Devemos cultivar uma responsabilidade universal para o outro e estendê-lo para o planeta que temos para compartilhar. (Dalai Lama)
Baleia deve ser enterrada esta manhã
Os técnicos do CMA, com sede em Itamaracá, estudam as causas que têm provocado encalhes freqüentes de Baleias no litoral do Nordeste desde janeiro.
Os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente do Cabo de Santo Agostinho pretendem iniciar esta manhã os trabalhos para enterrar a baleia macho, da espécie minke (balaenoptera acutorostrata) de 4,7 metros e quase 12 toneladas. O animal foi encontrado morto, ontem, na Ilha do Amor, entre os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho.
Macho, na fase juvenil, o animal morreu na última quinta-feira. Ele se encontrava em estado de decomposição e sem a cabeça quando os técnicos do Centro de Mamíferos Aquáticos/Peixe-Boi o localizaram. Esta é a quarta baleia que aparece sem vida nas praias de Pernambuco este ano, sendo a 23ª desde 1998. A última encalhou em setembro, na praia de Pau Amarelo, em Paulista, na altura da Matriz de Nossa Senhora do Ó.
Por conta da distância e localização, os curiosos e pescadores tiveram dificuldade de ver a baleia, que será enterrada hoje, na própria ilha, com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Cabo. Como a Ilha do Amor se estende de Candeias, em Jaboatão, até o Cabo de Santo Agostinho, o acesso da retroescavadeira se dará pela praia do Paiva, no litoral Sul. A remoção do animal vai exigir esforço da equipe, já que ele pesa quase 12 toneladas, mas não deve durar mais de 12 horas, como outras ocasiões.Nas praias de Alagoas, Paraíba e Pernambuco já foram encontradas nove baleias este ano, sendo a maior parte (quatro) delas no estado. "Elas podem encalhar por conta de doenças, de ações provocadas pelo homem, por fatores ambientais, mudanças de tempo, ou de corrente", explica a bióloga Fernanda Niemeyer, do CMA.
As causas que provocam encalhes de baleias no litoral pernambucano ainda são desconhecidas, mas o espaço de tempo entre uma e outra vítima está sendo curto. A última vez que um cetáceo deste gênero precisou ser desencalhado, depois de morto, foi em 2 de setembro, cerca de dois meses e meio atrás. Naquele dia, uma baleia da espécie cachalote, de 17 metros, foi encontrada em Pau Amarelo, no município de Paulista, chamando a atenção de moradores e banhistas. Muita gente queria chegar perto, ou tocar no animal.
No último dia 18 de julho,a Prefeitura do Recife e técnicos do CMA também fizeram uma operação, que durou 14 horas, para retirar uma baleia sem vida, da espécie cachalote, de 10 metros, da praia de Boa Viagem. No final de junho, na Ilha de Itamaracá, uma cachalote-anã também foi encontrada morta. "Ainda estamos investigando as ocorrências", frisou a bióloga Fernanda Niemeyer.
fonte:Pernambucoultimasnotas
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