Epidemia de dengue a tendencia e aumentar


Pelo menos 30 cidades brasileiras, incluindo sete capitais, apresentam a mesma combinação que levou o Rio à epidemia de dengue neste ano: alta infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, aumento do vírus do tipo 2 - um dos mais agressivos - e um número considerável de pessoas suscetíveis à contaminação, de acordo com cruzamento de dados entre o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde, com mapas de circulação dos vírus da dengue.

Trinta cidades, espalhadas pelos Estados de Roraima, Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Ceará, Alagoas e Pará, vivem o risco de expansão da dengue tipo 2. Já as capitais que têm essa combinação são Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Maceió, Salvador, Belém e Palmas. O número de cidades com risco elevado de surtos pode ser ainda maior. Isso porque o Liraa foi feito há quatro meses, antes de as chuvas se intensificarem."É preciso redobrar esforços. Caso contrário, a situação pode se agravar, sobretudo no verão do próximo ano", avisou o secretário-adjunto de Vigilância do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta.

Uma nova onda de epidemia de dengue no País teria mais casos graves e atingiria principalmente pessoas mais jovens. Exatamente o que vem ocorrendo no Rio. Entre as causas dessa nova onda estaria o tipo de população suscetível. A dengue é provocada por quatro tipos de vírus, batizados de 1, 2, 3 e 4. Ao ser infectado, o paciente cria imunidade somente ao tipo de vírus que causou sua doença. No Brasil, já há grande número de pessoas resistentes, por causa das três epidemias registradas. Mas crianças que nasceram durante e depois da década de 90 não têm essa imunidade.

De acordo Pimenta, o Liraa serve de apoio para as ações de prevenção dos municípios, mas a aplicação correta cabe apenas a eles. Ontem, no entanto, Manaus identificou a presença do sorotipo 4 da dengue, que não era registrado há mais de 20 anos no País. Aracaju confirmou que está enfrentando um surto da doença. Em Fortaleza, os 1.887 casos já confirmados superam os números de 2007.Três mortes estão sendo investigadas.
Leia mais :dengue verão e como fazer uma armadilha para o mosquito da Dengue

Como você pode ajudar o meio ambiente

Seja solidário: doe roupas, sapatos e aparelhos que não usa mais. Eles podem ser úteis para outras pessoas.

Conserte os eletroeletrônicos sempre que possível para evitar comprar novos e gerar mais lixo.

Procure comprar produtos que permitam a reutilização das embalagens com refil.

Dê preferência a produtos fabricados com materiais reciclados. Desta maneira, você estará reduzindo o uso da matéria-prima, gastando menos energia e ajudando o planeta.

Guarde o lixo com você até encontrar um local adequado caso estiver na rua.

Separe o lixo e mande-o para a reciclagem. Separando o lixo, você estará gerando emprego para catadores e dando oportunidade a reciclagem de materiais.

Utilize talheres, copos e pratos de louça. Os descartáveis geram lixo e demoram a se decompor.

Tenha em casa uma pequena composteira com restos orgânicos como cascas de frutas, legumes e folhas. Ela produz adubo natural para o seu jardim e de seus vizinhos.

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Natureza é linda,cerejeiras em flôr

Arte chama a atenção para poluição no rio Tiete


O artista, que em 2004 colocou, sem autorização, uma âncora no barco do Monumento às Bandeiras, inaugura nesta quarta-feira seu trabalho mais recente e impactante, formado por 20 esculturas de garrafas de 10 metros, espalhadas em 1,5 km das margens do rio Tietê, da ponte do Limão à da Casa Verde.

Outros projetos inéditos de Srur prometem chamar a atenção dos paulistanos, incluindo uma intervenção no Masp e a instalação de salva-vidas em 15 monumentos públicos, como a estátua de Borba Gato, na zona sul da cidade.

As esculturas infláveis do Tietê, que serão iluminadas por dentro das 18h às 21h até fim de maio, imitam as garrafas de plástico conhecidas como "pet" e que são facilmente detectadas no meio dos lixos e resíduos da superfície do rio.

Srur passou 15 meses visitando as margens do Tietê para realizar esta nova intervenção, um desdobramento de sua obra no rio Pinheiros de 2006, quando levou para as águas poluídas 100 caiaques e 150 manequins.

"Resolvi dar continuidade a essa questão da poluição dos rios da nossa cidade, da falta de consciência da população", disse o artista à Reuters, ao lado de uma garrafa gigante.

"A cidade nasceu e se desenvolveu em função do rio Tietê. E a gente recompensou matando o rio", disse. "São espaços urbanos óbvios, só que ninguém vê."

As obras foram feitas de PVC e trama de nylon e são sustentadas cada uma por uma plataforma de 2.000 garrafas pet de dois litros, que farão as esculturas boiarem no caso do nível das águas do rio
subir com as chuvas.

fonte : Eduardo Srur

Usina de Tijuco Alto pode abrir caminho para mais três, alertam ambientalistas


Entidades ambientalistas e civis, de assistência comunitária e social do Vale do Ribeira (nos estados de São Paulo e Paraná) opõem-se à construção da Usina Hidrelétrica Tijuco Alto devido aos impactos que poderá ter sobre o meio ambiente e a economia das comunidades locais, incluindo os pescadores. As entidades protestaram hoje (12) diante da sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na capital, por ter concedido ao projeto dessa usina um parecer técnico que a considera víavel ambientalmente.A Hidrelétrica de Tijuco Alto pretende gerar 150 megawatts de energia para uso exclusivo da unidade da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) na cidade de Alumínio. Ela ficará entre as cidades de Ribeira (SP) e Adrianópolis (PR), com a vertente no lado paulista e a usina de força do lado paranaense. O lago previsto terá 51,8 quilômetros quadrados e os ambientalistas disseram temer que a autorização abra caminho para a construção das três outras usinas previstas para o mesmo Rio Ribeira do Iguape – as de Funil, Itaoca e Batatal.As entidades questionam esse projeto até por sua destinação, já que a região é uma das mais pobres do estado, mas a energia gerada será de uso exclusivo da empresa. Segundo dados da organização Instituto Socioambiental (ISA), que luta contra os projetos dessas barragens, o Vale do Ribeira concentra a maior reserva contínua de Mata Atlântica do país, com 2,1 milhões de hectares de florestas, 21% do total remanescente.O rio fica na Serra de Paranapiacaba, que divide as bacias do Ribeira do Iguape e do Paranapanema, e abriga dois parques estaduais ambientais: o Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira (Petar) e o Intervales, com mais de 300 cavernas. Depois de cortar a Serra do Mar, o Ribeira do Iguape deságua no litoral sul e sua foz deu origem à Ilha Comprida. Essa região do litoral, o Lagamar, compreende a Estação Ecológica da Juréia-Itatins (estadual). Segundo o ISA, a região reúne 150 mil hectares de restingas e 17 mil hectares de manguezais.O Vale do Ribeira está incluído nos Territórios da Cidadania, programa lançado pelo governo federal neste ano. As principais atividades econômicas da região são o plantio da banana e de chá, e a pesca. No local estão 40 comunidades quilombolas, três terras indígenas e grande quantidade de pequenas propriedades de agricultura familiar.Entre as questões ambientais envolvidas, o ISA cita preocupações quanto ao assoreamento do rio, prejuízo às espécies de peixes que sobem o rio para se reproduzir, mudanças no microclima, dos regimes hídricos em função da mudança de nível freático e impactos não previstos sobre os ecossistemas do Lagamar, no litoral e na vida dos pescadores. Citando o próprio Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente da empresa, o ISA afirma que 689 famílias serão atingidas.Assinam o movimento 12 entidades, entre elas a Fundação SOS Mata Atlântica, Movimento dos Ameaçados por Barragens do Vale do Ribeira (Moab), Equipe de Assessoria e Articulação das Comunidades Negras (Eaacone), Coletivo Educador do Lagamar e Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Vale do Ribeira.

fonte : Agencia Brasil

Plataforma de Wilkins na Antartida ameaçada


Um enorme bloco de gelo da Antártica, com área quatro vezes superior a da cidade de Paris, começou a derreter sob o efeito do aquecimento global, informou nesta terça-feira o Centro Nacional da Neve e Gelo da Universidade do Colorado.
Segundo imagens de satélites, o derretimento já afeta uma longa faixa sobre a plataforma de Wilkins, e foi acentuado em 28 de fevereiro, com uma queda súbita que formou um iceberg de 25,5 km por 2,4 km.
O movimento provocou o deslocamento de um bloco de 569 km2 da plataforma de Wilkins, que já perdeu 414 km2. A plataforma, cuja superfície é de 12.950 km, está atualmente sustentada por uma faixa de apenas 5,6 km entre duas ilhas, revelou Ted Scambos, responsável científico do Centro Nacional da Neve e Gelo (NSIDC, sigla em inglês).
"Se as geleiras continuarem retrocedendo, esta faixa de gelo poderá se desintegrar e perderemos, provavelmente, a metade da massa glacial na região durante os próximos anos".
Nos últimos cinquenta anos, a parte ocidental da península antártica registrou o maior aumento de temperatura no globo, com alta de 0,5 graus centígrados a cada dez anos.
"Pensamos que a plataforma de Wilkins existe há centenas de anos, mas o ar aquecido e as ondas do oceano estão provocando seu desgaste", disse Ted Scambos.

Aumenta o numero de pessoas mortas por raios


Em menos de três meses, as mortes provocadas por raios no Brasil chegaram bem perto do mesmo número registrado durante todo ano de 2007. Até hoje, as descargas atmosféricas causaram 45 mortes no País, contra 46 no ano passado. Os dados são do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No ano passado, neste mesmo período, ocorreram 18 mortes. Entre as regiões brasileiras, Sudeste e Nordeste tiveram mais vítimas. "Foram 18 em cada uma delas", afirma o pesquisador e chefe do grupo de cientistas no Inpe, Osmar Pinto Júnior.

Para o especialista, um dado assustador. "Estávamos prevendo que os raios seriam mais freqüentes, por conta da influência do fenômeno La Niña, mas não imaginávamos que as mortes iriam subir quase 200%". No restante do País, foram 4 mortes na região Sul, uma no Norte e outras 4 no Centro-Oeste. A principal explicação é a influência do fenômeno La Niña. O resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial altera a circulação dos ventos globalmente e favorece a formação de tempestades na região Sudeste.

Ainda de acordo com o especialista, o que está ocorrendo neste verão com relação às mortes provocadas pelas descartas atmosféricas é semelhante a 2001, ano em que também houve a influência do fenômeno La Niña. "Naquele ano foram 73 mortes registradas", lembra Pinto Júnior

Novo produto minimiza poluição dos gases

A rua Jean Bleuzen, onde circulam perto de 13 mil automóveis por dia, situada nos arredores de Paris, em França, foi recentemente pavimentada com um novo produto mais ecológico, apenas num dos lados da via.Metade da rua está revestida com betão XT Ariar, um novo produto que, segundo os seus criadores, reduz a poluição atmosférica através da decomposição de compostos orgânicos voláteis e do NOx.A empresa responsável pelo produto garante que os poluentes gasosos ficam retidos na superfície do betão, transformando-se posteriormente em nitrato de cálcio, segundo revela a revista Auto Foco.A eficácia do produto na redução da poluição será agora testada em metade da rua, onde estão instaladas duas estações de monitorização da qualidade do ar, uma na parte de betão e a outra que está revestida com alcatrão tradicional.

Funeral de um Rio

Moradores da região da Barra do Jucu, em Vila Velha, e pessoas preocupadas com o meio ambiente, realizaram o “Funeral do Rio Jucu” na manhã deste domingo (23). Um caixão com 8m de comprimento foi colocado sobre uma das pistas da Rodovia do Sol.

O trânsito no sentido Vila Velha-Guarapari foi interrompido por cerca de cinco minutos. O evento simbólico pretende chamar a atenção para a poluição no rio e fatores que colaboram para que ela permaneça.

O grupo de cerca de 250 pessoas iniciou a concentração na Barra por volta das 8h e depois seguiu em direção à Rodovia do Sol, ainda em Vila Velha, próximo aos locais de despejo de esgoto no Rio Jucu.

O “funeral” começou por volta das 10h. Em uma celebração, um pároco lembrou o pecado moderno da poluição ambiental, incluído pela Igreja Católica entre os novos pecados capitais. A banda de congo Tambores de Jacaranema também participou do ato, que terminou por volta das 11h.

O “funeral” lembrou ainda o Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março, e a escassez do recurso. Tradicionalmente, seria um dia de Descida do Rio Jucu, mas de acordo com o representante da Associação Barrense de Canoagem, Eduardo Pignaton, o rio já não oferece condições para os canoístas.

“O nível de poluição está insuportável”, afirma. Ainda assim alguns participantes decidiram se aventurar. Eles partiram em caiaques e barcos da Barra do Jucu até próximo ao local de despejo de esgoto no bairro Araçás, trecho também próximo à Rodovia do Sol, onde ocorreu o ato “fúnebre”.

Poluição

Entre os maiores entraves para a preservação do Rio Jucu, de acordo com Pignaton, está o modelo de gestão. Por 16 anos administrado pelo Consórcio Santa Maria Jucu, formado por dez prefeituras, Governo estadual, Cesan e grandes empresas, o rio não está em situação satisfatória. “Eles não fizeram nada e ainda deixaram dívidas”.

O comitê gestor da bacia do Rio Jucu já está em processo de formação. As prefeituras de Vila Velha, Vitória, Domingos Martins, Marechal Floriano e Viana, além de representantes da sociedade civil organizada devem compor o órgão.

Mas, para que ele passe a atuar faltam ainda algumas adequações legais, como explica Pignaton. “O comitê tem tentado trabalhar, mas temos que passar por muitas políticas públicas. O Estado é um dificultador do processo”.

Atualmente o rio é gerido pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).

Descida

A descida do Rio Jucu acontecia desde 1989. Já na tentativa de sensibilizar a população ribeirinha e o poder público para medidas de prevenção e contenção dos problemas ambientais. Com o passar dos anos o movimento da descida envolveu mais pessoas preocupadas em preservar e recuperar o rio.

O evento era realizado por caiaque, barcos a remo, motorizados e até embarcações improvisadas por cerca de 200 pessoas que desciam o rio, além daqueles que percorrem a trilha.

O rio

O Jucu é um rio com médio volume de água, rápido e com corredeiras. Ele nasce na Serra do Castelo, em Pedra Azul. Possui dois formadores principais: o braço Norte e o braço Sul, tendo áreas de drenagem de 920 Km² e 480 Km². Toda a bacia tem uma drenagem de 2,4 Km².

O curso tem uma extensão aproximada de 166 Km até desaguar na praia da Barra do Jucu, em Vila Velha. A bacia do Rio Jucu abrange integralmente os municípios de Domingos Martins, Marechal Florianp, Viana, Vila Velha, Cariacica e Guarapari.

fonte: Gazetaonline

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Mais de um bilhão de seres humanos sem acesso à água

A ONU celebra, nesta quinta-feira, o Dia Mundial da Água, cuja escassez afeta mais de um bilhão de seres humanos, situação que ficará ainda pior no futuro sob a dupla pressão do aquecimento global e do aumento exponencial da demanda pela crescente população mundial.

Neste ano a data - adiantada desta vez em dois dias por causa do final de semana de Páscoa - permite medir a ausência de progressos: hoje, um terço da humanidade (2,4 bilhões) continua a viver sem acesso a uma água de qualidade nem a simples vasos sanitários e a cada dia, 25.000 pessoas morrem em função disso, sobretudo crianças.


Diante deste panorama, a 7ª Meta de Desenvolvimento para o Milênio, adotada em 2002 na reunião de cúpula de Johannesburgo, que, entre outras coisas, estipula a redução pela metade, até 2015 e em relação a 1990, do número de humanos sem acesso à água potável, é praticamente impossível de ser atingida. Seria necessário que, a cada ano até o final do prazo estabelecido, mais 100 milhões de pessoas tivessem água em condições de consumo, ou 274.000 por dia.


Para que a água seja igualmente distribuída pelo planeta, e para que uma água de qualidade seja acessível a todos, é preciso pagar o preço.


"Globalmente, ela é abundante em lugares onde não há ninguém", afirma Pierre Chevallier, especialista em Recursos de água do Instituto (francês) de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD): a região amazônica do Peru ou do Equador, pouco povoada, é rica em fontes de água, enquanto que toda a costa do Pacífico, pulmão econômico que abriga grandes cidades está seca, até o Chile.


"A situação vai piorar com o aquecimento global, que acelerará os fenômenos de evaporação e do derretimento das geleiras e reduzirá ainda mais a quantidade de água disponível", explica Chevallier. "Com a pressão demográfica: não apenas a população mundial aumenta, mas também as exigências desta população com a melhoria de suas condições de vida nas grandes países emergentes".


Hoje a água reservada ao uso doméstico - consumo humano e à higiene dos lares - serve apenas para 10% do consumo planetário (contra 20% para a indústria, principalmente para a produção de energia e 70 % para a agricultura em média). Mas consideráveis disparidades são registradas em regiões como a Ásia, onde a agricultura pode absorver mais de 85% das reservas.


"O consumo de água varia sobretudo de acordo com critérios econômicos e culturais e países que produzem pouco como os do Golfo podem estar também entre os grandes consumidores", ressalta o pesquisador.


Em média, um cidadão norte-americano consome 500 litros de água/dia e um europeu 200 a 300 litros, quando um africano da região saariana dispõe de 10 a 20 litros de água/dia para uso doméstico. E estes desequilíbrios, quantitativos e qualitativos, vão se exacerbar.


Alguns hábitos alimentares, adotados devido a melhoria da qualidade de vida, envolvem particularmente altos índices de consumo: 15.500 litros de água são necessários para produzir um quilo de carne de boi industrializado, lembra a Organização Mundial da Saúde (OMS).


De acordo com o Programa da ONU para Meio Ambiente (PNUE), com uma população de 1,5 a 1,8 bilhão até 2050, a Índia terá necessidade 30% de água a mais do que dispõe hoje, enquanto que sua agricultura, sobretudo a rizicultura, já absorve cerca de 90% dos recursos disponíveis.


"O problema é que estocar ou transportar a água necessita de investimentos colossais", ressalta Pierre Chevallier. "Isso não é tecnicamente impossível, mas os países que têm mais necessidade geralmente não possuem os meios".

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