as fêmeas crocodilo põem os ovos - média de 32 a 35 - em uma cova que cavam com suas patas na areia. Os do fundo, como as temperaturas são inferiores, darão nascimento a fêmeas e os que estão mais próximos da superfície, machos.

Mas apenas 2% sobrevivem em condições silvestres, assegura Liliana Rodríguez, já que os "filhotes têm muitos predadores", enquanto que o percentual de nascimentos nos criadouros ronda os 90%. Um crocodilo pode chegar a viver até 80 anos.

Uma das investigações do projeto, que começou há seis anos, é medir e pesar a cada ano estes répteis para se ter uma idéia de seu desenvolvimento desde que nascem - quando pesam 51 gramas e medem 27 centímetros - até que cheguem à idade adulta quando as fêmeas alcançam 70,5 kg e 2,45 metros e os machos, até 143 kg e 3 metros.

Falha em tratamento de esgoto piora rio Tietê

A Sabesp despeja no Tietê esgoto tratado na Grande São Paulo por um sistema deficiente --incapaz de tirar elementos químicos que pioram a qualidade do rio no interior paulista. A conclusão está expressa em 11 linhas do relatório de qualidade das águas divulgado há duas semanas pela Cetesb, a agência ambiental paulista, que monitora os rios de São Paulo.

Segundo a Cetesb, o sistema de tratamento implantado, e em expansão, não consegue remover nitrogênio e fósforo, substâncias que fazem proliferar algas e outros organismos que roubam oxigênio da água, afetando a vida aquática.

A Cetesb apontou o problema de deficiência no tratamento do esgoto a partir de testes realizados entre a ponte dos Remédios, a barragem Edgard de Souza e a barragem de Pirapora. Lá, foi constatado que existe uma tendência de aumento das concentrações de nitrogênio e de fósforo.

Além disso, a Cetesb suspeita que a ETE (estação de tratamento) de Barueri, que responde por 70% do esgoto tratado na região metropolitana (referente a 4,5 milhões de pessoas), funciona de forma inadequada. Isso porque melhorou a água coletada para testes antes do ponto em que o esgoto tratado é despejado, o que não ocorreu nos trechos após o local em que esse esgoto chega ao Tietê.

Um indicador de poluição, que mede a necessidade de oxigênio na água, "confirma que não existe uma redução da carga orgânica destinada ao médio Tietê", segundo a Cetesb.

A pior condição para a vida de peixes no Tietê está em Pirapora do Bom Jesus, cidade a 53 km de São Paulo conhecida pela espuma que costuma cobrir o Tietê e até inundar as ruas.

Para a Cetesb, é necessário discutir a implantação do chamado sistema terciário de tratamento, que consegue eliminar fósforo e nitrogênio.

Hoje, a Sabesp faz um tipo de tratamento mais grosseiro e está investindo R$ 6 bilhões em saneamento em todo o Estado, sem modernizar a tecnologia.

"As ações em saneamento continuam pertinentes, porém, podem ser melhoradas para avançarmos na qualidade das águas e na saúde pública", diz o gerente do departamento de águas superficiais e efluentes líquidos da Cetesb, Eduardo Mazzolenis de Oliveira.

A opinião de que é necessário mudar o sistema é referendada por Plinio Barbosa de Camargo, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP (Universidade de São Paulo), em Piracicaba, especialista em tratamento de efluentes.

Uma pesquisa iniciada há nove anos, após o ponto de esgoto tratado no rio Piracicamirim, em Piracicaba, revelou que a água piora nesse local, efeito semelhante ao do Tietê.

"Hoje, são gastos milhões em sistemas de tratamento que não dão conta, em estações que não vão funcionar", diz.

Acender fogueiras na noite de São João,pode prejudicar o meio ambiente

O tradicional costume de acender fogueiras na noite de São João não está imune à crescente preocupação com o meio ambiente. A origem da madeira e a emissão de CO², gás que provoca o aquecimento global, são as duas questões que se levantam junto com as chamas acesas no cair da noite do dia 23.
Parte indispensável na festa, principalmente nas roças e nas cidades do interior, as fogueiras podem ser feitas de forma ambientalmente adequada. Para isso, é recomendável o uso de restos de poda, troncos de árvore caídas ou mortas, restos de madeira usada em construção. Para o especialista em energias renováveis Osvaldo Soliano, da Universidade Salvador, o ideal é que se use madeira de florestas plantadas, como eucalipto ou pinus, e se evite o uso de mata nativa.
Segundo ele, as emissões da queima de madeira de floresta plantada são “neutralizadas”, ou seja, são retiradas da atmosfera pelas árvores plantadas. Ele condena o uso de madeira nativa porque, em geral, são de áreas desmatadas. “Se a área não for replantada, o gás vai contribuir para o aquecimento”, ressaltou ele.
O ideal proposto por Soliano terá algum lugar no futuro, porque atualmente não há fornecimento de madeira para queima de origem adequada. Até mesmo para uso mais “nobre”, é muito difícil encontrar madeira de origem certificada.

Mata Atlântica permanece ameaçada


A regeneração da Mata Atlântica está mais complicada do que se imaginava. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que revelou que a recuperação desse bioma pode levar milhares de anos.

O estudo foi realizado com base nos dados de 18 florestas do sul e sudeste do Brasil, nas quais são registradas mais de 400 espécies de árvores.

Os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos para poder calcular o tempo necessário para que a Mata Atlântica recupere suas características originais.

No estudo foi detectado que algumas áreas levam de 100 a 300 anos para se recuperar e outras chegam de 1 mil a 4 mil anos, tempo considerado alto demais para a recuperação de uma floresta.

Para a professora Márcia Rodrigues, do Laboratório de Ecologia Vegetal do Departamento de Botânica da UFPR, a demora para recuperar a Mata Atlântica está ligada a ação do homem no meio ambiente.

Ela diz que a especulação imobiliária e a atividade de extrativismo de madeiras e de palmito influem negativamente nesse bioma, pois toda vez que se altera esse meio, a floresta recomeça seu ciclo de regeneração.

Segundo a professora, para diminuir esse problema bastariam soluções simples. “Órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desempenham seu papel, porém, eles precisam de mais profissionais, pois seus trabalhos ficam aquém do esperado. É preciso fazer também uma conscientização das pessoas sobre a importância que a Mata Atlântica tem para o meio ambiente.

Além disso, tem que dar condições econômicas para a população carente que vive próxima a essas áreas e que acabam usando os recursos da floresta”, informa a professora. Ela diz ainda que embora o Paraná tenha uma das áreas mais preservadas desse bioma, o ecossistema todo tem que ficar sob estado de vigilância.

A Mata Atlântica se estende do sul ao nordeste do Brasil. No passado, cobria boa parte do território e hoje conta com apenas 7% de sua área original, de acordo com dados fornecidos pela organização SOS Mata Atlântica.

Proximo capitulo da Reserva Raposa Serra do Sol


Dois índios da Reserva Raposa Serra do Sol no estado de Roraima chegarão a Londres, Inglaterra, na próxima semana, para fazer "um apelo desesperado por ajuda" para salvar suas terras em Roraima, segundo a organização Survival. Eles já estiveram na Espanha e visitarão também a França, Bélgica, Itália e Portugal.

Os dois índios, dos povos Makuxi e Wapixana, vão reunir-se com membros do parlamento britânico e representantes do Ministério das Relações Exteriores (Foreign and Commonwealth Office), para pedir apoio à homologação da reserva em áreas contínuas, que vem sendo contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).

O diretor da Survival, Stephen Corry, afirma, na nota, que "Essa é uma batalha absolutamente crucial para os índios brasileiros e a Amazônia. Se os agricultores e políticos conseguirem roubar Raposa Serra do Sol, índios em todo o Brasil correm o risco de terem suas terras roubadas também. Nós não podemos deixar que isso aconteça."


saiba mais:aqui

Qual e a relaçâo da reserva e o nosso NIÓBIO :aqui

Diminuição do gelo na Antártida ameaça baleias

Baleia Azul

O recuo da camada de gelo na Antártida, fenômeno provocado pelo aquecimento global, colocará em perigo as já ameaçadas baleias migratórias ao reduzir suas áreas de alimentação, afirmou o Worldwide Fund for Nature (WWF) na quinta-feira.

Em um relatório intitulado "Quebra-Gelo ¿ Empurrando as Fronteiras para as Baleias", o grupo diz que o gelo marítimo do inverno será reduzido em até 30 por cento em alguns lugares, obrigando as baleias a viajarem mais 500 quilômetros em busca de comida.

Além de retroceder, essa fronteira vital entre as águas geladas e as águas mais quentes, que provoca a subida dos nutrientes consumidos pelo krill (do qual as baleias se alimentam), poderia encolher, reduzindo a quantidade de comida disponível.

"Essencialmente, o que estamos vendo é que as baleias associadas ao gelo como as baleias mink da Antártida enfrentarão mudanças dramáticas em seu habitat dentro de um período não muito maior do que o período de vida desses animais", afirmou Heather Sohl, dirigente do WWF.

O prolongamento das rotas de migração não apenas fará aumentar o montante de energia usado pelas baleias para chegar a suas áreas de alimentação como também reduzirá a temporada de alimentação por causa do tempo consumido para chegar até lá, afirmou o relatório.

O documento foi divulgado para coincidir com o 60o encontro anual da Comissão Internacional Baleeira (IWC), que ocorre em Santiago (Chile), na próxima semana. Nesse encontro, o Brasil deve propor a criação de um Santuário para Baleias no Atlântico Sul.

Países baleeiros como o Japão e a Noruega, de outro lado, realizam uma campanha para que seja levantada a moratória sobre a caça comercial de desses animais, adotada pelo IWC em 1982.

Entre as baleias mais ameaçadas pelo derretimento do gelo na Antártida encontram-se a baleia-azul, o maior animal do mundo, e a cachalote.

Só recentemente, essas espécies começaram a se recuperar depois de terem ficado à beira da extinção no século 20, antes da moratória da IWC entrar em vigor.

Cientistas prevêem que as temperaturas médias do planeta subirão entre 1,8 e 4 graus Celsius neste século devido à emissão de gases do efeito estufa produzidos na queima de combustíveis fósseis em usinas de energia e em veículos automotores ¿ e o aquecimento deve ser maior e mais rápido nos pólos do globo terrestre.

As previsões do WWF baseiam-se na premissa de que as temperaturas vão se elevar, até 2042, em 2 graus Celsius.

Qualidade do ar em áreas verdes de SP é ruim

Parque do Ibirapuera

Ibirapuera e Cidade Universitária estão entre lugares com ozônio mais concentrado.Cetesb analisou a qualidade do ar em 80 pontos do estado entre 2005 e 2007.

Um estudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) mostra que a qualidade do ar nas áreas verdes da capital paulista está entre as piores do estado. O Parque do Ibirapuera, na Zona Sul, e a Cidade Universitária, na Zona Oeste, estão entre os lugares que têm o ozônio mais concentrado.

A Cetesb analisou a qualidade do ar em 80 pontos do estado entre 2005 e 2007. O ar foi coletado em estações de monitoramento. Quatorze apresentaram níveis severos de poluição. Nas áreas com muitas árvores, a concentração de ozônio ficou maior do que nas ruas e avenidas cheias de carros. Esse gás é bom quando está a 25 km de altitude, pois protege a Terra dos raios ultravioleta. Mas o ozônio é ruim quando se concentra próximo do solo, onde respiramos.

Em locais onde o tráfego é intenso, o ozônio reage com as substâncias emitidas pelos veículos e desaparece. Em lugares como parques, com poucos carros, o ozônio não tem com o que se misturar. Ele fica concentrado no ar enquanto houver luz do sol.


“O ozônio não é um poluente dos corredores de tráfego, é um poluente da periferia da cidade, dos parques, das regiões onde o vento sopra”, explica Paulo Saldiva, pesquisador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo

A primeira discoteca ecológica sera inaugurada em julho

A primeira discoteca concebida de acordo com estritos critérios ecológicos abrirá suas portas em 10 de julho, em Londres, informou hoje o jornal "Evening Standard".

A discoteca oferecerá bebidas orgânicas servidas em taças de policarbono e funcionará com energia renovável, segundo o jornal.

Há planos para instalar um sistema de água reciclada para os banheiros, e será aproveitada, inclusive, a energia gerada pelas pessoas dançando na pista para transformá-la em eletricidade.

A entrada na discoteca custará 10 libras (US$ 20), mas poderão entrar de graça as pessoas que puderem provar que chegaram a pé, de bicicleta ou utilizando os transportes públicos.

O clube é de propriedade do multimilionário do setor imobiliário Andrew Charalambous, que preside uma organização de luta contra a mudança climática chamada Club4Climate.

"Nosso objetivo é abrir o primeiro clube ecológico do país e conseguir interessar o maior número de pessoas possível na salvação do planeta", afirma Charalambous.

Metade dos países da OCDE com taxa de poluição da água superior ao normal

Cerca de metade dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) registam taxas de poluição da água superiores ao normal, devido a concentrações excessivas de adubo e pesticidas, revela um estudo hoje divulgado.

O relatório, intitulado "Desempenho Ambiental da Agricultura nos Países da OCDE desde 1990", indica que 44 por cento do consumo de água se destina aos solos agrícolas.

Num terço dos 30 países que fazem parte da OCDE, 30 por cento da água para a agricultura vem dos lençóis freáticos e em países como a Austrália, os Estados Unidos, a Grécia, a Itália e o México não é fácil mantê-los.

Segundo o relatório, a agricultura é uma "importante" fonte de poluição em França, tanto para as águas de superfície como para os lençóis freáticos, sendo a situação mais preocupante no Norte e no Oeste do país.

O reprocessamento destas águas contaminadas sai bastante caro aos poderes públicos, assinala o documento, citando o caso do Reino Unido, onde todos os anos há um orçamento de 345 milhões de euros para o efeito.

O relatório sublinha ainda que as ajudas públicas à irrigação podem impedir uma utilização racional da água.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico acrescenta que existem cada vez mais empresários a apostar em práticas agrícolas "amigas do ambiente" e que as superfícies consagradas à agricultura biológica estão em forte progressão desde o início dos anos 90.

Mesmo assim, elas ainda representam apenas dois por cento da surperfície agrícola total dos países da OCDE.

Natureza