Represa Billings poluição diminui sua capacidade

Billings já perdeu 240 mi de m³ de água


A poluição já retirou 240 milhões de m³ de água da Represa Billings. A queda de 20% na capacidade de armazenamento representa prejuízo para a população e poder público, já que o volume seria suficiente para abastecer a cidade de São Paulo por até dois meses. O assoreamento, causado pelo uso irregular do solo na área de proteção de mananciais, ainda faz com que o reservatório tenha o espelho d'água reduzido. A perda, irreversível, é de 12,6 km² ou quase 2.000 campos de futebol.

Se a destruição não for brecada, a previsão é de que o reservatório perca suas principais ramificações e se limite apenas ao corpo central. "Estamos assistindo ao desaparecimento do reservatório. A tendência é de que o assoreamento desapareça com os braços. É uma questão generalizada e o exemplo mais gritante está na região do Alvarenga, em São Bernardo. Lá, em 15 anos, 400 mil m² de superfície desapareceram. Hoje, é difícil chegar à margem de barco porque a represa está muito rasa", diz o presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), Carlos Bocuhy.

Os cálculos da entidade, feitos com o uso de fotos por satélite, indicam que o ritmo do assoreamento é de 7% por década. A erosão faz com que a rotina das populações ribeirinhas seja alterada. Em Diadema, há um exemplo histórico. A procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro Eldorado, era feita de barco. A imagem chegava pela represa e os fiéis acompanhavam de barco até a entrada da capela, que ficava em frente ao reservatório. Hoje, a paróquia fica quase a 1.000 metros da margem.

"Agora, a procissão tem de ser feita por terra mesmo. Perdeu-se toda aquela tradição por conta da poluição da represa. As pessoas ainda lembram com nostalgia do tempo em que a Billings era limpa e a água chegava até a beira da estrada", afirma o memorialista Walter Adão Carreiro.

fonte : Adriana Ferraz

Do Diário do Grande ABC

Tecnologia verde pode gerar milhões de empregos

As tentativas mundiais de frear o aquecimento global estão surtindo efeito na geração de empregos. A constatação foi apresentada hoje (24) no relatório Empregos Verdes: Trabalho Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com o estudo, os chamados “empregos verdes” - aqueles relacionados às novas tecnologias ambientais - estão em praticamente todas as áreas que têm se adaptado às reduções da emissão de CO2, como a construção civil, de energias renováveis, na agricultura, na indústria e nos serviços.
Além dos empregos que já vêm sendo gerados, o relatório ressalta que dezenas de milhões de outros postos de trabalho podem surgir com o investimento em tecnologia ambiental.
Na área de energias renováveis, por exemplo, atualmente existem 2,3 milhões de empregos, mas a OIT espera que sejam 20 milhões até 2030. Na agricultura, 12 milhões de novos postos de trabalho podem surgir da produção de biomassa, e espera-se que o mercado global de serviços e produtos ecologicamente corretos suba dos atuais US$ 1,37 bilhão para US$ 2,74 bilhões até 2020.
No Brasil, a área mais promissora é a de reciclagem. Cerca de 500 mil trabalhadores já estão empregados no país reciclando ou reaproveitando materiais.
O relatório demonstra, no entanto, que não há garantias de que esses empregos surjam em “transações justas” e faz um apelo para que aja “diálogo social entre

governos e empresários para se criar trabalho decente, que diminua a pobreza e promova o desenvolvimento econômico e social”.

fonte:AgenciaBrasil

Aumentam o numero de árvores em extinção

O desmatamento, as queimadas e a favelização foram os principais motivos para o aumento de quatro vezes na quantidade de espécies de árvores ameaçadas de extinção no Brasil nos últimos 16 anos, a maior parte na Mata Atlântica, informou nesta sexta-feira o Ministério do Meio Ambiente.

Ao menos 472 espécies correm o risco de desaparecer dos biomas brasileiros nos próximos anos, sendo 276 delas encontradas principalmente na área que restou da Mata Atlântica, de acordo com a nova lista de espécies da flora nacional ameaçadas. A lista oficial anterior de árvores ameaçadas datava de 1992, com 108 espécies.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, relacionar todas essas árvores diminuiria a importância de preservar as espécies que já estão comprovadamente em risco, porém a lista ainda vai aumentar com o avanço das pesquisas.
Assim como já é feito sobre a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga e o Pampa também passarão a ser monitorados via satélite, o que permitirá um cenário mais amplo do desmatamento no país.

"O número verdadeiro das espécies ameaçadas seguramente é maior do que esse (472) e nós, governo e sociedade civil, temos que agir para que nossos filhos e netos não sejam obrigados a conhecer algumas essas espécies somente em jardins botânicos e museus", afirmou Minc a jornalistas durante a divulgação da nova lista, que inclui espécies de uso comercial como o palmito jussara, o jaborandi (medicinal) e o jacarandá (madeira).
"O verde da bandeira está sendo dizimado diariamente pela especulação, pela queimada e pela impunidade ambiental", acrescentou o ministro.

Lista de Àrvores em extinção click aqui

Semana da Árvore

Plante uma árvore

As árvores podem promover diversos benefícios nas áreas urbanas, como:regularidade do clima redução da poluição atmosférica melhoria do ciclo hidrológico (melhor regularidade de chuvas) redução da velocidade dos ventos melhoria das condições do solo urbano aumento da diversidade e quantidade da fauna nas cidades, especialmente de pássaros melhoria das condições acústicas, diminuindo a poluição sonora opções de recreação e lazer em parques, praças e jardins valorização dos imóveis embelezamento das cidades as árvores nas cidades são habitat para inúmeras espécies de aves.

São Paulo reduz desmatamento

O governo de São Paulo autorizou no primeiro semestre deste ano a derrubada de 952 hectares de florestas, 18% menos que nos seis primeiros meses de 2007. De acordo com dados do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN), se continuar nesse ritmo até o fim do ano, o Estado terá alcançado a menor taxa da década. Apesar disso, 1.003 hectares de vegetação foram derrubados sem autorização, volume superior ao autorizado, ainda que menor que o registrado de janeiro a junho de 2007 (1.575 hectares).

O Vale do Ribeira teve o maior número de autorizações concedidas (34%). Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, isso se deve à predominância da agricultura familiar na região. Em seguida, aparecem as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Campinas, com 17% e 15%, respectivamente. Já São José do Rio Preto teve o menor número de autorizações e correspondeu a 0,5% do total.

Ações e conscientização

As ações da Polícia Militar Ambiental resultaram na supressão de 572 hectares de áreas a menos que no primeiro semestre do ano passado, quando 1.575 hectares foram derrubados. Foram registrados 47.854 boletins de ocorrência nos primeiros seis meses do ano, que resultaram em 2.610 autuações.

Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a diminuição da derrubada de matas é resultado do controle sobre os licenciamentos que autorizam a supressão de vegetação, de programas para a conscientização dos agricultores sobre a necessidade de preservar as matas ciliares e da fiscalização da Polícia Militar Ambiental.

De acordo com a secretaria, a meta do governo lançada em 2007, de recompor 1,7 milhão das matas ciliares em 25 anos, pode ser antecipada. Já foram cadastrados 240 mil hectares de mata ciliar desde o ano passado, dos quais 140 mil (58%) serão recuperados em no máximo dez anos.

Essa vegetação protege as águas e o solo, reduz o assoreamento de rio, lagos e represas e impede que a poluição chegue às águas. Além disso, as matas ciliares constituem barreiras naturais contra pragas e doenças da agricultura e absorvem carbono.

Em busca da energia limpa

A gigante da internet Google e o colosso da tecnologia General Electric (GE) anunciaram nesta quarta-feira (17) que estão unindo forças para promover uma rede elétrica americana inteligente e políticas de energia limpa.

As companhias informaram que trabalharão juntas para desenvolver tecnologias verdes, e que pressionarão líderes políticos do país a apoiar "políticas visionárias" de energia renovável.

"As duas companhias acreditam que nossos desafios econômicos, ambientais e de segurança exigem que utilizemos a eletricidade com mais eficiência, gerando-a a partir de fontes mais limpas, e que eletrifiquemos nossa frota de transporte", indicaram Google e GE num comunicado conjunto.

"Este sistema de eletricidade do século XXI deve combinar tecnologia energética avançada - principal foco de atenção da GE - e as últimas tecnologias no campo da informação - principal centro de atenção do Google", explica a nota.

Quanto se economiza fazendo reciclagem

PAPEL - 1 tonelada de papel reciclado evita o corte de 15 a 20 árvores, economiza energia elétrica e 10 mil metros quadrados de água.

METAL - 1 tonelada de alumínio reciclado evita a extração de 5 toneladas de minério. 100 toneladas de aço reciclável poupam 27 kWh de energia elétrica e 5 árvores usadas como carvão no processo de minério de ferro.

PLÁSTICO - 100 toneladas de plástico reciclado evitam a extração de 1 tonelada de petróleo

VIDRO - 1 tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 tonelada de areia.

Vai custar R$ 350 milhões para o novo mapeamanto na Amazônia

Cerca de R$ 350 milhões serão investidos pelo governo brasileiro nos próximos cinco anos para atualizar e concluir o mapeamento terrestre, geológico e náutico da região amazônica. Os recursos vão viabilizar a implementação do Projeto Cartografia da Amazônia, que será coordenado e executado pelo Centro Gestor e Operacional da Amazônia (Censipam), em parceria com o Exército, Marinha, Aeronáutica e Ministério das Minas e Energia. O projeto foi lançado ontem (10), em Manaus, durante solenidade realizada para abertura da 4ª Feira Internacional da Amazônia (Fiam).

Segundo a direção do Censipam, o Projeto Cartografia da Amazônia irá contribuir para o planejamento e a execução de projetos de infra-estrutura para a região, incluindo obras como a construção de rodovias e hidrelétricas, bem como para a demarcação de áreas de assentamentos e de mineração e para o agronegócio e a elaboração de zoneamento ecológico, entre outros.

As informações fruto desse projeto também servirão para conhecimento da região e para a geração de dados que possam ser utilizados no monitoramento de segurança e defesa nacional, com atenção especial para as áreas de fronteira. Além disso, a atualização do mapeamento náutico da região, por exemplo, deve garantir mais segurança navegação local e ao volume de produtos transportados nas hidrovias da Amazônia.

Na avaliação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o projeto vai pôr fim aos vazios do mapeamento e da cobertura da Amazônia. "Esses recursos vão permitir que o país tome conhecimento dessa área que não está mapeada e que mede 1,79 milhão de quilômetros quadrados. Com certeza isso vai garantir não só projetos de infra-estrutura, mas também o desenvolvimento e o monitoramento dessa região", destacou a ministra durante a solenidade.

Do total de recursos que serão aplicados no projeto, R$ 85,4 milhões serão destinados a investimentos como a modernização dos sistemas de aquisição e processamento de dados de aeronaves especializadas em sensoriamento remoto; software e hardware para o tratamento e processamento dos dados e imagens; capacitação de recursos humanos; e para a construção de cinco navios hidrográficos para realizar o mapeamento náutico.

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, a previsão é que o Projeto Cartografia da Amazônia seja concluído em 2012. Atualmente, dos 5,2 milhões de quilômetros quadrados que a Amazônia possui, aproximadamente 34,6% não dispõem de informações sobre seu mapeamento terrestre.

Dia mundial sem carro 2008

PELA MOBILIDADE URBANA E PELA MELHORIA DA QUALIDADE DO AR

Prepare-se: no próximo dia 22 de setembro você tem um compromisso com a população de São Paulo na luta por uma cidade justa e sustentável!

O Movimento Nossa São Paulo convida a todos para um encontro com candidatos à Prefeitura sobre mobilidade urbana e qualidade de vida na cidade. Também será divulgada a 2ª edição da pesquisa inédita realizada pelo Ibope sobre o tema.

E, logo em seguida, um Ato Público marcará mais uma etapa na luta pela redução da quantidade de enxofre no diesel vendido no país que, só em São Paulo, mata três mil pessoas todos os anos! Representantes de ONGs e movimentos sociais, profissionais da saúde e personalidades terão espaço para se manifestar. A reivindicação é pelo cumprimento integral e inadiável da resolução 315/2002 do Conama, que prevê a comercialização exclusiva em todo o país do diesel com 10 vezes menos enxofre do que o vendido atualmente.

Anote:
22 de setembro
10h às 12h – encontro com candidatos à Prefeitura e apresentação da Pesquisa Ibope
12h às 13h – Ato Público pela melhoria da qualidade do diesel e em defesa da saúde pública.
Local: Teatro Anchieta do Sesc Consolação – Rua Dr. Vila Nova, 245.


VENDER DIESEL COM MAIS DE 50 PPM DE ENXOFRE A PARTIR DE JANEIRO DE 2009 É CRIME!

Minc nega mudanças em norma que prevê redução na poluição provocada por veículos

São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou hoje (10) a possibilidade de mudança em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que prevê a redução do nível de enxofre presente no diesel vendido no país a partir de janeiro do ano que vem. Apesar dos pedidos das montadoras, o ministro afirmou que o prazo para a adaptação de veículos nacionais ao novo combustível, menos poluente, não será ampliado.
De acordo com o cronograma estabelecido no Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) em 2002, ônibus e caminhões de grandes cidades devem rodar com diesel cuja concentração de enxofre é de 50 ppm (partes por milhão) já em 2009. No interior, a concentração deverá ser de 500 ppm.
Atualmente, o diesel vendido em regiões metropolitanas do país tem uma concentração de 500 ppm. Já o diesel comercializado em cidades do interior tem 2.000 ppm de enxofre.
Segundo o médico Paulo Saldiva, pesquisador do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), o diesel com mais enxofre é mais poluente. O combustível emite mais “material particulado”, prejudicial à saúde, e ainda não permite que filtros sejam instalados nos veículos.
“A queima do enxofre gera material ácido, que corrói o filtro”, explicou Saldiva. “Com menos enxofre, é possível instalar o filtro e a quantidade de material particulado emitido pelos veículos também cai.”
O médico disse também que pesquisas realizadas seguindo critérios elaborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que entre 12% e 14% das mortes naturais ocorridas diariamente em São Paulo foram causadas pela poluição - cerca de 9% do total. O estudo aponta que, do total de mortes por poluição, quatro ou cinco são causadas pela queima do diesel. “Com o novo diesel, de duas a três mortes por dia poderão ser evitadas.”
Em entrevista coletiva concedida após participar da reunião do Conama, Minc disse ainda que propôs ao órgão a criação de uma outra fase do Proconve. Nela, ficaria fixado que, a partir de 2012, o nível de enxofre do diesel chegue a 10 ppm.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) foi procurada para comentar as declarações do ministro. A entidade, que já havia afirmado que será difícil a adaptação dos veículos para 2009, não respondeu até a publicação da reportagem.
O diretor de Soluções da Petrobras, Frederico Kramer, disse que a empresa terá condições de distribuir o diesel 50 ppm na data estabelecida na resolução.
A Petrobras, assim como as montadoras, foi citada em uma ação civil pública proposta pela Procuradoria da República em São Paulo que busca garantir que a norma do Conama seja cumprida. A procuradora Ana Cristina Bandeira Lins, responsável pelo processo, também não foi encontrada para comentar o assunto.

Vinicius Konchinski Repórter da Agência Brasil

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