Como aproveitar a agua usada em sua casa sem afetar a sua saúde


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Caliandra do Cerrado




É possível sobreviver com apenas algumas dezenas de litros ao dia, mas os domicílios nos Estados Unidos usam em média 1.500 litros diários de água para efeito de comparação, no Brasil o consumo médio diário por pessoa é de 200 litros.Com a crescente conscientização quanto a essa disparidade, alguns norte-americanos estão começando a pensar em maneiras de reduzir o consumo de água. Em alguns Estados, especialmente no sudeste e oeste do país, os moradores não têm escolha: muitos governos estaduais instituíram proibições ao uso de água para jardinagem, e estão solicitando que os cidadãos tomem medidas para reduzir em pelo menos 20% o seu consumo de água.

Economizar água é um excelente começo. Acionar a lavadora de louça e a lavadora de roupas apenas quando estiverem cheias, por exemplo, pode reduzir o consumo de água de um domicílio em cerca de 4.000 litros mensais. Para algumas pessoas, porém, a simples conservação de água não basta. Uma idéia que elas poderiam considerar seria reciclar a água cinzenta de suas casas.

A água cinzenta ou água cinza é a água que foi utilizada em sua máquina de lavar, pia, banheira ou chuveiro. A chamada água negra é a usado em vasos sanitários ou que contém algum tipo de coliforme fecal. Ela pode ser facilmente tratada e reciclada em casa. Nos países desenvolvidos, o conceito de reutilizar água é antigo e está bem estabelecido, mas em outras nações, em que as pessoas consideram a água como abundante, ela é usada uma vez e jogada fora.

Áreas nas quais existe escassez de água, como o Texas e porções da Austrália, dispõem de grandes usinas de reciclagem de água que tratam a água cinzenta e a devolvem aos domicílios para uso, mas, já que o tratamento da água cinzenta é relativamente fácil, está se tornando comum que pessoas decidam recolhê-la e reciclá-la em casa. Todo um segmento econômico alternativo, nascido do movimento ecológico, se desenvolveu em torno da água cinzenta. As pessoas interessadas em reaproveitar a água usada em suas casas podem adquirir sistemas de reciclagem e contratar profissionais para instalá-los. Essa súbita alta no interesse pela água cinzenta se adiantou um pouco à atitude dos governos estaduais, muitos dos quais continuam a estudar métodos de reutilização. Em alguns Estados norte-americanos, é ilegal recolher água para reutilização, e em outros é necessário obter licenças e atender algumas restrições primeiro.

Para que exatamente se pode usar a água cinzenta?
Usar a água cinzenta é certamente boa idéia, mas existem problemas. Embora a água cinzenta seja muito menos prejudicial às pessoas do que os líquidos já usados em vasos sanitários, conhecidos como água negra, ela ainda assim é considerada esgoto, tecnicamente. A água da lavagem de louças contém partículas de alimentos, que podem apodrecer. A água cinzenta da lavadora de roupas pode conter alvejante, um produto químico perigoso. E água do banho pode conter matéria fecal e pele morta que o corpo libera quando é lavado. O volume desses detritos é pequeno o bastante para evitar que a água cinzenta precise do tipo de tratamento recebido pela água negra, mas ela ainda assim não deveria ser bebida. As plantas, no entanto, adoram água de banho.

As plantas de um jardim não precisam necessariamente de água fresca, e mais, alguns dos aditivos contidos na água cinzenta podem beneficiá-las. Agentes de limpezas encontrados em detergentes de lavanderia, coisas como fósforo e nitrogênio, são usadas em muitos fertilizantes para plantas vendidos nas lojas. Mas algumas plantas gostam mais de água cinzenta do que outras. Já que a água cinzenta é rica em alcalinos, não é adequada para regar plantas que adoram ácidos, como azaléias e rododendros.

Tome cuidado ao regar plantas com água cinzenta sem saber primeiro o que ela pode conter. Além do nitrogênio e do fosfato, os detergentes de lavanderia também contêm sais de sódio. Esses sais podem se acumular, com o tempo, e se tornar tóxicos para as plantas, essencialmente envenenando o solo. Para evitar esse risco, não use produtos que contenham agentes amaciantes, os quais em geral contêm níveis elevados de sais. Também se pode reduzir o nível de acúmulo de sais no solo alternando as aplicações de água cinzenta e fresca, na hora de regar as plantas.

Também devido à matéria fecal persistente que muitas vezes faz parte da água do banho, os defensores da água cinzenta aconselham usá-la para irrigar apenas plantas ornamentais e gramados. Não se deve usá-la para plantas comestíveis como, por exemplo, pés de tomate. E de maneira alguma a água cinzenta deve ser usada para irrigar plantações de raízes comestíveis como cenouras ou batatas. As raízes absorvem todos os elementos nocivos da água cinzenta.



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Mudanças de habito ajudariam a diminuir o aquecimento global

Comer menos carne, limitar as viagens, aceitar o calor no verão e o frio no inverno: mudanças de hábitos também ajudam a combater o aquecimento global, segundo um estudo apresentado nesta segunda-feira em Bruxelas.
Modificar os hábitos será complicado", admitiram os especialistas da consultoria McKinsey neste estudo, apresentado na presença do comissário europeu para o Meio Ambiente, Stavros Dimas.

Contudo, segundo eles, estes pequenos gestos do dia a dia podem permitir evitar rejeitar na atmosfera 3,5 a 5 bilhões de toneladas de gás carbônico daqui a 2030.

O estudo lista 200 ações possíveis para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, entre os quais o CO2, e limitar o aquecimento do planeta a 2 graus Celsius em 2030.

Reduzir o número de viagens de negócios e os deslocamentos privados, trocar o carro pelo trem, aceitar diminuir o ar condicionado ou o aquecedor e limitar o consumo de carne", são algumas opções, segundo os autores do estudo.

Entretanto, a maior parte dos esforços deve se concentrar na eficiência energética nos transportes e na construção, no desenvolvimento de fontes de energia não fósseis, como os biocombustíveis, e no combate ao desmatamento.

O custo do esforço para o mundo deve ser de 200 a 350 bilhões de euros por ano até 2030, e permitirá evitar rejeitar 38 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera" durante este período, segundo o estudo.

A Comissão Europeia vai apresentar quarta-feira propostas e financiamentos" para a cúpula de Copenhague sobre o clima, prevista para dezembro deste ano, lembrou o comissário Dimas.

A Comissão deve recomendar um aumento progressivo dos investimentos com um objetivo: 175 bilhões de euros em 2020, entre os quais 30 bilhões para ajudar os países mais pobres nesse âmbito.

Por causa do aquecimento global vai aumentar a falta de peixes


O aquecimento global pode multiplicar por 10 as zonas oceânicas carentes de oxigenação suficiente, o que colocaria em perigo a vida de peixes e crustáceos, afirmam cientistas dinamarqueses em um estudo que será publicado na edição virtual de segunda-feira da revista Nature Geoscience.
O aumento das temperaturas provocado pelas emissões de gases do efeito estufa aceleraria a desoxigenação de amplas zonas oceânicas, o que "aumentaria a frequência e a gravidade de fenômenos de grande mortalidade de peixes e crustáceos, como por exemplo nas costas do Oregon (Estados Unidos) ou Chile", destaca o coordenador do estudo, Gary Shaffer, da Universidade de Copenhague.

Os cientistas estabeleceram modelos dos efeitos do aquecimento provocado pelos gases de efeito estufa para os próximos 100.000 anos e concluíram que um aumento da temperatura produziria uma perda de oxigênio na superfície dos oceanos, diminuindo a solubilidade deste gás na água salada.

No entanto, acrescenta Gary Shaffer em um comunicado, "apesar ser possível eventualmente fazer reviver zonas costeiras controlando o que é vertido, as zonas carentes de oxigênio pelo aquecimento global seguirão assim durante milhares de anos, prejudicando a pesca e os ecossistemas durante muito tempo".

"Além disso, a zonas mal oxigenadas se propagariam na superfície, e inclusive na profundidade", advertem os cientistas. As águas com oxigênio suficiente próximas da superfície seriam empurradas assim para grandes profundidades.

Os cientistas concluem que "as futuras gerações precisam realizar reduções substanciais no uso de combustível fóssil, caso desejem evitar uma grave redução da oxigenação dos oceanos durante milhares de anos".

Cai o desmatamento na Amazônia

Desmatamento na Amazônia caiu 82%, segundo a ONG Imazon


O desmatamento na Amazônia entre agosto e dezembro de 2008 caiu 82% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (23) pela organização não-governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O monitoramento registrou 635 quilômetros quadrados de desmate entre os meses pesquisados, contra 3.433 quilômetros quadrados no mesmo intervalo em 2007.

Em novembro de 2008, os satélites do Imazon detectaram 61 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, área 94% menor do que a registrada em 2007. O tamanho da devastação no mês de dezembro caiu e chegou a 50 quilômetros quadrados, redução de 27% entre 2007 e 2008.

No entanto, o desmatamento pode ser muito maior, porque a região fica encoberta por nuvens que dificultam o trabalho dos satélites, como reconhece a entidade. “Os dados de desmatamento nesse período podem estar subestimados, pois nesses dois meses houve grande cobertura de nuvens na região, correspondendo a 68% em novembro e de 73% em dezembro. Além disso, a parte do Maranhão que compõem a Amazônia Legal não foi analisada”, indica o relatório.

O monitoramento do Imazon é paralelo ao levantamento oficial, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Por causa das condições de visibilidade nos últimos meses do ano, o Inpe preferiu interromper a divulgação mensal do desmatamento e vai apresentar os dados consolidados para o período no fim de fevereiro.

O meio ambiente vai entrar em uma nova era com "Obama"


O presidente eleito Barack Obama pretende, uma vez instalado na Casa Branca, terá um papel-chave no combate mundial contra o aquecimento climático e fazer com que o mundo esqueça a política de negação do problema promovida em oito anos de administração Bush.
O presidente Obama disse que os Estados Unidos devem exercer sua liderança no desenvolvimento e aplicação de uma resposta mundial e coordenada à mudança climática ", enfatizou Hillary Clinton, designada secretária de Estado, em uma audiência diante da comissão para Assuntos Exteriores do Senado, que deve confirma-la no cargo.

"Obama será o líder "de uma resposta mundial e coordenada para lutar contra o aquecimento global", prometeu Hillary.

Reafirmando esta vontade, Obama nomeou em dezembro uma equipe de choque contra o aquecimento e a favor da promoção de energias limpas. Entre seus membros figura Steven Chu, prêmio Nobel de física e especialista do tema, para o cargo de secretário da Energia.

O senador John Kerry, novo presidente da comissão pasra Assuntos Externos do Senado, assinalou na audiência de Hillary que a "principal mensagem da recente conferência da ONU sobre o clima na Polônia é que a comunidade internacional espera um liderança americana no tema".

"Mas a lição de Kyoto deve ser clara, ou seja, todos os países devem ser parte da solução ", acrescentou.

O Senado se negou a ratificar o Protocolo de Kyoto adotado em dezembro de 1997 e o presidente George W. Bush o rejeitou em 2001, alegando que seria desastroso para a economia dos Estados Unidos.

"Acho que a futuro administração Obama deveria permitir que os dirigentes da minoria republicana tenham um papel-chave na elaboração de leis sobre o clima e energia", opina Michael Levi, um especialista do Council on Foreign Relations, um instituto de pesquisas privado.

"O senador Kerry, ainda que influente, não pode mobilizar sozinho os votos necessários para adoção do projeto de lei", explica Levi.

Segundo Levi, as primeiras medidas concretas da administração Obama a favor do clima durante os 100 primeiros dias deverão constar do plano de reativação econômica do presidente.


Este plano de 800 bilhões de dólares incluirá medidas que visam a incrementar a produção de energias renováveis, melhorar o isolamento térmico dos imóveis e reformar o sistema de distribuição de eletricidade, sugere Levi.

"Também podemos esperar que os Estados Unidos abram negociações internacionais sobre a política energética, apesar de não haver urgência no Congresso por um projeto de lei que aplica um sistema de limites e de mercado de emissões de CO2, o chamado 'cap and trade', pelo menos nos próximos meses", explicou.

"Tal projeto pode virar realidade até o fim do ano", prognosticou o especialista.

Potencial da energia eólica subestimado no Brasil









Mais de 71 mil quilômetros quadrados do território nacional, em sua quase totalidade na costa dos estados do Nordeste, contam com velocidades de vento superiores a sete metros por segundo, que propiciam um potencial eólico da ordem de 272 terawatts-hora por ano (TWh/ano) de energia elétrica.

Trata-se de uma cifra bastante expressiva, uma vez que o consumo nacional de energia elétrica é de 424 TWh/ano, aponta estudo publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física, de autoria de pesquisadores do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

"Os números do potencial eólico brasileiro foram estimados com os mesmos modelos de previsão de tempo e estudos climáticos. Como esses modelos são validados para locais específicos das diferentes regiões do País, esse potencial eólico pode estar subestimado", diz Fernando Ramos Martins, da Divisão de Clima e Meio Ambiente do CPTEC/Inpe e um dos autores do artigo.

Mas, segundo ele, com as informações disponíveis atualmente, levando em conta todas as dificuldades inerentes aos altos custos da geração de energia eólica, é possível afirmar que apenas o potencial da energia dos ventos do Nordeste seria capaz de suprir quase dois terços de toda a demanda nacional por eletricidade.

"O problema é que, atualmente, o índice de aproveitamento eólico na matriz energética brasileira não chega a 1%. A capacidade instalada é muito pequena comparada à dos países líderes em geração eólica. Praticamente toda a energia renovável no Brasil é proveniente da geração de hidreletricidade", apontou.

Parte dos dados do estudo também foi extraída do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, produzido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) com o objetivo de fornecer informações para capacitar tomadores de decisão na identificação de áreas adequadas para aproveitamentos eólico-elétricos.

"Os locais mais propícios no País para a exploração da energia eólica estão no Nordeste, principalmente na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, e na região Sul", disse Martins. Além de descrever a evolução do aproveitamento da energia eólica no mundo, os pesquisadores do Inpe trazem no artigo dados inéditos sobre a situação atual do uso desse recurso para geração de eletricidade em diferentes países.

Sem emissões

Segundo o estudo, o setor de energia eólica tem apresentado crescimento acelerado em todo o mundo desde o início da década de 1990. A capacidade instalada total mundial de aerogeradores voltados à produção de energia elétrica atingiu cerca de 74,2 mil megawatts (MW) no fim de 2006, um crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior.

"Enquanto o Brasil explora menos de 1% de sua energia eólica, países como Alemanha, Espanha e Noruega utilizam por volta de 10%", disse Martins, lembrando que a conversão da energia cinética dos ventos em energia mecânica é utilizada há mais de três mil anos.

Em 2006, o Brasil contava com 237 megawatts (MW) de capacidade eólica instalada, principalmente por conta dos parques na cidade de Osório (RS). O complexo conta com 75 aerogeradores de 2 MW cada, instalados em três parques eólicos com capacidade de produção de 417 gigawatts-hora (GWh) por ano.

O pesquisador do CPTEC aponta ainda que, dentre as fontes energéticas que não acarretam a emissão de gases do efeito estufa, a energia contida no vento também demonstra potencial para atender à segurança do fornecimento energético no país.

"Políticas nacionais de incentivos estão começando a produzir os primeiros resultados, a exemplo do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica). Espera-se um crescimento da exploração desse recurso nos próximos anos no Brasil", disse Martins.

O Proinfa, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi criado em 2002 para a diversificação da matriz energética nacional.

Sonda e Swera

Martins destaca ainda duas iniciativas do CPTEC que têm dado suporte científico à produção de informações sobre a os recursos eólicos no território brasileiro. Entre os esforços mais recentes, explica, estão a base de dados do Projeto Sonda, um sistema de coleta de dados de vento operado e gerenciado pelo centro.

O objetivo do projeto, que tem dezenas de estações de coleta de dados eólicos com medidores instalados em diversos estados brasileiros, é disponibilizar informações que permitam o aperfeiçoamento e a validação de modelos numéricos para estimativa de potencial energético de fontes renováveis.

O levantamento dos recursos de energia eólica no Brasil também vem sendo realizado pelo projeto Solar and Wind Energy Resources Assessment (Swera), conduzido pela Divisão de Clima e Meio Ambiente do CPTEC, com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Ano novo previsão de um dos mais quentes!


O ano de 2009 estará entre os cinco mais quentes dos que se tem registro histórico, segundo predisseram hoje cientistas do Met Office (o escritório meteorológico do Reino Unido) e da Universidade de Anglia Oriental, em Norwich.

O prognóstico diz que a temperatura média no planeta em 2009 se situará em 14,44 graus centígrados, 0,44 graus acima da média oficial registrada desde a década de 60.


Com essa média, o ano que vem se transformará no mais quente desde 2005 e confirmará, segundo os meteorologistas, o lento, mas constante aumento das temperaturas no planeta.


Os registros sobre os quais se estabelece a temperatura média começaram em 1850 e mostram que dez dos anos mais quentes no último século e meio correspondem ao período 1997-2008.


O ano considerado mais quente até agora foi 1998, quando a temperatura média alcançou os 14,52 graus por causa do "El Niño", fenômeno meteorológico cíclico que aquece as águas do oceano Pacífico e aumenta a temperatura da terra.


Os cientistas também constataram que a temperatura do planeta aumentou entre 2000 e 2008 em 0,2 graus em relação à década dos anos 90, segundo destacou o professor Phil Jones, diretor da unidade de pesquisa climática da Universidade de Anglia Oriental em comunicado divulgado hoje pelo Met Office.


Os pesquisadores afirmaram que em 2009 a temperatura não subirá além desses 0,44 graus em relação à média graças à influência "refrescante" do fenômeno "La Niña", que em contraposição ao "El Niño" contribuirá para moderar a alta das temperaturas.


No entanto, após 2009, os cientistas esperam que os níveis atuais de temperatura máxima sejam superados.

Blogagem coletiva - Direitos humanos


Lino Resende criador do sêlo
Fenixadeternum coordenador da blogagem coletiva


Há 60 anos, no dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotava em Paris a Declaração Universal dos Direitos Humanos, texto fundador que rege o direito internacional desde a Segunda Guerra Mundial, embora seus ideais continuem distantes e, muitas vezes, questionados.



Várias manifestações estão previstas na data comemorativa, principalmente na França - na quarta-feira, uma cerimônia será organizada no Palácio Chaillot, em Paris, onde o texto foi ratificado. Estarão presentes representantes da ONU, da Comissão Européia e de organizações de defesa dos direitos humanos.



Inspirada na declaração francesa dos direitos humanos e do cidadão, de 1789, e na declaração de Independência dos Estados Unidos, de 1776, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem em sua origem o trauma provocado pela Segunda Guerra Mundial e pelo genocídio nazista.



"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito", proclama o primeiro artigo da Declaração, que em trinta pontos enumera os direitos humanos, civis, econômicos, sociais e culturais "inalienáveis" e "indivisíveis".



O texto foi adotado pelos então 58 Estados membros da Assembléia Geral da ONU, com exceção da União Soviética, dos países do Leste europeu, da Arábia Saudita e da África do Sul, que se abstiveram.



A URSS e seus países satélites insistiam nos "direitos reais", econômicos e sociais, contra os "direitos burgueses" civis e culturais defendidos pelos ocidentais.



Os dois pactos coativos que, junto com os direitos humanos, constituem a Carta dos Direitos Humanos da ONU, no entanto, só foram adotados em 1966.



Mesmo sem valor coativo, a DUDH inspirou todos os tratados internacionais do pós-guerra, e é reconhecida como o fundamento do direito internacional relativo aos direitos humanos.



As convenções internacionais para banir a discriminação contra as mulheres, de 1979, além das convenções contra a tortura (1984) e pelos direitos das crianças (1990), junto com a criação da Corte Penal Internacional (CPI) em 1998 são fruto da DUDH.



A Declaração também inspirou "o direito de ingerência" e de assistência humanitária, da qual o chanceler francês, Bernard Kouchner, é um grande defensor.



Entretanto, o documento não impediu a realização de um novo genocídio - em Ruanda, em 1994 - nem a violação cotidiana dos direitos fundamentais em diversas partes do mundo.



Por outro lado, os direitos humanos continuam sendo uma "ideologia", segundo o termo usado pelo ex-ministro francês da Justiça, Robert Badinter - ideologia esta rejeitada por alguns países, que denunciam uma visão exclusivamente ocidental e que questionam seu caráter universal.



"Há uma corrente soberanista - cada um é dono em sua casa - representada sobretudo por China, Venezuela, Cuba e Birmânia, e uma corrente islamita, que acredita que os direitos humanos são o produto de um pensamento religioso revelado", explicou Badinter numa recente entrevista em Paris.



Para este militante convicto da universalidade dos direitos humanos, o mundo está regredindo nesta área, com episódios como os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e políticas "desastrosas" como as empreendidas por Washington e pelas democracias européias a pretexto da luta contra o terrorismo.



"Renunciamos aos que pretendíamos defender, e vamos sofrer as conseqüências disso por um longo tempo", alertou Badinter.

Natureza