E se fosse no Rio Grande do Sul?

Seguramente, a Operação Arco de Fogo que está acontecendo em Mato Grosso não aconteceria contra produtores e contra cidadãos gaúchos dignos. Se fosse em Minas Gerais, no Paraná, na Bahia, em Pernambuco e Goiás, muito menos. Lá, seguramente, o Ibama, a Polícia Federal e o tresloucado Ministério do Meio Ambiente se sentariam antes com autoridades estaduais, com setores representativos da produção e com os políticos, antes de mandar um aparato policial invadir indústrias madeireiras e intimidar cidades inteiras com a Polícia Federal.

A pergunta é: por que em Mato Grosso o Ministério do Meio Ambiente pode recrutar o Ibama e a Polícia Federal para uma operação dessas? A resposta é tão simples quanto a pergunta. É porque falta articulação política. Como? Perguntaria o leitor. Se fosse no Rio Grande do Sul, todos os parlamentares estaduais, federais, vereadores e prefeitos barrariam a entrada do Ibama e da Polícia Federal nas cidades, se eles entrassem de forma truculenta como entraram em Sinop e Alta Floresta. Os setores produtivos se uniriam e a eles se uniriam os parlamentares e a própria sociedade, que daria ao governador do Estado a força de agir contra essa federação brasileira apodrecida e caótica.

Mas cadê os nossos parlamentares? No auge da invasão do Ibama e da Polícia Federal, estavam reunidos na Assembléia Legislativa discutindo cargos, no caso a nomeação do secretário estadual de Turismo. Porém, o pior é que as regiões norte e noroeste têm deputados eleitos. Onde estão os três senadores e os oito deputados federais? Não importa onde estejam os parlamentares. Eles deveriam estar em Sinop para inibir a demonstração de força do Ibama, justamente do Ibama, o causador de tudo o que está acontecendo de errado com o meio ambiente em Mato Grosso.

Imaginei que a Assembléia Legislativa de Mato Grosso realizasse uma reunião de emergência em Sinop para dar proteção política aos empresários e à sociedade local contra a truculência federal. Nenhum parlamentar federal moveu um dedo ou denunciou em Brasília, nas tribunas da Câmara dos Deputados e do Senado, que foi o Ibama quem ao longo da história nunca agilizou qualquer política de sustentabilidade no Estado. Pior: ao longo de mais de 30 anos recolheu de cada árvore serrada uma taxa para reflorestamento e nunca devolveu um centavo para o reflorestamento em Mato Grosso. Os projetos de manejo sustentado foram engavetados, ou eram aprovados mediante o pagamento de propinas aos técnicos. Da mesma forma, as licenças para desmatamentos saíam mediante propinas e daí por diante nenhuma fiscalização. Ou, então, tudo tinha um preço que resolvia eventuais questões.

Há menos de dois anos a Secretaria Estadual do Meio Ambiente assumiu, mediante acordo com o governo federal, a fiscalização, a aprovação de manejos florestais e todas as atividades relativas. A operação Arco de Fogo rompe com o protocolo, num claro gesto de retaliação contra o Estado.

Fico imaginando tudo isso no Rio Grande do Sul. E morro de inveja ao pensar que aqui somos tratados como Estado de terceira linha, por nossa própria culpa!



*fonte: Diario de Cuiaba: ONOFRE RIBEIRO é articulista deste jornal e da revista RDM

Gases produzidos pelo diesel afetam o cérebro

A exposição aos gases da combustão do diesel produz uma reação na atividade cerebral que provoca uma sensação de angústia, de acordo com um estudo divulgado hoje pela revista "Particle and Fibre Toxicology".

A publicação indicou que basta uma hora de inalação desses gases para produzir essa reação.

Pesquisas anteriores tinham sugerido que as mais pequenas partículas (nanopartículas) do escape podem terminar no cérebro, mas esta é a primeira vez que se demonstra que sua inalação altera a atividade cerebral.

Um grupo de cientistas da Universidade de Zuyd, nos Países Baixos, fez um experimento com 10 voluntários que entraram em um quarto na qual foram conectados a uma máquina de encefalograma para registrar seus sinais cerebrais em um ambiente de exposição aos gases do diesel.

A observação foi feita durante uma hora e meia depois que abandonaram o quarto.

Os cientistas apontaram que, após 30 minutos, os gases da combustão do diesel começaram a afetar sua atividade cerebral.

Os dados proporcionados pelo encefalograma sugeriram que a reação de angústia ou estresse era produzida no córtex cerebral e que ela continuou depois que os voluntários abandonaram o quarto.

"Achamos que esse efeito deve-se às nanopartículas contidas no escape dos gases do combustível diesel", manifestou Paul Borm, um dos cientistas participantes do estudo.

"É possível que (essas partículas) penetrem no cérebro e afetem sua função. Só nos falta agora especular a respeito dos efeitos que pude ter a exposição crônica à poluição causada pelos ônibus nas cidades onde os níveis dessas partículas é muito alto", acrescentou.

Segundo Borm, é concebível que os efeitos a longo prazo da exposição a essas nanopartículas interfere no funcionamento cerebral e no processamento de informação.

"É preciso realizar mais estudos para explorar este efeito e determinar a relação entre o nível de exposição destas partículas e a reação do cérebro", acrescentou.

Febre amarela: Confirmado primeiro caso da doença no PR

Um morador de Laranjal, região central do estado, morreu vítima de febre amarela. A confirmação é da Secretaria Estadual da Saúde. Este é o primeiro caso autóctone da doença no Paraná, ou seja, contraída dentro do território estadual. O caso vem confirmar a circulação viral da doença no Paraná. O Estado vai intensificar ações no sentido de evitar mais mortes. Nesta quarta-feira (12) o secretário da Saúde, Gilberto Martin, concederá uma entrevista coletiva para falar do caso e anunciar de que maneira será serão feitas essas ações. O secretário apresentará também quais são as regiões passíveis de risco e as que não apresentam risco de transmissão da doença.

Construções ilegais ameaçam natureza em Ilhabela



Aos visitantes da Cachoeira da Toca em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, Maria Antonieta, de 48 anos, faz sempre o mesmo alerta. “Pode descer, mas cuidado para não tropeçar nos canos, hein! Depois vocês vão embora, e quem fica sem água somos nós”, alerta a dona de casa, que diz ter conseguido, “há alguns anos”, a posse de um terreno a 30 metros de um dos principais pontos turísticos da ilha, em área de preservação.
O emaranhado de tubulações que cruza a cabeceira da cachoeira e passa ao lado dos três cômodos de Antonieta é o maior obstáculo a ser vencido pelos turistas na pequena trilha de terra, na parte norte da ilha. Pelos canos cheios de remendos são captadas centenas de litros de água, usadas todos os dias pelas 30 famílias que estão em uma área invadida, ao lado da cachoeira. “Pode ver que as piscinas naturais formadas pelas pedras estão bem mais rasas, toda casa nova aqui pega água da cachoeira”, observa Antonieta.
A mesma água que entra limpa, nos barracos construídos em invasões espalhadas ao longo de cursos d’água na Ilhabela, volta poluída com esgoto doméstico às cachoeiras e córregos afluentes do mar, em um ciclo semelhante ao que já destruiu inúmeras praias e mananciais paulistas e agora ameaça a preservação do município litorâneo - dos 347 km² de Ilhabela, 90% deles são formados por mata nativa, incluindo nessa área 14 quilômetros de praias e 369 cachoeiras.
Com um déficit de 800 moradias e 15 novos hectares invadidos em áreas de preservação entre 2000 e 2007, incluindo territórios dentro do Parque Estadual, segundo recente levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ilhabela é vítima de uma urbanização motivada, desde os anos 90, pela migração de mineiros e baianos que procuram emprego no corte de pedras de granito e na construção civil. Na última década, a população do município cresceu 12% ao ano, índice que caiu em 2007 para 3,86%, ainda maior que a média de 1,5% do Estado.

Conheça a ferrovia que se integra na Natureza


Criada em 1880 e construída sobre a Serra do Mar, ultrapassando todas as pedras do caminho nos imensos obstáculos do relevo.


Criada em 1880 e construída sobre a Serra do Mar, ultrapassando todas as pedras do caminho nos imensos obstáculos do relevo, apesar da precariedade de instrumentos, a ferrovia que causa tanta admiração foi completada em apenas cinco anos. Graças ao esforço de nove mil homens, recrutados entre imigrantes que trabalhavam na lavoura e caiçaras do litoral. Não houve trabalho escravo, já que eles recebiam de 2 a 3 mil réis por jornada. Mas metade dos trabalhadores morreu durante a obra da primeira ferrovia do Paraná. O primeiro trecho foi inaugurado em 1883.

O objetivo era ligar o porto de Paranaguá aos Estados do Sul, garantindo vazão à produção de grãos da região. As obras foram divididas em 3 trechos: entre Paranaguá e Morretes (42 km), Morretes e Roça Nova (38 km), Roça Nova e Curitiba (30 km) e a inauguração aconteceu em 2 de fevereiro de 1885 na viagem Paranaguá-Curitiba que durou 9 horas. A bordo estavam autoridades federais, estaduais, convidados, imprensa, todos recebidos na capital paranaense por mais de 5 mil pessoas.

A “ferrovia impossivel” tem 14 túneis, 30 pontes, viadutos de grande vão. São 110 quilômetros de trilhos que descem 900 metros de serra. Nos primeiros 22 kms a litorina atravessa Pinhais e Piraquara, municípios da região metropolitana de Curitiba. O túnel Roça Nova é o primeiro dos 14 túneis que atravessam a rocha e é o maior deles — com 457 metros — e o que fica no ponto mais elevado do trajeto. A Casa Ipiranga é destaque, por ter sido local de hospedagem de D. Pedro II, de Carlos de Carvalho, que foi presidente da Província do Paraná e de Alfredo Andersen, pai da pintura paranaense.

Entre manacás coloridos de roxo e rosa, árvores em chuva de flores amarelas, vestígios dos pinheiros Araucária, rios e horizonte de montanhas, o turista vai dividindo a atenção entre a queda d’água Véu da Noiva, o Pico do Diabo, o Parque Nacional do Pico do Marumbi, criado em 1990 com mais de 2300 hectares, e as obras de engenharia que tiram o fôlego, como a Ponte São João, de 50 metros de altura e o impressionante Viaduto Carvalho, ligado ao túnel do Rochedo, uma estrutura de ferro assentada sobre 5 pilares de alvenaria na encosta da rocha, com trilhos sem apoio lateral, o que dá a sensação de que o trem está flutuando no ar.

Foi a primeira obra no gênero realizada no mundo. Uma única parada é feita no Mirante do Cadeado, para um contato direto com a exuberância da Mata Atlântica, antes da chegada a Morretes. A Litorina de Luxo está fazendo o percurso Curitiba-Morretes nos finais de semana e feriados, partindo de Curitiba às 9h15, com chegada a Morretes às 12h15. O retorno inicia às 14h30, com parada em Marumby às 15h10 e chegada em Curitiba às 17h30. A tarifa na ida é de R$ 250 para adultos e R$ 175 para crianças. No retorno, R$ 190 para adultos e R$ 130 para crianças. Menores, mesmo acompanhados dos pais, só podem embarcar com documentação.

BLOGUES PARTICIPANTES DA VALORIZAÇÃO DA MULHER

1. Lys 2. Meiroca 3. Grace 4. Marcio 5. Cilene 6. Mirella 7. Jorge 8. Elizabeth Cunha 9. Elzinha 10.Georgia 11.Sonia 12.Ru Correa 13.Sandra 14.Lucia Freitas 15.Tati Sabino 16.Carola 17.Celia 18.Rosa 19.Principe Tito 20.Lulu on the Sky 21.Miriam Salles 22.Ronald 23.Naldy 24.Steffania Paola 25.Chicoelho 26.Seu Paulo 27.Lili Bolero 28.Scliar 29.Patti 30.Flavia 31.Dinha 32.Drops Azul anis 33.Varal das ideias 34.Keila, a Loba 35.by Osc@r luiz 36.Flainando 37.Tania 38.Paula 39.Fester 40.Ricardo Rayol 41.Blogosfera Solidaria 42.Pata Irada 43.Anunciaçao 44.Paps 45.Luci Lacey 46.Cidão 47.Evellyn 48.Janaina de Almeida 49.Roberto Balestra 50.Luciane 51.Chico 52.Marcelo 53.Pix Blog 54.Alessandra Rosa 55.Mercia 56.Maria Augusta 57.Betha 58.Sandrinha do Hawai 59.Aninha Pontes 60.Nana Hayne 61.Adri 62.Pedro Freire 63.Taliesin 64.Ingrid 65.Claudya 66.Teresa 67.Mayra 68.Marcia 69.Ricardo Soares 70.De dentro da Bota (Gi) 71.Ciça 72.Lino 73.Eeepa 74.Cantorias 75.Du 76.Maite 77.Suelly Marquez 78.Cadinho Roco 79.Marcelo Para 80.Liz 81.Andrea 82.Maria do Carmo 83.Andrea Motta 84.Chawca 85.Leticia Coelho 86.Elvira 87.Monika Mayer 88.Guillian 89.Adelino 90.Bblinda 91.Roseane 92.Prof. Josenilton 93.Fabiana 94.Claudia 95.Flavia, vivendo em coma 96.Oficina das palavras 97.Marlene Mora 98. Dani Pontes 99.Deny 100.Juca 101.Sandra Bose 102.Taty 103.Aprendizagem 104.Cristiane Borre’ 105.Brasil na Italia 106.Mari 107.Vivis 108.Luma 109.Leticia 110.Issamu 111.Vi Leardi 112.Sergio 113.Maria Elena 114.Adriana 115.Tina 116.Claudia 117.Ery Roberto 118.Allan 119.Saramar 120.Francy e Carlos 121.Raquel Moniz 122.Loba 123.Bia 124.Sonia Vasconcelos 125.Lucia Malla 126.Mario 127.Claudia Pit 128.Celia Rodrigues 129.Barbara 130.Tanya 131.Viviane 132.Patty 133.Cesar Zanin 134.Lunna 135.Meyviu 136.Karina 137.Krika 138.Vitoria 139.K. -Incompletudes 140.Laura 141.Cristiane 142.Denise Arcoverde 143.Paola 144.Lola 145.Felipe Breia 146.Rosana 147.Ju Moreira 148.Fábio Max 149.Angel Ilanah 150.Anny 151.Marcos 152.Nanci 153.Ro Costa 154.Lucas 155.Sombra do Sol 156.Xico Lopes 157.GuGa Flaquer 158.Lucy 159.Leila 160.Herbert Drummond 161.krek 162.Pablo Ramos 163.Julio Moraes 164.Ana Paula 165.Marcos 166.Denise B C 167.Aru’ 168.Rosane 169.Michele 170Natalia 171.Rap 172. Jan 173.Mayna 174.Carla 175.Sérgio Coutinho 176.Regina Ramao 177.Cris 178.Cochise 179.Alexandra 180.Tereza 181.Luiza Helena 182.Lilian Britto 183.Ernâni Motta 184.Cybele Meyer 185.Lenhador 186.Carlos Hotta 187.Lord Fenix 188.Cris Penaforte 189.Lucia Oliveira 190.Eduardo Wagner 191.Coletivo ao Ataque 192.Nina 193.Simone 194.Silvia 195.Mariana 196.Jandira Silva Santos 197.Mariana2 198.Fernanda Jimenez 199.Ju K. 200.Cristina Sampaio 201.Fernanda Franca 202.Yeda 203.Jandira 2 204.Paulo 205.Paulo 2 206.Simone (Carta sem selo) 207.Kenia 208.Cynthia Semíramis 209.AlePicoli 210.Lunna 211.Elena Fletcher 212.Cristiana Guerra 213.Andrea N. 214.Doni 215.Dacio Jaegger 216.Alessandra 217.Marcos V. 218.Drika Campos 219.Você 220.Baleia Franca

Pela valorização da mulher brasileira

Para este post nada melhor que mulheres falando sobre o assunto! Elas tem muito a dizer


Ainda temos muito que caminhar, mas globalmente poderíamos dizer que a mulher já trilhou mais da metade do caminho de lutas nessa estrada rumo à libertação. O que eu vejo hoje, de qualquer forma, é um quadro muito positivo. A mulher é dona do mundo, ela é parabólica. Aliás, mesmo quando o mundo não vivia uma era parabólica, ela já era assim. Ao mesmo tempo que está ligada na camisa do marido, está vendo o bife para o filho, ligada em administrar o dinheiro, a casa. Ela pode estar dirigindo e pensando em fazer a unha, no que vai dizer na reunião de trabalho daqui a duas horas e falando no celular para o colégio do filho e, no fim, já trabalhou e fez mais de 100 coisas. Pensou mil coisas que os homens sempre esquecem, porque pensam com uma cabeça menos afinada para esses detalhes, que fazem a vida! E essa postura de cuidar da vida faz com que as mulheres envelheçam mais erguidas, porque a tarefa delas é a vida, elas são incumbidas do mundo. E só páram de cuidar do mundo quando morrem. Tanto que as mulheres que ficam viúvas, conseguem reconstruir a vida mais rápido, com exceções, claro, mas no geral é assim, os homens, não, quando viúvos, morrem logo depois e se são desquitados, ficam sem mães. Por isso que, a meu ver, a valorização da mulher no mundo é um merecimento, uma noção de direito. Ela é em si, por direito, a rainha da vida”




Elisa Lucinda, poeta


"Ao longo do século XX, apesar de diversas etapas e resistências, as mulheres conquistaram direitos fundamentais, com a necessidade do respaldo institucional, inscrevendo na Constituição e nas leis o texto de cada vitória. No campo político, conquistamos, além do direito ao voto, a possibilidade de sermos eleitas para cargos eletivos. O direito à liberdade, à vida e o combate à discriminação. Lutamos por um atendimento de saúde que garantisse que nossa opção pela maternidade fosse sustentada por uma assistência de qualidade e que pudéssemos acompanhar nossos filhos nos primeiros quatro meses de vida em tempo integral, sem prejuízo salarial e de emprego. A legislação também avançou no que se refere a equidade dos salários entre homens e mulheres. No entanto, apesar das conquistas, entramos no século XXI com realidade e dados que nos remetem a séculos anteriores. Mulheres ainda morrem ao parir seus filhos, apanham dos companheiros como se propriedade fossem, recebem salários menores ao exercerem a mesma função que homens, empobrecem velozmente e acessam com muita dificuldade os espaços de poder. O desprezo do poder público é evidente e precisa ser confrontado com coragem, tenacidade e convicção, com ampla e poderosa mobilização das mulheres e homens deste solidário povo brasileiro para garantirmos o século da igualdade".


Jandira Feghali, Deputada Federal (PCdoB/RJ).


No meu trabalho, cuido da parte de condução, vigilância e reparos do navio. É uma profissão muito bonita, mas infelizmente muito solitária, onde passamos a maior parte do ano embarcado. É um campo totalmente novo para as mulheres, pois era um ambiente totalmente masculino, principalmente uma Praça de Máquinas, a discriminação é muito forte. Os homens acham que uma mulher não tem capacidade para poder tomar conta de uma Praça de Máquinas e nem conseguir fazer qualquer tipo de reparo, pois falam que não temos força. Mas estamos aí para romper esta barreira, e provar que somos capazes tanto quanto eles e estou muito feliz com minha atividade.

Izis dos Santos Borges, uma das primeirasOficiais de Máquinas da Marinha Mercante

Japão seleciona 21 tecnologias para diminuir poluição

O Japão selecionou hoje 21 tecnologias inovadoras que ajudarão o país a limitar suas emissões de dióxido de carbono a fim de cumprir sua parte dentro do compromisso de reduzir pela metade as emissões globais de CO2 até 2050.

Segundo a agência de notícias "Kyodo", as tecnologias escolhidas, muitas das quais ainda devem ser aperfeiçoadas para serem comercializadas, incluem usinas de carvão limpas e nucleares avançadas, veículos ecológicos, biocombustíveis, fabricação de aço com hidrogênio e novas técnicas de iluminação.

Se as 21 tecnologias selecionadas hoje fossem usadas indiscriminadamente em todo o mundo, o Japão estima que as emissões de CO2 poderiam ser reduzidas em 60%, afirma a "Kyodo".

Em maio, o Japão propôs reduzir pela metade a emissão mundial de gases do efeito estufa até 2050, dentro do plano "Esfriar a Terra 50", que nasceu com a intenção de substituir o Protocolo de Kioto.

Para alcançar esse objetivo, seria necessário conter pelo menos 40 bilhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa.

Com iniciativas como esta, o Japão pretende liderar o movimento ecológico mundial na era pós-Kioto, a partir de 2012.

No entanto, o país ainda está longe de alcançar seu compromisso de reduzir em 8% o nível de suas emissões poluentes em 2012 sobre os níveis de 1990.

Inspeção Veicular Ambiental vem ai

A partir de maio, uma parte da frota paulistana (cerca de 400 mil veículos) vai passar por um pente-fino. O programa Inspeção Ambiental Veicular, da prefeitura de São Paulo, obriga veículos cadastrados na cidade a passarem por uma vistoria técnica. O objetivo é controlar as emissões de poluentes e combater a poluição do ar. Esse ano, a exigência é válida apenas para veículos movidos a diesel, mas a idéia é que em 2009 ela seja universal.

Veículos a diesel novos, adquiridos em 2007, por exemplo, estão isentos da obrigatoriedade da inspeção em 2008, devendo se submeter ao serviço apenas em 2009. Da mesma forma, quem comprar o carro em 2008, somente fará a inspeção em 2009. Isso porque ela é obrigatória a partir do segundo licenciamento.

O que fazer com o lixo eletronico


O lixo eletrônico, como televisores e computadores que ficam obsoletos, é uma "batata quente" pela qual nem as autoridades nem as empresas querem se responsabilizar.Poucos consumidores pensam no que farão com o seu computador pessoal ou televisão quando os substituírem por um modelo mais recente de nova geração.Este lixo, que contém uma ampla gama de produtos tóxicos, está se transformando em um quebra-cabeças para as organizações ecologistas e as autoridades estatais.Muitos artigos eletrônicos têm uma vida útil muito curta, que, em alguns casos, se extinguem quando fica disponível no mercado o aparelho da geração seguinte.Isto significa que o volume de lixo eletrônico, que representa cerca de 1% a 5% do total, cresce rapidamente.Na Califórnia, por exemplo, com uma população aproximada de 35 milhões de pessoas, calcula-se que cerca de 6.000 computadores pessoais fiquem obsoletos diariamente e que, em média, cada família tenha na arrecadação três aparelhos "velhos", entre televisores e computadores pessoais.Apenas 11% deste material é reciclado (comparando com 28% do lixo comum) e o resto termina em aterros onde, segundo denunciam as organizações ecologistas, as infiltrações de chumbo, cádmio e mercúrio podem chegar às águas subterrâneas.Os estados norte-americanos da Califórnia, Flórida e Massachusetts deram o primeiro passo para enfrentar este problema, proibindo que os monitores e televisores sejam jogados em incineradores.No entanto, por trás desta decisão não existem opções viáveis de reciclagem.Retirar de "circulação" uma televisão pode chegar a custar 30 euros (quase US$ 26) e muitos cidadãos não estão dispostos a pagar um preço tão elevado simplesmente para se verem livres do objeto."A maioria dos consumidores nem sequer está consciente de que existe um problema", declarou Mark Murray, diretor da associação Califórnia contra o Esbanjamento, uma das mais ativas na luta pela reciclagem do lixo eletrônico.Em Silicon Valley, Califórnia, local onde estão sediados os quartéis generais de muitas empresas de tecnologia de ponta, há muito que soaram os alarmes.Ted Smith, diretor do "Silicon Valley Toxics Coalition", está assustado perante a velocidade com que estes desperdícios, que considera altamente tóxicos, crescem.Mas face a este problema, que segundo Smith poderá transformar- se num grande desastre ecológico em muito pouco tempo, ninguém assume responsabilidades.Para os governos estatais, o preço que é necessário pagar para dinamizar programas de reciclagem efetivos é demasiado alto, enquanto que a Indústria considera que não pode assumir responsabilidades sozinha e que tantas precauções são exageradas.Companhias como a Hewlett-Packard ou a IBM têm programas de reciclagem para recolher os computadores obsoletos em troca de uma tarifa que vai desde os 8,6 aos 30 euros, iniciativas sem êxito devido ao elevado preço, assegura Murray.O perito acredita que uma das medidas mais urgentes é etiquetar os produtos, alertando para os perigos que acarretam os materiais, e avisa que é necessário acrescentar na lista de objetos potencialmente tóxicos as lâmpadas fluorescentes e caixas registadoras, por exemplo.A Associação norte-americana de Eletrônica considera há tempo outras opções, como acrescentar ao preço dos computadores novos uma taxa destinada a financiar a retirada do produto assim que este se tornar obsoleto.
Em quanto a solução não vem o melhor e não jogar esses materiais no lixo

Leia mais sobre o assunto:aonde descartar

Madeira submersa seria alternativa para evitar desmatamento


Um projeto inédito de reaproveitamento de madeira submersa está sendo lançado pela ONG Mão Natureza - Movimento de Amparo Ecológico. A idéia é aproveitar as madeiras que ficam em baixo d’água nos reservatórios artificiais formados pelas usinas hidrelétricas.

Desde que o Brasil iniciou a construção de uma série de usinas hidrelétricas, na década de 1940, e, conseqüentemente, a construção de grandes represas, inevitavelmente suas construções provocaram o alagamento de grandes áreas florestais que ainda permanecem submersas nesses reservatórios.

O projeto inédito criado pela ONG de Barra Bonita prevê o reaproveitamento da madeira das árvores dessas florestas que, segundo os idealizadores da idéia, estão conservadas e podem abastecer por longos períodos o grande mercado consumidor de madeira. Dessa forma, as atuais reservas florestais dispostas em terra firme, dentro do território brasileiro, poderiam ser poupadas.

Estima-se que a quantidade de madeira existente nesses reservatórios submersos representem 4% das reservas atuais em terra firme. Estudos mostram que madeiras de lei submersas conservam suas propriedades por até 100 anos e a quantidade nesses reservatórios seriam significativas.

Daí a possível viabilização do projeto proposto pela diretoria executiva da ONG Mãe Matureza e desenvolvido por membros do Conselho Consultivo, profissionais com formação acadêmica. “Resgatadas e processadas tornam-se um precioso recurso natural de baixo custo e impacto, podendo atender à grande demanda comercial no Brasil e até mesmo no Exterior por longos períodos, enquadrando-se na categoria dos ecologicamente corretos”, explica Hélio Palmesan, presidente da ONG.

Por ser um projeto de grande abrangência, a ser executado em local insalubre sujeito a intempéries, o seu período de execução ainda é indeterminado. Inicialmente, a previsão é de que ele poderia ser executado em um período de 4 a 7 anos.

Extração

A grande questão, porém, é como estas madeiras serão retiradas do fundo do rio. A solução encontrada para extraí-las, segundo Palmesan, é através do mergulho sub-aquático. Para isso, seriam utilizados equipamentos pneumáticos hidráulicos, entre eles, motoserras hidráulicas, que funcionam debaixo d’água.

Após serem cortadas, as madeiras flutuarão até a superfície e posteriormente serão rebocadas por uma embarcação até a margem do rio. “Tentaremos também implantar um projeto, que será piloto, para que o processamento da madeira seja feito numa barcaça próxima ao local de extração. Quando esta madeira for levada para a margem, ela já estará pronta para ser comercializada”, detalha Palmesan.

De acordo com ele, a ONG Mãe Natureza seria a única responsável pela execução do projeto. O que deixaria isentos de quaisquer responsabilidades os órgãos licenciadores, a Secretaria de Estado e municípios, as concessionárias de energia, departamentos hidroviários entre outros.

O projeto desenvolvido pela ONG, denominado “O valor das árvores submersas”, conta com a parceria da Faculdade de Tecnologia de Jaú (Fatec-Jaú); Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) da USP-São Carlos; Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA-Regional) e Instituto Internacional de Ecologia (IIE).

Natureza