Catadores recolhem óleo usado e ajudam a despoluir meio ambiente

Uma iniciativa simples pode se mostrar ecologicamente correta e, ao mesmo tempo, gerar renda para quem a executa. Foi com esse pensamento que um grupo de catadores do Rio de Janeiro resolveu criar em 2005 a cooperativa Disque Óleo Vegetal.

Eles começaram recolhendo óleo e gordura de todo tipo, utilizado em frituras por bares, restaurantes e residências e agora já expandiram a coleta para igrejas, colégios e redes de supermercado, como a Rede Economia.

O produto coletado é vendido para empresas de reciclagem de materiais, para fabricação de sabão e biodiesel. Entre essas empresas estão a Fábrica de Sabão Neutral e a empresa Comanche, que atuam em São Paulo e na Bahia, respectivamente.

O idealizador do projeto, Lucinaldo Francisco da Silva, o Caio, informou à Agência Brasil que a cooperativa completa três anos no próximo dia 17 de fevereiro.

O serviço de coleta é 100% gratuito e, em alguns casos, quando a quantidade de óleo supera 300 litros - que é o caso do recolhimento em bares e restaurantes - o doador pode receber R$ 0,30 por litro de óleo recolhido ou trocar por produtos de limpeza. “Quem doa o óleo também é beneficiado”, disse o criador da cooperativa.

Segundo Caio, mesmo nas residências é simples armazenar óleo, em vez de jogá-lo no ralo da pia da cozinha ou no esgoto, por exemplo, o que acaba poluindo os rios e sufocando os peixes, afetando o ecossistema.

“Nas residências, a gente está aconselhando as pessoas a juntar (o óleo ou gordura que seriam jogados fora) em garrafas pet de dois litros. Quanto tiver pelo menos três garrafas, o motoqueiro vai até o local e recolhe”, disse Caio. A cooperativa recolhe uma média de 150 mil a 170 mil litros por mês.

O gerente do Disque Óleo Vegetal revelou que o projeto nasceu “pensando" na melhoria do planeta. "É uma pequena contribuição que a gente está dando, mas que não deixa de ser importante". Outra forma de contribuição, segundo Caio, é promover a geração de renda. "já que os catadores que trabalham dentro do galpão, fazendo a reciclagem do óleo, estão obtendo renda através dessa coleta”.

Caio informou que, dependendo da quantidade de óleo recolhido, a renda média por catador pode superar os R$ 700,00. “Até R$ 2 mil dá para se chegar, dependendo do quanto ele se empenhe e traga de óleo”, explicou. Cerca de 50 catadores participam da cooperativa Disque Óleo Vegetal.

A cooperativa de catadores participa também do projeto social Missões na Bola, na comunidade Trevo das Missões, situada no município de Duque das Caxias, na Baixada Fluminense. “Cerca de 70 a 80 crianças da comunidade são beneficiadas pela coleta do óleo para a prática do esporte”, através da compra de material esportivo.

Austrália diz ter provas para processar baleeiros japoneses

O Governo australiano dispõe de provas fotográficas para processar judicialmente os baleeiros japoneses que caçam cetáceos na Antártida, anunciou hoje o ministro do Meio Ambiente, Peter Garrett.

As fotografias feitas pelo navio «Ocean Viking», do Departamento das Alfândegas, mostram uma baleia-minke (anã) e a sua cria mortas a serem içadas na rampa de um navio baleeiro japonês.

«É muito decepcionante. É angustiante pensar que pode demorar apenas 15 minutos desde que um arpão atinge uma baleia até que ela morre e é ainda muito mais triste pensar que há uma cria envolvida», disse o ministro

«Defender que isto é de alguma forma científico é continuar com a mistificação que envolve esta questão desde o primeiro minuto», acrescentou Garrett.

O Japão pôs em marcha, em Novembro, o seu programa anual de captura de cetáceos «com fins científicos», embora a Comissão Baleeira Internacional tenha solicitado em Junho que parasse o programa, após uma resolução não vinculativa proposta pela Austrália.

Desde então, o Governo japonês tem colocado o «Ocean Viking» no encalce de navios baleeiros japoneses nas águas antárticas, para que possam ser julgados por um tribunal internacional.

Em Janeiro, um juiz australiano declarou ilegal a caça às baleias na reserva marítima da Austrália na Antártida, mas o Japão não reconhece a jurisdição australiana naquela área.

Maioria dos japoneses aprova a pesca e o consumo de baleias


Sessenta e cinco por cento dos japoneses apóiam a pesca de baleias com objetivos "científicos", e 56% se declaram dispostos a comê-las, apesar das críticas à campanha de caça lançada pelo Japão na Antártica, segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira pelo jornal Asahi.
Segundo a pesquisa, quase dois terços de japoneses (65%) aprovam que seu país prossiga com suas operações baleeiras "científicas" e 21% são contra.
O carácter "científico" da pesca é o argumento das autoridades japonesas para justificar a prática da pesca, que burla a moratória internacional imposta à pesca comercial desde 1986.
Além disso, 56% dos japoneses interrogados se disseram dispostos a comer carne de baleia, contra 26%.
Em sua maioria, os homens de idade são os que mais aprovam a pesca do mamífero e seu consumo, enquanto que as mulheres mais jovens são as que mais se opõem a isso.
A pesquisa foi realizada antes da difusão, por parte do governo australiano, de imagens onde se vê como uma baleia e seu filhote são mortos por pescadores japoneses no Antártico, onde a frota japonesa lançou há algumas semanas uma campanha para matar mil cetáceos antes de abril.

Meio Ambiente profissão do futuro

As empresas buscam, cada vez mais, alternativas sustentáveis para seu crescimento econômico. O tema aquecimento global está nos fóruns mundiais e nas salas de reunião de muitas multinacionais. Aí começa a caça por profissionais especializados em meio ambiente.

Como nenhum empreendimento pode começar sem um licenciamento ambiental, a demanda por trabalhadores capacitados é cada vez maior. O salário inicial, para quem tem nível superior, varia entre R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Mas consultores chegam a ganhar três vezes mais.

Segundo especialistas em Recursos Humanos, carreiras ligadas ao meio ambiente são tidas como profissões do futuro. Além dos engenheiros, biólogos e químicos, a vantagem desse segmento é que vários profissionais podem atuar nessa área, como advogado, geólogo, engenheiro florestal, economista, entre outros.

"A diversidade profissional é grande. Um advogado, por exemplo, pode fazer uma pós-graduação ou um mestrado na área. É uma carreira multidisciplinar", explica a secretária Estadual de Meio Ambiente, Maria da Glória Brito Abaurre.



Leitura completa:Gazetaonline

Anistia para desmatadores



Em lugar de punir os agricultores que desmatam ilegalmente a Amazônia em ritmo cada vez mais alarmante, o governo pretende em breve propor uma solução alternativa para o problema: vai anistiar os criminosos. Está em estudo nos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente uma medida que, se aprovada, vai permitir que empresas e agricultores fiquem com metade das fazendas desmatadas, caso aceitem recuperar e repor a floresta da outra metade. Voltarão ainda a ter status legal, e, portanto, direito ao crédito agrícola oficial. Uma vez adotada a proposta, o governo vai legalizar em torno de 220.000 quilômetros quadrados de Amazônia desmatada. Trata-se de uma área correspondente à soma dos estados do Paraná e Sergipe.

"O dano ambiental já ocorreu, a área já está desmatada. Esse é o fato. Permitir que a recuperação nas áreas de uso intensivo seja de 50% é uma forma de diminuir a pressão por novos desmatamentos", disse o secretário-executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, ao jornal O Estado de S. Paulo, em declaração publicada neste domingo. Como se vê, para o secretário, a medida não é uma anistia.

O mesmo pensa o ministro da agricultura, Reinhold Stephanes: "A alternativa é uma forma de levar a paz ao campo e, enfim, resolver o problema do desmatamento na Amazônia", afirmou. Ele acredita que "o proprietário de terras se sentirá incentivado a não fazer novos desmatamentos, pois contará com área suficiente para desenvolver suas atividades econômicas”.

Vida fácil – Os desmatadores ilegais, que sempre agiram pensando que um dia seriam anistiados pelo governo, podem finalmente conseguir o que queriam. Segundo o secretário-executivo do Meio Ambiente, a recuperação da área degradada não terá de ocorrer, necessariamente, na propriedade de quem desmatou. Ou seja, o sujeito corre o risco de não perder sequer um metro quadrado de seus pastos ou lavouras, conquistados de forma ilegal. "Ele poderá comprar uma área correspondente ao que falta para chegar a 50% do tamanho de sua propriedade e torná-la reserva legal. Poderá também adquirir áreas em florestas nacionais ou áreas de reservas federais, estaduais ou municipais e repassá-las para o ente federativo correspondente", explicou Capobianco.

Arvores Magnificas

Governo vai proibir desmatamento em 36 municípios


Mapa dos Municípios Prioritários para Ação de
Controle do Desmatamento em 2008, nas
áreas em laranja

O governo irá proibir a concessão de autorizações para desmatamento nos 36 municípios brasileiros que, juntos, responderam por 50% da área desmatada em 2007. Uma portaria determinando a proibição será publicada amanhã (25) pelo Ministério do Meio Ambiente.

A medida foi anunciada pelo secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco, em entrevista coletiva logo depois de reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o aumento dos índices de desmatamento na Amazônia.

Os proprietários rurais dessas localidades também deverão fazer o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCRI). Os que não se cadastrarem não vão poder obter crédito em instituições públicas como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil. Também ficam proibidos de vender a propriedade e obter notas fiscais e guias de transporte de produtos.

De acordo com Capobianco, os detalhes para o cadastramento serão definidos em reunião amanhã (25) entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Além disso, áreas de todo o país onde houver desmatamento ilegal e que forem autuadas pelo Ibama serão embargadas. Essas áreas serão monitoradas permanentemente e, caso a determinação seja descumprida, o nome do proprietário será incluído em lista a ser publicada no Diário Oficial da União.

Quem comprar produtos das áreas embargadas se torna co-responsável pelo crime e fica sujeito a punição que vai de multa a embargo da atividade de produção.

"Com esse mecanismo estamos fechando o principal procedimento que inviabilizava as ações de controle, que era que o proprietário, mesmo agindo ilegalmente, colocava seu produto no mercado e não havia co-responsabilidade daqueles que compravam", afirmou Capobianco.

O embargo consta em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 21 de dezembro do ano passado. A portaria a ser publicada amanhã irá trazer o nome dos 36 municípios prioritários para as ações de prevenção e controle de desmatamento, assim como medidas auxiliares para a efetivação do decreto publicado em dezembro.

fonte: Agência Brasil

Carnaval Natureza


Escola da Candangolândia mostra a importância dos combustíveis verdes
O discurso ecológico vai dar o tom no desfile da Unidos da Candanga, com o enredo O petróleo verde é nosso, criado para ser um manifesto contra as agressões do homem à natureza. “Vamos colocar em evidência na avenida as formas alternativas de energia, os combustíveis verdes. É mais um grito para que o nosso planeta não se acabe”, afirma o presidente da escola, Antônio Jorge Machado, o Jorjão.

Já um dos compositores do samba-enredo, Giovani de Bessém, diz que o desfile deste ano será dividido em quatro blocos – da criação à destruição do meio ambiente, “mas o nosso enredo” – continua – será desenvolvido com o fio de esperança, de que é possível reverter a situação”.

O primeiro bloco fala da Mãe Natureza, em sua plenitude e os biocombustíveis; depois, segue o bloco dos cereais que estão sendo usados para a criação de novos combustíveis, como o trigo e o girassol; o terceiro bloco, de acordo com Bessém, é um grito de alerta contra a má preservação da natureza; e, por fim, o último, é sobre a destruição da natureza.

Criada em 1977, a escola vem com o espírito renovado. Até o ano passado, quando ficou em quarto lugar no Grupo Especial, a agremiação se chamava Candangos do Bandeirante. “Estamos na Candangolândia há 17 anos e não fazia sentido termos o nome de Núcleo Bandeirante”, explicou Jorjão, garantindo que o novo nome trouxe uma mudança de ares e de mentalidade. Segundo ainda o dirigente, a escola ingressou, em 2003, no Grupo Especial, a elite do Carnaval do DF.

Desde então, a melhor colocação foi um terceiro lugar, no mesmo ano. “Vamos chegar humildemente, mas querendo o título. Afinal, apostamos no nosso entredo”.
Vôos mais altos

Café, a nova arma contra o mosquito da dengue.


VERÃO E DENGUE ANDAM JUNTOS.

Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio Preto ), durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado, descobriu que a borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes aegypti.
O processo é extremamente simples:
o mosquito pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias, e a borra de café, que é produzida todos os dias em praticamente todas as casas tem custo zero.
O único trabalho é o de colocá-la nas plantas, inclusive sendo jogada sobre o solo do jardim e quintal.
Os especialistas em saúde pública, entre eles médicos sanitaristas, estão saudando a descoberta de Alessandra, uma vez que, além da ameaça da Dengue 3, possível de acontecer devido às fortes enxurradas de final de ano, surge outra ameaça, proveniente do exterior: a da Dengue tipo 4.
Conforme explica a bióloga, 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água bloqueia o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios e reduz o tempo de vida dos mosquitos adultos.
Em seu estudo ela demonstrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução, podendo ser essa a causa dos efeitos verificados sobre a larva e o inseto adulto.
A solução com cafeína pode ser feita com duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água, o que facilita o uso pela população de baixa renda e pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas.
O mosquito se desenvolve até mesmo na película fina de água que às vezes se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas, também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus,garrafas, latas, caixas d'água etc.).
' A borra não precisa ser diluída em água para ser usada', diz a bióloga.
Pode ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois de regar as plantas vai diluí-la. Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo ecologicamente correto.
Atualmente, o método mais usado no combate ao Aedes aegypti é o aspersão dos inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.

fonte:Luciana Rocha Antunes
Bióloga - especialista em Gestão Ambiental
Mestranda em Agroecologia e Desenv. Rural
UFSCar e Embrapa Meio Ambiente
Tel: (55) 19 81567751
lurantunes@yahoo. com.br

ONGs julgam insuficiente plano europeu de combate a mudanças climáticas

Várias ONGs de defensa do meio ambiente qualificaram como um primeiro passo e ainda insuficiente o plano de ação contra as mudanças climáticas apresentado nesta quarta-feira pela União Européia.
"A Comissão Européia apresentou uma proposta bastante fraca e nenhum país europeu sugeriu objetivos mais ambiciosos", lamentou Stephan Singer, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
A meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa da UE em 20% até 2020 em relação aos níveis de 1990 "não se ajusta ao último acordo de Bali, segundo o qual os países desenvolvidos devem reduzir suas emissões entre 25% e 40%" até essa data, disse Singer.
Por sua vez, o Greenpeace falou em "um primeiro passo", mas afirmou que "as ambições ainda não se igualam aos desafios".
Outra ONG de defesa do meio ambiente, a Amigos da Terra, também declarou que o plano é "fraco demais para deter o aquecimento global".
"As partes que elaboraram este pacote energético estão eclipsadas por um objetivo de redução de gases do efeito estufa muito longe do que é necessário", disse uma de suas representantes, Sonja Meisters, em um comunicado.

Natureza