Vários planetas poderiam abrigar vida



Astrônomos reunidos em Boston, nos Estados Unidos, para encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência que termina nesta segunda-feira divulgaram dados que sugerem que a possibilidade de o Universo conter planetas com condições de vida é maior do que se pensava previamente. As novas evidências indicariam que mais da metade das estrelas semelhantes ao Sol na Via Láctea poderiam conter sistemas planetários similares ao nosso.

Os cientistas apostam que as descobertas dos próximos anos deverão mudar radicalmente a concepção do homem sobre o Universo e a formação dos planetas. “Nossas observações sugerem que entre 20% e 60% das estrelas semelhantes ao Sol apresentam, ao seu redor, evidências de formação de planetas rochosos não muito diferente daquela que nós acreditamos que gerou a Terra”, afirmou Michael Meyer, da Universidade do Arizona, segundo o site da rede BBC.

Pó - Ao lado de outros pesquisadores, Meyer observou grupos de estrelas com massa similar à do Sol. Eles, então, detectaram discos de poeira cósmica ao redor das estrelas em alguns dos grupos mais jovens. Acredita-se que essa camada de pó seja um subproduto do choque de rochas durante a formação de planetas. A sonda Kepler da Nasa, agência espacial americana, a ser lançada em 2009, deverá varrer parte do Cosmo em busca de planetas similares à Terra.

Falando pela agência americana, Alan Stern disse acreditar que, após séculos de observação espacial, o homem só deve ter encontrado a “ponta do iceberg” quando o assunto são outros planetas, mesmo dentro do Sistema Solar. “Nossa velha visão de que o Sistema Solar possui apenas nove planetas será substituída por outra, segundo a qual há centenas ou mesmo milhares de planetas”, disse. Para ele, muitas dessas novas localidades poderão ser geladas, outras rochosas como a Terra e algumas com massa semelhante ao nosso planeta.

A expectativa geral dos cientistas é encontrar um lugar com condições para abrigar – ainda que no futuro distante – uma colônia humana. "Para mim, há duas condições que temos perseguir: um planeta com massa semelhante à do nosso planeta e que mantenha a distância certa de sua estrela”, resume Debra Fischer, da Universidade Estadual de San Francisco.

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