São Paulo reduz desmatamento

O governo de São Paulo autorizou no primeiro semestre deste ano a derrubada de 952 hectares de florestas, 18% menos que nos seis primeiros meses de 2007. De acordo com dados do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN), se continuar nesse ritmo até o fim do ano, o Estado terá alcançado a menor taxa da década. Apesar disso, 1.003 hectares de vegetação foram derrubados sem autorização, volume superior ao autorizado, ainda que menor que o registrado de janeiro a junho de 2007 (1.575 hectares).

O Vale do Ribeira teve o maior número de autorizações concedidas (34%). Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, isso se deve à predominância da agricultura familiar na região. Em seguida, aparecem as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas, com 17% e 15%, respectivamente. Já São José do Rio Preto teve o menor número de autorizações e correspondeu a 0,5% do total.

Ações e conscientização

As ações da Polícia Militar Ambiental resultaram na supressão de 572 hectares de áreas a menos que no primeiro semestre do ano passado, quando 1.575 hectares foram derrubados. Foram registrados 47.854 boletins de ocorrência nos primeiros seis meses do ano, que resultaram em 2.610 autuações.

Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a diminuição da derrubada de matas é resultado do controle sobre os licenciamentos que autorizam a supressão de vegetação, de programas para a conscientização dos agricultores sobre a necessidade de preservar as matas ciliares e da fiscalização da Polícia Militar Ambiental.

De acordo com a secretaria, a meta do governo lançada em 2007, de recompor 1,7 milhão das matas ciliares em 25 anos, pode ser antecipada. Já foram cadastrados 240 mil hectares de mata ciliar desde o ano passado, dos quais 140 mil (58%) serão recuperados em no máximo dez anos.

Essa vegetação protege as águas e o solo, reduz o assoreamento de rio, lagos e represas e impede que a poluição chegue às águas. Além disso, as matas ciliares constituem barreiras naturais contra pragas e doenças da agricultura e absorvem carbono.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelo menos uma boa notícia, Chico Coelho.
Por outro lado, li hoje, na columa Ciência do jornal O Globo que uma em cada oito espécies de aves estão em extinção completa na região do cerrado. Lamentável, não?
Um grande abraço.

Francisco Coelho disse...

Noticia preocupante essa Adelino,merece uma atenção especial farei um post sobre o assunto.
Abç

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