África do Sul voltará a permitir sacrifício de elefantes


O governo sul-africano anunciou nesta segunda-feira que permitirá o sacrifício de elefantes no país a partir de 1º de maio. Segundo o ministro do Ambiente e Turismo da África do Sul, Marthinus Van Schalkwyk, o sacrifício é necessário para controlar a população de elefantes no país.

Esta será a primeira vez que o governo permitirá a matança dos animais desde que o sacrifício foi proibido, em 1995. Há estimativas de que o número de elefantes aumentou de 8 mil para 20 mil animais desde o fim dos sacrifícios.

No comunicado, o ministro afirmou ainda que a prática será permitida apenas em último caso e que o governo adotará outras técnicas para o controle da população de elefantes, como o uso de contraceptivos e o transporte de animais para áreas menos habitadas.

De acordo com Van Schalkwyk, o sacrifício será adotado apenas depois de várias considerações "com todas as opiniões consultadas", afirmou.

Reações

A população que reside em regiões próximas de onde vivem os elefantes reclamam que os animais são perigosos, comem as frutas e competem com os humanos para beber água.

No comunicado desta segunda-feira (25), o governo sul-africano afirmou que está ciente de que a decisão vai causar "emoções fortes" e despertar a oposição de ativistas de direitos dos animais.

Apesar disso, o ministro afirmou que "o equilíbrio da biodiversidade e as pessoas que vivem próximas dos elefantes" também precisam ser considerados.

A ONG de direitos dos animais Animal Rights Africa afirmou que os elefantes têm habilidades cognitivas bem desenvolvidas e são alertas sobre o espaço.

"Quanto mais parecidos conosco precisam ser os elefantes para que matá-los seja considerado assassinato?", questionou a ONG em um comunicado divulgado antes do anúncio do governo.

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