Devemos cultivar uma responsabilidade universal para o outro e estendê-lo para o planeta que temos para compartilhar. (Dalai Lama)
Proximo capitulo da Reserva Raposa Serra do Sol
Dois índios da Reserva Raposa Serra do Sol no estado de Roraima chegarão a Londres, Inglaterra, na próxima semana, para fazer "um apelo desesperado por ajuda" para salvar suas terras em Roraima, segundo a organização Survival. Eles já estiveram na Espanha e visitarão também a França, Bélgica, Itália e Portugal.
Os dois índios, dos povos Makuxi e Wapixana, vão reunir-se com membros do parlamento britânico e representantes do Ministério das Relações Exteriores (Foreign and Commonwealth Office), para pedir apoio à homologação da reserva em áreas contínuas, que vem sendo contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).
O diretor da Survival, Stephen Corry, afirma, na nota, que "Essa é uma batalha absolutamente crucial para os índios brasileiros e a Amazônia. Se os agricultores e políticos conseguirem roubar Raposa Serra do Sol, índios em todo o Brasil correm o risco de terem suas terras roubadas também. Nós não podemos deixar que isso aconteça."
saiba mais:aqui
Qual e a relaçâo da reserva e o nosso NIÓBIO :aqui
Diminuição do gelo na Antártida ameaça baleias
O recuo da camada de gelo na Antártida, fenômeno provocado pelo aquecimento global, colocará em perigo as já ameaçadas baleias migratórias ao reduzir suas áreas de alimentação, afirmou o Worldwide Fund for Nature (WWF) na quinta-feira.
Em um relatório intitulado "Quebra-Gelo ¿ Empurrando as Fronteiras para as Baleias", o grupo diz que o gelo marítimo do inverno será reduzido em até 30 por cento em alguns lugares, obrigando as baleias a viajarem mais 500 quilômetros em busca de comida.
Além de retroceder, essa fronteira vital entre as águas geladas e as águas mais quentes, que provoca a subida dos nutrientes consumidos pelo krill (do qual as baleias se alimentam), poderia encolher, reduzindo a quantidade de comida disponível.
"Essencialmente, o que estamos vendo é que as baleias associadas ao gelo como as baleias mink da Antártida enfrentarão mudanças dramáticas em seu habitat dentro de um período não muito maior do que o período de vida desses animais", afirmou Heather Sohl, dirigente do WWF.
O prolongamento das rotas de migração não apenas fará aumentar o montante de energia usado pelas baleias para chegar a suas áreas de alimentação como também reduzirá a temporada de alimentação por causa do tempo consumido para chegar até lá, afirmou o relatório.
O documento foi divulgado para coincidir com o 60o encontro anual da Comissão Internacional Baleeira (IWC), que ocorre em Santiago (Chile), na próxima semana. Nesse encontro, o Brasil deve propor a criação de um Santuário para Baleias no Atlântico Sul.
Países baleeiros como o Japão e a Noruega, de outro lado, realizam uma campanha para que seja levantada a moratória sobre a caça comercial de desses animais, adotada pelo IWC em 1982.
Entre as baleias mais ameaçadas pelo derretimento do gelo na Antártida encontram-se a baleia-azul, o maior animal do mundo, e a cachalote.
Só recentemente, essas espécies começaram a se recuperar depois de terem ficado à beira da extinção no século 20, antes da moratória da IWC entrar em vigor.
Cientistas prevêem que as temperaturas médias do planeta subirão entre 1,8 e 4 graus Celsius neste século devido à emissão de gases do efeito estufa produzidos na queima de combustíveis fósseis em usinas de energia e em veículos automotores ¿ e o aquecimento deve ser maior e mais rápido nos pólos do globo terrestre.
As previsões do WWF baseiam-se na premissa de que as temperaturas vão se elevar, até 2042, em 2 graus Celsius.
Qualidade do ar em áreas verdes de SP é ruim
Parque do Ibirapuera
Ibirapuera e Cidade Universitária estão entre lugares com ozônio mais concentrado.Cetesb analisou a qualidade do ar em 80 pontos do estado entre 2005 e 2007.
Um estudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) mostra que a qualidade do ar nas áreas verdes da capital paulista está entre as piores do estado. O Parque do Ibirapuera, na Zona Sul, e a Cidade Universitária, na Zona Oeste, estão entre os lugares que têm o ozônio mais concentrado.
A Cetesb analisou a qualidade do ar em 80 pontos do estado entre 2005 e 2007. O ar foi coletado em estações de monitoramento. Quatorze apresentaram níveis severos de poluição. Nas áreas com muitas árvores, a concentração de ozônio ficou maior do que nas ruas e avenidas cheias de carros. Esse gás é bom quando está a 25 km de altitude, pois protege a Terra dos raios ultravioleta. Mas o ozônio é ruim quando se concentra próximo do solo, onde respiramos.
Em locais onde o tráfego é intenso, o ozônio reage com as substâncias emitidas pelos veículos e desaparece. Em lugares como parques, com poucos carros, o ozônio não tem com o que se misturar. Ele fica concentrado no ar enquanto houver luz do sol.
“O ozônio não é um poluente dos corredores de tráfego, é um poluente da periferia da cidade, dos parques, das regiões onde o vento sopra”, explica Paulo Saldiva, pesquisador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo
Ibirapuera e Cidade Universitária estão entre lugares com ozônio mais concentrado.Cetesb analisou a qualidade do ar em 80 pontos do estado entre 2005 e 2007.
Um estudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) mostra que a qualidade do ar nas áreas verdes da capital paulista está entre as piores do estado. O Parque do Ibirapuera, na Zona Sul, e a Cidade Universitária, na Zona Oeste, estão entre os lugares que têm o ozônio mais concentrado.
A Cetesb analisou a qualidade do ar em 80 pontos do estado entre 2005 e 2007. O ar foi coletado em estações de monitoramento. Quatorze apresentaram níveis severos de poluição. Nas áreas com muitas árvores, a concentração de ozônio ficou maior do que nas ruas e avenidas cheias de carros. Esse gás é bom quando está a 25 km de altitude, pois protege a Terra dos raios ultravioleta. Mas o ozônio é ruim quando se concentra próximo do solo, onde respiramos.
Em locais onde o tráfego é intenso, o ozônio reage com as substâncias emitidas pelos veículos e desaparece. Em lugares como parques, com poucos carros, o ozônio não tem com o que se misturar. Ele fica concentrado no ar enquanto houver luz do sol.
“O ozônio não é um poluente dos corredores de tráfego, é um poluente da periferia da cidade, dos parques, das regiões onde o vento sopra”, explica Paulo Saldiva, pesquisador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo
A primeira discoteca ecológica sera inaugurada em julho
A primeira discoteca concebida de acordo com estritos critérios ecológicos abrirá suas portas em 10 de julho, em Londres, informou hoje o jornal "Evening Standard".
A discoteca oferecerá bebidas orgânicas servidas em taças de policarbono e funcionará com energia renovável, segundo o jornal.
Há planos para instalar um sistema de água reciclada para os banheiros, e será aproveitada, inclusive, a energia gerada pelas pessoas dançando na pista para transformá-la em eletricidade.
A entrada na discoteca custará 10 libras (US$ 20), mas poderão entrar de graça as pessoas que puderem provar que chegaram a pé, de bicicleta ou utilizando os transportes públicos.
O clube é de propriedade do multimilionário do setor imobiliário Andrew Charalambous, que preside uma organização de luta contra a mudança climática chamada Club4Climate.
"Nosso objetivo é abrir o primeiro clube ecológico do país e conseguir interessar o maior número de pessoas possível na salvação do planeta", afirma Charalambous.
A discoteca oferecerá bebidas orgânicas servidas em taças de policarbono e funcionará com energia renovável, segundo o jornal.
Há planos para instalar um sistema de água reciclada para os banheiros, e será aproveitada, inclusive, a energia gerada pelas pessoas dançando na pista para transformá-la em eletricidade.
A entrada na discoteca custará 10 libras (US$ 20), mas poderão entrar de graça as pessoas que puderem provar que chegaram a pé, de bicicleta ou utilizando os transportes públicos.
O clube é de propriedade do multimilionário do setor imobiliário Andrew Charalambous, que preside uma organização de luta contra a mudança climática chamada Club4Climate.
"Nosso objetivo é abrir o primeiro clube ecológico do país e conseguir interessar o maior número de pessoas possível na salvação do planeta", afirma Charalambous.
Metade dos países da OCDE com taxa de poluição da água superior ao normal
Cerca de metade dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) registam taxas de poluição da água superiores ao normal, devido a concentrações excessivas de adubo e pesticidas, revela um estudo hoje divulgado.
O relatório, intitulado "Desempenho Ambiental da Agricultura nos Países da OCDE desde 1990", indica que 44 por cento do consumo de água se destina aos solos agrícolas.
Num terço dos 30 países que fazem parte da OCDE, 30 por cento da água para a agricultura vem dos lençóis freáticos e em países como a Austrália, os Estados Unidos, a Grécia, a Itália e o México não é fácil mantê-los.
Segundo o relatório, a agricultura é uma "importante" fonte de poluição em França, tanto para as águas de superfície como para os lençóis freáticos, sendo a situação mais preocupante no Norte e no Oeste do país.
O reprocessamento destas águas contaminadas sai bastante caro aos poderes públicos, assinala o documento, citando o caso do Reino Unido, onde todos os anos há um orçamento de 345 milhões de euros para o efeito.
O relatório sublinha ainda que as ajudas públicas à irrigação podem impedir uma utilização racional da água.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico acrescenta que existem cada vez mais empresários a apostar em práticas agrícolas "amigas do ambiente" e que as superfícies consagradas à agricultura biológica estão em forte progressão desde o início dos anos 90.
Mesmo assim, elas ainda representam apenas dois por cento da surperfície agrícola total dos países da OCDE.
O relatório, intitulado "Desempenho Ambiental da Agricultura nos Países da OCDE desde 1990", indica que 44 por cento do consumo de água se destina aos solos agrícolas.
Num terço dos 30 países que fazem parte da OCDE, 30 por cento da água para a agricultura vem dos lençóis freáticos e em países como a Austrália, os Estados Unidos, a Grécia, a Itália e o México não é fácil mantê-los.
Segundo o relatório, a agricultura é uma "importante" fonte de poluição em França, tanto para as águas de superfície como para os lençóis freáticos, sendo a situação mais preocupante no Norte e no Oeste do país.
O reprocessamento destas águas contaminadas sai bastante caro aos poderes públicos, assinala o documento, citando o caso do Reino Unido, onde todos os anos há um orçamento de 345 milhões de euros para o efeito.
O relatório sublinha ainda que as ajudas públicas à irrigação podem impedir uma utilização racional da água.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico acrescenta que existem cada vez mais empresários a apostar em práticas agrícolas "amigas do ambiente" e que as superfícies consagradas à agricultura biológica estão em forte progressão desde o início dos anos 90.
Mesmo assim, elas ainda representam apenas dois por cento da surperfície agrícola total dos países da OCDE.
O meio ambiente ganha uma TOP Model
A top model mais bem paga do mundo, Gisele Bündchen, entrou definitivamente para o rol das celebridades que abraçaram a causa em defesa do meio ambiente e, em especial a Floresta Amazônica. Ela foi convidada pela revista "Brazil Mag" para falar sobre a questão em matéria especial sobre o meio ambiente que será publicada no mês que vem. Nela, Gisele declarou que todos os ambientalistas merecem sua atenção e a conquistam. Desde abril, a modelo tem até um blog voltado para as questões de preservação ambiental. Quem quiser conferir é só checar nos blogs do Google (giselebundchenblog.blogspot.com). Na concepção da modelo as pessoas devem retribuir a generosidade da natureza, fazendo cada um a sua parte. Segundo a revista Forbes, Gisele é a top model mais bem paga no mundo e figura na 66ª posição entre as estrelas ‘mais poderosas’ do planeta. Seu "ganho" gira em torno de US$ 24 milhões ao ano. O ator Leonardo Di Caprio teve papel fundamental para despertar em Gisele Bündchen o interesse pelo meio ambiente, levando-a para conhecer uma tribo da Floresta Amazônica.
Cresce ação da Polícia Ambiental em loteamentos
Crescem as ações da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo em loteamentos. "O boom do setor imobiliário nos obrigou a aumentar a fiscalização com relação à lei de uso e ocupação do solo. Com os bloqueios nas estradas, para verificação de procedência de madeira, carvão etc., cresceu também a apreensão de drogas", diz o capitão Walter Nyakas Júnior, chefe da seção de Operações do Comando de Policiamento Ambiental.
A Polícia Ambiental possui efetivo de 2.200 homens, distribuídos por quatro batalhões localizados na Capital, no Litoral (Guarujá) e no Interior (Birigüi e São José do Rio Preto), para fiscalizar 248.808,8 km2. "Mas, se necessário, podemos obter reforço, uma vez que a Polícia Militar possui efetivo de 100 mil homens", explica o capitão Nyakas.
Além das questões estritamente ambientais, a unidade também responde pelo policiamento em zonas rurais. Os problemas variam conforme a região do Estado. No Interior, os principais problemas estão relacionados à pesca, caça, ao desmatamento e às queimadas. Na Capital, a loteamento clandestino e tráfico de animais silvestres e, no Litoral, à pesca oceânica e ocupação irregular de áreas de proteção. "Nesta época do ano, estamos mais atentos à questão dos balões", explica.
De acordo com o capitão Nyakas, anualmente são apreendidas pela Polícia Ambiental cerca de 700 armas de fogo. "A maioria de caça." Uma área que demanda grande atenção dos policiais se refere ao tráfico de animais silvestres. ¿São 30 mil apreensões por ano¿, diz o capitão.
Dois projetos concentram as atenções da Polícia Ambiental. O primeiro, chamado de Operação Defesa das Águas, tem por objetivo recompor as áreas próximas da margem das represas Billings e Guarapiranga, com a retirada de invasores. O outro é um projeto-piloto que está sendo desenvolvido em Cubatão, no bairro de Água Fria. "Nós congelamos a área e estamos retirando as pessoas, pois se trata de área de preservação. São 55 policiais que se revezam durante 24 horas, para impedir a entrada de material de construção e de pessoas que não sejam as já cadastradas."
Para denunciar irregularidades na área ambiental, disque 0800-113560
A Polícia Ambiental possui efetivo de 2.200 homens, distribuídos por quatro batalhões localizados na Capital, no Litoral (Guarujá) e no Interior (Birigüi e São José do Rio Preto), para fiscalizar 248.808,8 km2. "Mas, se necessário, podemos obter reforço, uma vez que a Polícia Militar possui efetivo de 100 mil homens", explica o capitão Nyakas.
Além das questões estritamente ambientais, a unidade também responde pelo policiamento em zonas rurais. Os problemas variam conforme a região do Estado. No Interior, os principais problemas estão relacionados à pesca, caça, ao desmatamento e às queimadas. Na Capital, a loteamento clandestino e tráfico de animais silvestres e, no Litoral, à pesca oceânica e ocupação irregular de áreas de proteção. "Nesta época do ano, estamos mais atentos à questão dos balões", explica.
De acordo com o capitão Nyakas, anualmente são apreendidas pela Polícia Ambiental cerca de 700 armas de fogo. "A maioria de caça." Uma área que demanda grande atenção dos policiais se refere ao tráfico de animais silvestres. ¿São 30 mil apreensões por ano¿, diz o capitão.
Dois projetos concentram as atenções da Polícia Ambiental. O primeiro, chamado de Operação Defesa das Águas, tem por objetivo recompor as áreas próximas da margem das represas Billings e Guarapiranga, com a retirada de invasores. O outro é um projeto-piloto que está sendo desenvolvido em Cubatão, no bairro de Água Fria. "Nós congelamos a área e estamos retirando as pessoas, pois se trata de área de preservação. São 55 policiais que se revezam durante 24 horas, para impedir a entrada de material de construção e de pessoas que não sejam as já cadastradas."
Para denunciar irregularidades na área ambiental, disque 0800-113560
Passeio de ciclistas nus vira confusão em São Paulo
Manifestações de ciclistas nus tomaram conta de cidades em diversos países neste sábado (14), como parte do movimento chamado World Naked Bike Ride ou passeio de ciclistas nus, em tradução aproximada.
O movimento protesta contra a poluição gerada pelos motores dos automóveis , contra a dependência do petróleo e a falta de opções alternativas de transporte. Segundo os organizadores, o protesto também "celebra o poder e a individualidade do corpo humano".
A manifestação ocorrida em São Paulo foi marcada por um empurra-empurra na altura do cruzamento da Avenida Paulista com a Brigadeiro Luís Antônio, na região dos Jardins. Um dos participantes, que ficou completamente nu, foi detido pela Polícia Militar.
Por conta de acordo entre organização e PM, o passeio dos ciclistas nus virou o passeio dos ciclistas seminus. As pedaladas, segundo a organização do evento, tinham o objetivo de incentivar a "humanização" do trânsito em São Paulo.
Tartaruga que encalhou é resgatada
Animal encalhou em praia de água doce na Ilha de Mosqueiro, em Belém. Segundo especialistas, tartaruga costuma desovar no litoral da Bahia e do Espírito Santo.
Uma tartaruga marinha com mais de 2 metros de comprimento e com peso de aproximadamente 400 quilos foi resgatada neste sábado (14) por biólogos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ) e homens do Batalhão de Polícia Ambiental, na praia da Baía do Sol, na Ilha de Mosqueiro, em Belém.
O animal apareceu encalhado na praia de água doce, na noite de sexta-feira passada. Ela foi transportada em uma caçamba para capital do estado e será analisada pelos biólogos do Jardim Botânico Rodrigues Alves.
Segundo os especialistas, a tartaruga marinha costuma desovar no litoral brasileiro, nos estados da Bahia e do Espírito Santo. Para eles, ela pode ter se desviado da rota. A tartaruga marinha deve ser levada para o mar após um período de recuperação.
Índios de Roraima têm chance em corte internacional
Os índios da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, ganhariam um processo na Corte Interamericana de Direitos Humanos se a área da reserva fosse alterada e o caso fosse levado à instância internacional, afirmou o ex-relator da ONU para os Direitos Humanos dos Povos Indígenas Rodolfo Stavenhagen.
Ele comparou a crise à que aconteceu em 2001, na Nicarágua, com a comunidade indígena mayagna, de Awas Tingni, que teve sua terra ameaçada por concessões de exploração dadas pelo governo a companhias estrangeiras. Os índios apresentaram o caso à corte, que reconheceu o direito histórico dos índios à terra disputada.
"Foi um divisor de águas na jurisprudência internacional, foi a primeira vez que a corte interamericana assumiu a defesa aberta dos direitos dos povos indígenas", disse Stavenhagen, atualmente baseado no México.
Segundo o ex-relator, "essa sentença é válida para o Brasil".
Com uma área de 1,7 milhão de hectares, a reserva indígena Raposa Serra do Sol foi homologada em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em meio a uma polêmica antiga em torno da localização da reserva na região da fronteira com Guiana e Venezuela.
Nos últimos meses, o debate chegou ao Supremo Tribunal Federal depois que a Polícia Federal tentou retirar da reserva produtores de arroz que há anos ocupam parte da terra indígena, supostamente com o consentimento de parte dos índios.
Existem 33 ações no STF que contestam a demarcação da terra indígena, incluindo uma do governo de Roraima - que contesta o laudo antropológico no qual o governo federal se baseou para homologar reserva em área contínua.
'Violação grosseira'
O ex-relator da ONU, que deu palestra sobre os direitos dos povos indígenas na Universidade de Brasília (UnB), diz que vem recebendo informações "preocupantes" dos índios da Raposa Serra do Sol quanto ao "perigo" de a área da reserva ser revista.
"Notícias de que a Suprema Corte (STF) e alguns ministros têm feito declarações contra essa conquista de direitos humanos (a homologação da reserva) são muito preocupantes".
"O reconhecimento do território de acordo com a Constituição de 1988 e com a legislação internacional é um passo muito bom para os direitos humanos dos povos indígenas, derrubar isso seria problemático, uma grosseira violação dos direitos adquiridos."
Stavenhagen diz que usará a visita ao Brasil para reunir dados sobre o caso que apresentará a seu sucessor, o atual relator da ONU para povos indígenas, James Anaya, e ao Conselho de Direitos Humanos da entidade.
Ele refuta o argumento de que a constituição de uma reserva indígena em área de fronteira represente ameaça à segurança nacional.
"A defesa dos direitos humanos dos povos assentados seria a melhor defesa do território nacional e da segurança nacional. Haveria uma verdadeira integração do território nacional, não compreendo por que alguém possa se sentir ameaçado pela defesa dos direitos indígenas."
O ex-relator argumentou ainda que não há nenhuma ameaça à segurança dos países do continente americano atualmente e disse que uma mudança dessa situação seria "problema do Brasil".
"Eu falo da perspectiva dos direitos humanos dos povos indígenas, que sempre foram vítimas do racismo, e agora que tem direito adquirido a essas terras, o argumento que surge é o de que eles são ameaça. Esse argumento não é válido, não sei quais as motivações".
O ex-relator elogiou a postura do governo brasileiro de demarcar e homologar terras indígenas como "um grande avanço" e defendeu a expulsão dos produtores de arroz da reserva.
"A situação (da reserva) é inteiramente legal, são eles que estão na ilegalidade, foram para lá mesmo depois da demarcação".
Ele comparou a crise à que aconteceu em 2001, na Nicarágua, com a comunidade indígena mayagna, de Awas Tingni, que teve sua terra ameaçada por concessões de exploração dadas pelo governo a companhias estrangeiras. Os índios apresentaram o caso à corte, que reconheceu o direito histórico dos índios à terra disputada.
"Foi um divisor de águas na jurisprudência internacional, foi a primeira vez que a corte interamericana assumiu a defesa aberta dos direitos dos povos indígenas", disse Stavenhagen, atualmente baseado no México.
Segundo o ex-relator, "essa sentença é válida para o Brasil".
Com uma área de 1,7 milhão de hectares, a reserva indígena Raposa Serra do Sol foi homologada em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em meio a uma polêmica antiga em torno da localização da reserva na região da fronteira com Guiana e Venezuela.
Nos últimos meses, o debate chegou ao Supremo Tribunal Federal depois que a Polícia Federal tentou retirar da reserva produtores de arroz que há anos ocupam parte da terra indígena, supostamente com o consentimento de parte dos índios.
Existem 33 ações no STF que contestam a demarcação da terra indígena, incluindo uma do governo de Roraima - que contesta o laudo antropológico no qual o governo federal se baseou para homologar reserva em área contínua.
'Violação grosseira'
O ex-relator da ONU, que deu palestra sobre os direitos dos povos indígenas na Universidade de Brasília (UnB), diz que vem recebendo informações "preocupantes" dos índios da Raposa Serra do Sol quanto ao "perigo" de a área da reserva ser revista.
"Notícias de que a Suprema Corte (STF) e alguns ministros têm feito declarações contra essa conquista de direitos humanos (a homologação da reserva) são muito preocupantes".
"O reconhecimento do território de acordo com a Constituição de 1988 e com a legislação internacional é um passo muito bom para os direitos humanos dos povos indígenas, derrubar isso seria problemático, uma grosseira violação dos direitos adquiridos."
Stavenhagen diz que usará a visita ao Brasil para reunir dados sobre o caso que apresentará a seu sucessor, o atual relator da ONU para povos indígenas, James Anaya, e ao Conselho de Direitos Humanos da entidade.
Ele refuta o argumento de que a constituição de uma reserva indígena em área de fronteira represente ameaça à segurança nacional.
"A defesa dos direitos humanos dos povos assentados seria a melhor defesa do território nacional e da segurança nacional. Haveria uma verdadeira integração do território nacional, não compreendo por que alguém possa se sentir ameaçado pela defesa dos direitos indígenas."
O ex-relator argumentou ainda que não há nenhuma ameaça à segurança dos países do continente americano atualmente e disse que uma mudança dessa situação seria "problema do Brasil".
"Eu falo da perspectiva dos direitos humanos dos povos indígenas, que sempre foram vítimas do racismo, e agora que tem direito adquirido a essas terras, o argumento que surge é o de que eles são ameaça. Esse argumento não é válido, não sei quais as motivações".
O ex-relator elogiou a postura do governo brasileiro de demarcar e homologar terras indígenas como "um grande avanço" e defendeu a expulsão dos produtores de arroz da reserva.
"A situação (da reserva) é inteiramente legal, são eles que estão na ilegalidade, foram para lá mesmo depois da demarcação".
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