MEIO AMBIENTE: Sony e Sagawa querem reduzir emissão de gases

As empresas japonesas Sony e Sagawa se uniram a um grupo de dez grandes multinacionais para reduzir a emissão de gases do efeito estufa de maneira conjunta. As companhias firmaram parceria com a organização WWF para redigir um documento chamado Declaração de Tóquio.

O acordo visa uma redução de gases do efeito estufa para limitar o aumento de temperaturas no mundo a dois graus centígrados. O grupo de empresas multinacionais inclui líderes em seus setores como Nokia, Nike e Hewlett-Packard.

A declaração, assinada esta semana durante a Cúpula dos Salvadores do Clima 2008, organizada pela WWF e a Sony em Tóquio, afirma que a emissão de gases do efeito estufa deveria ser reduzida em 50% para 2050, e que as emissões deveriam começar a ser reduzidas nos próximos dez anos. As empresas que assinaram a declaração reduzirão suas próprias emissões, além de promover um estilo de vida que não exija um alto nível de consumo de carbono.

IAP multa supermercados em mais de R$ 200 mil


O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou nesta quinta-feira (14) três grandes redes de supermercados. Cada rede foi autuada em R$ 70 mil por não apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e ao Ministério Público do Paraná alternativas para a substituição das sacolas plásticas disponibilizadas em suas lojas. Se somadas, as multas totalizam R$ 210 mil. De acordo com o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público, Saint-Clair Onorato Santos, esta é uma ação inédita no Brasil. Ele acredita que as empresas autuadas precisam ter responsabilidade ambiental. A iniciativa de buscar alternativas para as sacolas plásticas é do programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, que tem como objetivo reduzir em 30% o volume de lixo gerado e eliminar os lixões a céu aberto no Estado. ADESÃO – Apesar da resistência de alguns supermercados, outras redes que atuam no Estado já usam sacolas retornáveis, produzidas com diversos materiais – desde o tradicional tecido até o plástico oxibiodegradável.

Emissão de CO2 dos navios é maior do que se pensava


As emissões de dióxido de carbono (CO2) procedentes da frota naval são quase três vezes superiores ao que se pensava até agora, segundo um relatório da ONU vazado ao jornal britânico "The Guardian".

Essas emissões já alcançaram 1,12 bilhão de toneladas anuais, representando 4,5% do total de emissões do gás que mais contribuiu com o efeito estufa.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) tinha calculado que as emissões procedentes desse setor não superavam 400 milhões de toneladas anuais.

Para o novo estudo, no entanto, cientistas de vários países utilizaram dados mais exatos fornecidos pelas indústrias petrolífera e náutica à Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês).

Esses especialistas concluíram que as emissões não são apenas superiores às previstas, mas que elas vão aumentar 30% até 2020.

Contudo, as emissões feitas por esses veículos não foram levadas em consideração pelos países europeus na fixação das metas na luta contra a mudança climática.

"A indústria naval conseguiu escapar da publicidade até agora.

Ela ficou de fora das discussões", disse o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri.

"Espero (que as emissões navais) sejam incluídas no próximo acordo das Nações Unidas", disse Pachauri, que reconheceu a falha do Painel da ONU ao não considerar a gravidade do problema.

Segundo o "Guardian", os resultados do relatório é constrangedor para muitos Governos, inclusive o britânico, que financiaram a pesquisa.

Esses Governos e a União Européia (UE) minimizaram sistematicamente o impacto da frota naval, dizendo que ela representa menos de 2% das emissões globais de CO2, razão pela qual não a incluíram em suas estimativas oficiais.

A publicação do estudo da ONU aumentará as pressões sobre o setor naval para começar a utilizar combustíveis mais limpos.

A UE também deve incluir a indústria naval em seu mecanismo de troca de emissões de CO2.

Pingüins-reis ameaçados na Antártida


Os pingüins-reis da Antártida correm o "sério risco" de virarem uma espécie em extinção, já que, a cada 0,26°C que a temperatura da superfície marítima sobe, a população adulta deles diminui em 9%. A informação é de um estudo publicado na revista norte-americana "Proceedings" of the National Academy of Sciences" (PNAS).

Pesquisadores do Instituto Multidisciplinar Hubert Curien, ligado ao Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, descobriram que as aves marinhas são "indicadores sensíveis" das mudanças no ecossistema marinho e sofrem de forma ampliada os efeitos da mudança climática.

De acordo com estudo, o aquecimento global poderia obrigar os pingüins-reis a diminuirem suas necessidades nutritivas até um nível inferior da cadeia alimentar, em cujo topo eles se encontram.

O artigo diz que os cientistas estudaram a reprodução e a sobrevivência dos pingüins-reis das Ilhas Crozet, um arquipélago subantártico, por meio de marcações subcutâneas de identificação eletrônica. Segundo o estudo, o aquecimento do planeta afeta negativamente a procriação e a sobrevivência dos pingüins-reis adultos.

O aumento da temperatura dos mares afeta não só a oferta de alimentos perto da colônia de pingüins-reis das Ilhas Crozet como interfere no processo de acasalamento das aves.

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Governo não irá anistiar quem desmatou, diz Marina Silva


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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje que para os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura não há possibilidade de anistiar os devastadores nem de reduzir a reserva florestal na Amazônia. Marina Silva afirmou que o governo está empenhado em combater o desmatamento e que a posição do Ministério do Meio Ambiente também será repassada aos líderes na Câmara dos Deputados e no Senado.

Marina Silva descartou a proposta de reduzir a área de reservas florestais das propriedades, hoje em 80%. "Não há possibilidade de o governo federal estar trabalhando na diminuição da reserva, estamos trabalhando para a implementação do decreto, a aplicação das medidas e para fazer com que neste ano também consigamos os mesmos resultados que conseguimos até agora", afirmou a ministra, em entrevista coletiva.

Hoje, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, afirmou que quem desmatou a sua propriedade antes de 1996 e manteve 50% está em situação legal, mas terá que demonstrar quando o desmatamento ocorreu. "Quem ainda não desmatou só pode desmatar 20%, quem já desmatou antes da medida provisória de 1996 e comprovou que foi antes é obrigado a manter os 50% apenas. Quem fez depois disso tem que recuperar até 80%, a não ser que a propriedade seja incluída em uma zona de uso intensivo", disse.

Agência Brasil.

Catadores recolhem óleo usado e ajudam a despoluir meio ambiente

Uma iniciativa simples pode se mostrar ecologicamente correta e, ao mesmo tempo, gerar renda para quem a executa. Foi com esse pensamento que um grupo de catadores do Rio de Janeiro resolveu criar em 2005 a cooperativa Disque Óleo Vegetal.

Eles começaram recolhendo óleo e gordura de todo tipo, utilizado em frituras por bares, restaurantes e residências e agora já expandiram a coleta para igrejas, colégios e redes de supermercado, como a Rede Economia.

O produto coletado é vendido para empresas de reciclagem de materiais, para fabricação de sabão e biodiesel. Entre essas empresas estão a Fábrica de Sabão Neutral e a empresa Comanche, que atuam em São Paulo e na Bahia, respectivamente.

O idealizador do projeto, Lucinaldo Francisco da Silva, o Caio, informou à Agência Brasil que a cooperativa completa três anos no próximo dia 17 de fevereiro.

O serviço de coleta é 100% gratuito e, em alguns casos, quando a quantidade de óleo supera 300 litros - que é o caso do recolhimento em bares e restaurantes - o doador pode receber R$ 0,30 por litro de óleo recolhido ou trocar por produtos de limpeza. “Quem doa o óleo também é beneficiado”, disse o criador da cooperativa.

Segundo Caio, mesmo nas residências é simples armazenar óleo, em vez de jogá-lo no ralo da pia da cozinha ou no esgoto, por exemplo, o que acaba poluindo os rios e sufocando os peixes, afetando o ecossistema.

“Nas residências, a gente está aconselhando as pessoas a juntar (o óleo ou gordura que seriam jogados fora) em garrafas pet de dois litros. Quanto tiver pelo menos três garrafas, o motoqueiro vai até o local e recolhe”, disse Caio. A cooperativa recolhe uma média de 150 mil a 170 mil litros por mês.

O gerente do Disque Óleo Vegetal revelou que o projeto nasceu “pensando" na melhoria do planeta. "É uma pequena contribuição que a gente está dando, mas que não deixa de ser importante". Outra forma de contribuição, segundo Caio, é promover a geração de renda. "já que os catadores que trabalham dentro do galpão, fazendo a reciclagem do óleo, estão obtendo renda através dessa coleta”.

Caio informou que, dependendo da quantidade de óleo recolhido, a renda média por catador pode superar os R$ 700,00. “Até R$ 2 mil dá para se chegar, dependendo do quanto ele se empenhe e traga de óleo”, explicou. Cerca de 50 catadores participam da cooperativa Disque Óleo Vegetal.

A cooperativa de catadores participa também do projeto social Missões na Bola, na comunidade Trevo das Missões, situada no município de Duque das Caxias, na Baixada Fluminense. “Cerca de 70 a 80 crianças da comunidade são beneficiadas pela coleta do óleo para a prática do esporte”, através da compra de material esportivo.

Austrália diz ter provas para processar baleeiros japoneses

O Governo australiano dispõe de provas fotográficas para processar judicialmente os baleeiros japoneses que caçam cetáceos na Antártida, anunciou hoje o ministro do Meio Ambiente, Peter Garrett.

As fotografias feitas pelo navio «Ocean Viking», do Departamento das Alfândegas, mostram uma baleia-minke (anã) e a sua cria mortas a serem içadas na rampa de um navio baleeiro japonês.

«É muito decepcionante. É angustiante pensar que pode demorar apenas 15 minutos desde que um arpão atinge uma baleia até que ela morre e é ainda muito mais triste pensar que há uma cria envolvida», disse o ministro

«Defender que isto é de alguma forma científico é continuar com a mistificação que envolve esta questão desde o primeiro minuto», acrescentou Garrett.

O Japão pôs em marcha, em Novembro, o seu programa anual de captura de cetáceos «com fins científicos», embora a Comissão Baleeira Internacional tenha solicitado em Junho que parasse o programa, após uma resolução não vinculativa proposta pela Austrália.

Desde então, o Governo japonês tem colocado o «Ocean Viking» no encalce de navios baleeiros japoneses nas águas antárticas, para que possam ser julgados por um tribunal internacional.

Em Janeiro, um juiz australiano declarou ilegal a caça às baleias na reserva marítima da Austrália na Antártida, mas o Japão não reconhece a jurisdição australiana naquela área.

Maioria dos japoneses aprova a pesca e o consumo de baleias


Sessenta e cinco por cento dos japoneses apóiam a pesca de baleias com objetivos "científicos", e 56% se declaram dispostos a comê-las, apesar das críticas à campanha de caça lançada pelo Japão na Antártica, segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira pelo jornal Asahi.
Segundo a pesquisa, quase dois terços de japoneses (65%) aprovam que seu país prossiga com suas operações baleeiras "científicas" e 21% são contra.
O carácter "científico" da pesca é o argumento das autoridades japonesas para justificar a prática da pesca, que burla a moratória internacional imposta à pesca comercial desde 1986.
Além disso, 56% dos japoneses interrogados se disseram dispostos a comer carne de baleia, contra 26%.
Em sua maioria, os homens de idade são os que mais aprovam a pesca do mamífero e seu consumo, enquanto que as mulheres mais jovens são as que mais se opõem a isso.
A pesquisa foi realizada antes da difusão, por parte do governo australiano, de imagens onde se vê como uma baleia e seu filhote são mortos por pescadores japoneses no Antártico, onde a frota japonesa lançou há algumas semanas uma campanha para matar mil cetáceos antes de abril.

Meio Ambiente profissão do futuro

As empresas buscam, cada vez mais, alternativas sustentáveis para seu crescimento econômico. O tema aquecimento global está nos fóruns mundiais e nas salas de reunião de muitas multinacionais. Aí começa a caça por profissionais especializados em meio ambiente.

Como nenhum empreendimento pode começar sem um licenciamento ambiental, a demanda por trabalhadores capacitados é cada vez maior. O salário inicial, para quem tem nível superior, varia entre R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Mas consultores chegam a ganhar três vezes mais.

Segundo especialistas em Recursos Humanos, carreiras ligadas ao meio ambiente são tidas como profissões do futuro. Além dos engenheiros, biólogos e químicos, a vantagem desse segmento é que vários profissionais podem atuar nessa área, como advogado, geólogo, engenheiro florestal, economista, entre outros.

"A diversidade profissional é grande. Um advogado, por exemplo, pode fazer uma pós-graduação ou um mestrado na área. É uma carreira multidisciplinar", explica a secretária Estadual de Meio Ambiente, Maria da Glória Brito Abaurre.



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Anistia para desmatadores



Em lugar de punir os agricultores que desmatam ilegalmente a Amazônia em ritmo cada vez mais alarmante, o governo pretende em breve propor uma solução alternativa para o problema: vai anistiar os criminosos. Está em estudo nos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente uma medida que, se aprovada, vai permitir que empresas e agricultores fiquem com metade das fazendas desmatadas, caso aceitem recuperar e repor a floresta da outra metade. Voltarão ainda a ter status legal, e, portanto, direito ao crédito agrícola oficial. Uma vez adotada a proposta, o governo vai legalizar em torno de 220.000 quilômetros quadrados de Amazônia desmatada. Trata-se de uma área correspondente à soma dos estados do Paraná e Sergipe.

"O dano ambiental já ocorreu, a área já está desmatada. Esse é o fato. Permitir que a recuperação nas áreas de uso intensivo seja de 50% é uma forma de diminuir a pressão por novos desmatamentos", disse o secretário-executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, ao jornal O Estado de S. Paulo, em declaração publicada neste domingo. Como se vê, para o secretário, a medida não é uma anistia.

O mesmo pensa o ministro da agricultura, Reinhold Stephanes: "A alternativa é uma forma de levar a paz ao campo e, enfim, resolver o problema do desmatamento na Amazônia", afirmou. Ele acredita que "o proprietário de terras se sentirá incentivado a não fazer novos desmatamentos, pois contará com área suficiente para desenvolver suas atividades econômicas”.

Vida fácil – Os desmatadores ilegais, que sempre agiram pensando que um dia seriam anistiados pelo governo, podem finalmente conseguir o que queriam. Segundo o secretário-executivo do Meio Ambiente, a recuperação da área degradada não terá de ocorrer, necessariamente, na propriedade de quem desmatou. Ou seja, o sujeito corre o risco de não perder sequer um metro quadrado de seus pastos ou lavouras, conquistados de forma ilegal. "Ele poderá comprar uma área correspondente ao que falta para chegar a 50% do tamanho de sua propriedade e torná-la reserva legal. Poderá também adquirir áreas em florestas nacionais ou áreas de reservas federais, estaduais ou municipais e repassá-las para o ente federativo correspondente", explicou Capobianco.

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