Espanha, Itália e Japão multados por excesso de poluição



O Japão, Itália e Espanha correm o risco de pagar multas que podem ascender a um total de 33 bilhões de dólares por não conseguirem reduzir as emissões de gases de efeito estufa, conforme definido nos termos do Protocolo de Kioto.

O Japão, Itália e Espanha correm o risco de pagar multas que podem ascender a um total de 33 bilhões de dólares por não conseguirem reduzir as emissões de gases de efeito estufa, conforme definido nos termos do Protocolo de Kioto.

Os três países são os que revelam pior desempenho entre as 36 nações que concordaram em reduzir as emissões de dióxido de carbono, responsáveis pelas mudanças climáticas, segundo a Bloomberg. Com efeito, a Espanha, a Itália e o Japão estão prestes a falhar os seus compromissos de Quioto porque subestimaram o crescimento económico e as emissões futuras por parte das fábricas e "utilities", salienta a agência noticiosa.

As penalizações impostas pelo Protocolo de Kioto levaram a uma redução das emissões de CO2. A "utility" espanhola Iberdrola, por exemplo, transformou-se nos últimos cinco anos no maior detentor mundial de parques eólicos, tendo diminuído as emissões de dióxido de carbono por kilowatt em cerca de 15% este ano, refere a Bloomberg.

Nos termos do Protocolo de Kioto, assinado em 1997 com o intuito de se diminuir o aquecimento global, as nações poluentes podem comprar créditos pelas suas emissões em excesso a outros poluidores industriais ou investidores que tenham acumulado um excedente de créditos – ou licenças.

Espanha depara-se com um custo de 7,8 bilhões de dólares, ao passo que Itália e o Japão poderão ter de pagar 13 bilhões cada um, com base nas estimativas dos seus governos e tendo em conta o actual preço das licenças. A Irlanda, por sua vez. poderá ter de comprar 1,3 mil milhões em créditos. Em contrapartida, o Reino Unido e a Alemanha deverão cumprir as metas previstas para as emissões.

O Protocolo de Kioto estabeleceu a criação de um número limitado de licenças que podem ser atribuídas gratuitamente aos poluidores industriais. Se o CO2 gerado for superior ao nível que a nação definiu que não ultrapassaria, então esse país terá de comprar licenças para repôr a diferença – o que corresponde, na sua essência, a uma multa por poluir de mais.

Na conferência sobre mudanças climáticas que se realiza na próxima semana em Bali, os delegados de 190 nações vão reunir-se para delinear um novo tratado que substituirá o de Quioto – que termina em 2012.

fonte:jornaldenegocios

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