Soberania sobre Amazônia é brasileira, diz presidente do STF



O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil tem competência para determinar os próprios rumos e exercer a soberania sobre a Amazônia, em meio ao debate sobre a internacionalização da região promovido por ambientalistas e pela mídia de fora do país.
Mendes disse que "tem havido um certo exagero retórico nesse debate", dias após o jornal norte-americano The New York Times escrever sobre a suposta necessidade de que organismos internacionais tenham poder para intervir na região, em um artigo chamado "De quem é esta floresta amazônica, afinal?".
"É preciso desemocionalizar a discussão, trazê-la para o plano técnico. É preciso levarmos isso em conta. Não acho que essa questão da soberania da Amazônia esteja em discussão", disse Mendes a jornalistas em Cuiabá, após visitar o Procon estadual.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "a Amazônia tem dono, e o dono é o povo brasileiro. São seringueiros, pescadores e nós que somos brasileiros".
O presidente do STF afirmou que o Brasil tem condições de arcar com suas responsabilidades ambientais pelo fato de viver um momento econômico mais pujante.
Ao ser questionado sobre o conflito no Parque Indígena do Xingu na semana passada, quando um engenheiro da Eletrobrás foi ferido a facadas por um índio em Altamira (PA), o presidente do STF pediu menos violência nas relações na tensa região amazônica.
"Nós precisamos aprender a discutir sem violentar. Nesse episódio verificado no Xingu, se houve tentativa de manipulação indígena é mais grave a atitude", disse.

reportagem N.Y.Times

Dia da Mata Atlantica

Serra do Mar guarda riqueza em flora e fauna







Em 3.150 km2,no Estado de São Paulo o maior parque de mata atlântica do País abriga mais espécies por hectare do que a Amazônia



Na corrida para chegar ao mar e ver 2008 nascer com o pé na areia, milhares de paulistanos enfrentam horas de trânsito em estradas que descem por montanhas verdejantes, sem se dar conta de que estão atravessando uma das florestas mais ricas e ameaçadas do planeta.

Seja qual for o caminho escolhido para chegar à praia, todos passam obrigatoriamente por um lugar: o Parque Estadual da Serra do Mar, maior unidade de conservação da mata atlântica no País. E, seja qual for a praia escolhida, lá estará ele também, erguendo-se ao fundo como uma muralha, refrescando o ar, purificando as águas, preservando a biodiversidade e a paisagem selvagem que ainda caracteriza o litoral paulista.

O parque completou 30 anos em 2007 com a saúde renovada pelo recém-concluído plano de manejo - documento que orienta a gestão e a implementação de áreas protegidas, publicado no fim de 2006. Gestores falam com otimismo sobre o futuro da serra, coisa rara entre unidades de conservação. “Nos 18 anos que estou aqui, nunca vi uma situação tão positiva”, diz o engenheiro florestal João Paulo Villani, diretor do Núcleo Santa Virgínia, na ponta norte do parque.

Com 3.150 quilômetros quadrados, o Parque Estadual da Serra do Mar tem mais que o dobro da área da cidade de São Paulo (1.523 km²). Corta 23 municípios, incluindo o extremo sul da capital. Seu formato é incomum: fino e comprido, acompanhando o contorno das montanhas que lhe dão nome. Desde Peruíbe, na costa sul, até Ubatuba, na divisa com o Rio, o parque é o pano de fundo para quase tudo que acontece no litoral paulista. É oceano de um lado, montanhas de mata atlântica do outro. E, no meio, alguns milhões de turistas espremendo-se por um lugar ao sol.

Com a maior parte de sua cobertura florestal preservada, o parque é abrigo para milhares de espécies de fauna e flora, muitas delas endêmicas e ameaçadas de extinção. Hectare por hectare, a mata atlântica é o bioma com a maior diversidade de espécies arbóreas do planeta, segundo o biólogo Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que há mais de 30 anos pesquisa a biodiversidade da Serra do Mar.

Na região do parque, a concentração pode chegar a 220 espécies por hectare - abaixo do recorde da mata atlântica, de mais de 300 espécies, registrado em Santa Teresa (ES), mas acima da média da Amazônia, onde a concentração varia de 100 a 200 espécies por hectare.

Isso tudo, contando apenas as espécies arbóreas. Se fossem consideradas também as bromélias, orquídeas e outras plantas que crescem no tronco das árvores, o número seria bem maior. Mas ninguém fez essa conta ainda, segundo Joly. “Não saberia nem dar uma ordem de grandeza”, diz o pesquisador.

Essa é uma das lacunas que ele espera preencher como coordenador do Projeto Temático Biota Gradiente Funcional, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que está fazendo um levantamento detalhado da diversidade e da ecologia das espécies florísticas da mata em diferentes níveis de altitude.

O parque é terreno fértil para a ciência. Cerca de 200 projetos de pesquisa já foram realizados na unidade e outros 100 estão em andamento.

A biodiversidade de fauna é igualmente impressionante. O parque abriga 373 espécies de aves, cerca de um quinto de tudo que existe no Brasil. Os mamíferos são 111 e os anfíbios, 144. Muitas são espécies endêmicas da mata atlântica e algumas, do próprio parque (só existem ali). A mata atlântica, que já cobriu 1,2 milhão de km², hoje está reduzida a pouco mais de 7% da sua extensão original.

VISITAÇÃO

A maior parte dessa riqueza biológica, entretanto, passa incógnita aos olhos dos turistas que atravessam a serra em direção à praia. O parque recebe cerca de 250 mil visitantes por ano, mas a infra-estrutura turística ainda é precária. Apenas quatro dos oito núcleos da unidade possuem centros de visitantes (Caraguatatuba, Cunha, Itutinga-Pilões e Picinguaba). Todos possuem trilhas para caminhadas guiadas na mata, mas a condição da maioria é insatisfatória, segundo a avaliação que consta no plano de manejo.

O governo do Estado tem planos de construir mais seis centros de visitantes, 20 novas trilhas e 20 bases de apoio à fiscalização e ao uso público (visitação e pesquisa).

fonte:Estadão

Surge uma nova atividade: o garimpo urbano.


A quantidade de lixo eletrônico que é produzido na sociedade moderna já está causando o surgimento de uma nova atividade: o garimpo urbano. Em países cujos eletrônicos são famosos pelo seu preço baixo, como o Japão, pessoas vasculham o lixo para retirar, de produtos eletrônicos, componentes metálicos cujo preço é cada vez mais alto. Outros países, como a Índia, a China e a Nigéria, onde a atividade também é comum, recebem lixo tecnológico de vários locais do mundo, onde é mais barato exportar do que manter o lixo.
A maioria dos componentes visados são pouco conhecidos: o índio, por exemplo, é usado na produção de telas de LCD, e o antimônio e o bismuto são fundamentais em produtos de alta tecnologia. Mas aparelhos como telefones celulares e placas de computadores ainda podem conter, em seus circuitos, até ouro. O metal precioso é tido como um melhor condutor de eletricidade que o cobre, que é usado mais amplamente pela indústria e também alvo de reciclagem.
Enquanto alguns materiais são reciclados ou mesmo reaproveitados para consertos ou confecção de novos aparelhos, o ouro e outros metais preciosos muitas vezes são retirados, derretidos e vendidos a joalheiros, especuladores ou mesmo às fábricas de eletrônicos. Uma tonelada de telefones celulares pode conter 150 gramas de ouro, 100 quilos de cobre e três quilos de prata, entre outros metais.

Como é tratado o meio ambiente nesse governo

O Orçamento Geral da União (OGU) 2008, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula, revela uma situação nada animadora para o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Cerca de 40% da verba destinada à pasta estão na chamada reserva de contingência. Dos R$ 3 bilhões autorizados para serem gastos este ano em ações governamentais voltadas ao setor, R$ 1,2 bilhão faz parte dessa reserva, que é uma espécie de fundo para ajudar a manter a meta de superávit primário do governo no final do ano.

Programas importantes tocados pelo órgão, como o de “Conservação e Recuperação dos Biomas Brasileiros”, “Nacional de Florestas” e o de “Qualidade Ambiental”, que têm orçamento previsto para este ano de aproximadamente R$ 200 milhões, poderiam ter mais recursos em caixa caso não houvesse a reserva de contingência bilionária. Fundações vinculadas ao ministério também podem estar sendo prejudicadas, como é o caso do Ibama, da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Chico Mendes, que têm orçamento autorizado para 2008 em torno de 1,4 bilhão.

O bloqueio orçamentário também se repetiu nos anos anteriores. Em 2007, por exemplo, dos R$ 2,8 bilhões autorizados no OGU para o MMA, pouco mais de R$ 1 bilhão foi destinado à reserva de contingência, ou seja, cerca de 37% e não foi gasto efetivamente. Entre 2004 e 2006, o orçamento do ministério também sofreu restrições. Dos R$ 6,4 bilhões previstos para os três anos, R$ 2 bilhões foram bloqueados, o que equivale a 31%.

O novo ministro já havia reclamado nos últimos dias do valor contingenciado no órgão. Na ocasião, Carlos Minc pediu ao presidente Lula a liberação de cerca de R$ 1 bilhão, mas não teve sucesso. Lula disse que pensará em como liberar o dinheiro, progressivamente. Além disso, sobre o uso do Exército nas reservas da Amazônia, Lula sugeriu a Minc que ao invés das Forças Armadas se crie uma guarda nacional ambiental, semelhante à Força Nacional de Segurança (FNS).

O dinheiro reivindicado pelo sucessor de Marina Silva é proveniente dos royalties do uso da água por hidrelétricas e empresas de saneamento, além do setor do petróleo. Normalmente, cerca de R$ 100 milhões são destinados ao MMA e os outros R$ 900 milhões ajudam a cumprir a meta de superávit primário do governo. "Não sei quando e quanto sairá. Mas o presidente disse que o dinheiro sairá", afirmou o ministro.

A boa notícia para Minc e para os ambientalistas do país é que os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) também mostram que o orçamento e os gastos do Ministério do Meio Ambiente vêm crescendo progressivamente desde 2003. Naquele ano, a pasta tinha um orçamento autorizado de R$ 1,5 bilhão. Já para 2008 estão previstos R$ 3 bilhões, o dobro da quantia de cinco anos atrás (veja a série histórica). Neste ano, até o momento, o órgão já gastou R$ 106,9 milhões, incluindo despesas com pessoal, correntes (água, luz, telefone), investimentos, entre outras.

O coordenador do programa de desmatamento na Amazônia do Greenpeace, Márcio Astrini, acredita que o contingenciamento de verba no Ministério do Meio Ambiente retrata a falta de uma política ambiental para o país. Segundo Astrini, o governo federal não tem um olhar prioritário voltado ao setor. "Para acelerar as liberações de licenças das obras como o governo quer, por exemplo, é necessário que haja mais recursos para a contratação de pessoal e de outros serviços. O contingenciamento prejudica o trabalho do órgão", acredita o coodernador.

Fonte : Na Hora On Line

Hoje é o dia da Biodiversidade

Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.

A Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementariedade biológica entre hábitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.

A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência.

Conserve seu planeta se não!!!

Gestor ambiental uma profissão em alta

Formação é na área de humanas e profissional atua no gerenciamento ambiental.Há cursos na modalidade de bacharelado e tecnológico.

Gestão ambiental ainda é uma carreira recente, mas a cada dia ganha espaço em instituições públicas e privadas. Segundo professores ouvidos,a profissão surgiu diante da necessidade das empresas e dos órgãos públicos se adaptarem às questões ambientais, especialmente para economizar e evitar danos.

Segundo o professor Jacques Demajorovic, coordenador do curso bacharelado de administração na linha de formação em gestão ambiental do Senac-SP, o gestor ambiental é um profissional que associa três características fundamentais: economia, meio ambiente e fator social.

Não temos um curso de ecologia, não formamos pessoas especialistas em fauna e flora. Queremos formar um gestor para planejar, implantar e monitorar projetos de gestão ambiental e sustentabilidade nas empresas", diz Demajorovic.

O curso de gestão ambiental (bacharelado) tem uma interface muito próxima com a biologia, mas ele forma profissionais para serem dirigentes, que façam a conciliação da atividade humana com o meio ambiente", explica o professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, coordenador do curso de gestão ambiental da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Graduação pode ser tecnológica ou bacharelado
Há duas modalidades para a formação em gestão ambiental: o curso de bacharelado que tem duração de quatro anos e o superior tecnológico, em dois anos.

De acordo com o professor Silva Filho, a diferença entre as duas modalidades é que o curso tecnológico é mais técnico, direcionado para pessoas que já atuam na área de meio ambiente e que procuram uma formação mais completa; enquanto o bacharelado é voltado para a administração do meio ambiente, sendo mais extenso porque permite aprofundar os conceitos e forma profissionais direcionados para a pesquisa acadêmica e científica.

Nada impede que alguém que não esteja na área de ambiente faça o curso tecnólogo. Mas esse é um curso que busca formar o profissional mais rápido para o mercado de trabalho", diz o coordenador do curso no Senac-SP.

Um tecnólogo em gestão ambiental trabalha em projetos específicos ligados ao meio ambiente. Ele atua no gerenciamento de resíduos sólidos, no planejamento ambiental, na remediação de áreas contaminadas e em sistemas de gestão, por exemplo.

Já o bacharel em gestão ambiental além de poder ocupar essas funções, ainda poderá desenvolver papéis de gerência nas áreas financeira, de marketing e recursos humanos. É um profissional que tem na carga horária do curso mais disciplinas da área administrativa", diz Demajorovic.

Outro ponto importante a esclarecer é que o gestor ambiental exerce função diferente do engenheiro ambiental, que foca o trabalho no desenvolvimento de tecnologias e soluções ambientais. O gestor ambiental lida com o planejamento dos recursos.

Segundo Demajorovic, o gestor ambiental é preparado para trabalhar em empresas privadas, públicas, em ONGs ele implementa projetos que não pensam apenas na relação do custo, mas sim na viabilidade econômica com menor impacto ambiental e social.


E ainda tem gente que pensa que a paz é impossível...








Esta história aconteceu recentemente na Província de Manitoba, no Canadá e foi documentada por um fotógrafo.

Os huskies siberianos estavam indefesos, presos na coleira quando
de repente lhes surge um imenso urso polar...
Mas, o inacreditável aconteceu, para a felicidade dos huskies o
urso queria só... brincar...




Abraço Guarapiranga 2008 une ecologia e diversão em programa para toda a família

PARTICIPE

Em sua terceira edição, o Abraço Guarapiranga vai reunir no dia 1° de junho a população de São Paulo em torno da represa para aumentar a pressão por investimentos em ações de recuperação e preservação do manancial. O evento, que vai ocorrer em três pontos ao redor do reservatório, inclui atrações para toda a família, como shows, oficinas artísticas e educativas, caminhada, expedição fotográfica, velejada, entre outras. Saiba tudo sobre o abraço em www.mananciais.org.br/abraco2008.

Carlos Minc responde ao texto do N.Y. Times sobre Amazônia

O secretário do Ambiente do Estado do Rio, Carlos Minc, convidado pelo presidente Lula para assumir o cargo de ministro do Meio Ambiente, sugeriu que sofre de desequilíbrio psicológico o autor da reportagem, publicada ontem no jornal "The New York Times", que afirma que a Amazônia não seria brasileira, mas sim internacional. A reportagem saiu assinada pelo correspondente do "NYT" no Rio de Janeiro, Alexei Barrionuevo. "Quem faz uma proposta dessas deveria passar por uma requalificação psicológica, tal o disparate que contém. Os donos (da Amazônia) somos nós", declarou Minc, em entrevista ao sair da residência da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva.

Natureza