Bali: Redução de gases ficou aquém das expectativas - Quercus

A Quercus considerou hoje que a Conferência de Bali ficou aquém no que toca à redução de emissões no longo prazo, dado que as metas iniciais eram de redução de 50 por cento entre 2000 e 2050.

Em comunicado, a associação ambientalista refere ainda que os números iniciais apontavam para uma redução de entre 25 e 40 por cento das emissões dos países industrializados entre 1990 e 2020 e que o texto final da conferência remeteu todos estes números através de uma nota de rodapé para as conclusões do Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas onde estes dados estão claramente identificados.

A Quercus congratula-se porém com o facto de a conferência ter conseguido iniciar um processo formal e interligado entre os países da Convenção das Alterações Climáticas e os países que ratificaram o Protocolo de Quioto através do Grupo de Trabalho ad-hoc da convenção sobre Acção Cooperativa de Longo Prazo e ter estabelecido o ano de 2009 como meta para o fim do processo negocial para definir o quadro pós-2012.

Relativamente às áreas de adaptação e transferência de tecnologia, a Quercus considera ainda que os resultados de Bali foram aceitáveis e que a redução de emissões pela desflorestação e degradação da floresta e da alteração do uso do solo e floresta ficaram separadas, o que de forma global também é positivo.

Para a Quercus, a Conferência de Bali constituiu uma «derrota» para a administração norte-americana, que pretendia abrir um processo paralelo juntamente com as maiores economias mundiais, mas o texto final é «ambíguo» e «abre caminho» a vias potencialmente perigosas que precisam de ser corrigidas nos próximos dois anos.

A associação ambientalista congratula-se ainda com a «postura proactiva» que os países do G7 + China (países em desenvolvimento), nomeadamente da China, assumiram na conferência de Bali, e considera que a equipa negocial portuguesa que assumiu a coordenação das posições da União Europeia «cumpriu as expectativas, interagiu dentro do desejável com as organizações não governamentais europeias e com a Quercus, tendo a nível ministerial sido desisivo a sua acção nas últimas horas de negociação e na pressão interna e externa que colocou para um desenlace possível desta reunião».

fonte: Diário Digital / Lusa

Câmara de Ilhabela aprova cobrança de taxa ambiental para turistas



A Câmara de Municipal de Ilhabela (217 km de SP) aprovou ontem um projeto de lei que autoriza a cobrança de uma taxa do turista que escolher a cidade como destino.
Segundo a Prefeitura de Ilhabela, a justificativa para a medida é de que atualmente a cidade recebe em torno de 1,2 milhão de turistas anualmente, sendo que a população local é de apenas 30 mil. O impacto ambiental causado pela superlotação da cidade é sofrido durante o ano inteiro.
Os recursos deverão ser destinados exclusivamente para a preservação ambiental. A arrecadação deverá ir para o Fundo Municipal do Meio Ambiente, administrado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente. O conselho então deverá indicar a aplicação da verba em projetos ligados ao ambiente.
Segundo a prefeitura, a cobrança da taxa é legal e nos moldes da que é aplicada em Fernando de Noronha, em Pernambuco. Em 2005, o prefeito Manoel Marcos de Jesus Ferreira esteve no arquipélago e desde então está sendo estudado um método de aplicar a cobrança em Ilhabela de forma coerente.
Tarifas
Pela proposta aprovada, a tarifa para veículos de passeio e motos será de R$ 2. Para caminhonetes, R$ 3; vans, R$ 100; microônibus, R$ 200; ônibus, R$ 300. Veículos de carga acima de 15 toneladas pagam R$ 350 apenas em finais de semana, em dias úteis são isentos.
Não deverão pagar: veículos de residentes, licenciados em Ilhabela, veículos oficiais, ambulâncias, carros fúnebres, de concessionárias de serviços básicos, de combustível, jornais diários e outros previstos na lei.
O visitante que se recusar a pagar a taxa na saída da cidade poderá desembolsar a multa de R$ 100 ou doação neste valor em mudas de plantas nativas de Ilhabela. Nas multas que ultrapassam R$ 100, o motorista que não pagar terá o veículo apreendido.
A lei entrará em vigor a partir de 1º de março de 2008, tempo para as pessoas se adequarem a medida.

Leia mais:Folhaonline

Maior lago da China pode secar devido à mudança climática



O lago Poyang, que fica no centro da China e é o maior de água doce no país, pode secar no inverno devido à escassez de chuvas na bacia do rio Yang Tsé, o que os cientistas atribuem à mudança climática, informou hoje a imprensa estatal chinesa.
É normal que a superfície do lago diminua no inverno em relação ao verão, já que esta última é a estação de chuvas na região, mas os moradores das margens do Poyang estão assustados com o baixo volume atual.
Há um ano, a superfície do lago no inverno era 10 vezes maior que a atual, o que levou os cientistas a emitir o alerta.
Jiang Tong, especialista do Instituto de Geografia e Limnologia de Nanquim, adverte que a seca invernal do Poyang poderia durar por mais dez anos, "devido à mudança climática e à exploração dos recursos hídricos".
Mais de 100 mil habitantes da região da província de Jiangxi, com grande densidade populacional, já começaram a sofrer restrições no abastecimento de água, algo incomum em um lugar que freqüentemente sofre com inundações e chuvas torrenciais.
"Minha casa está localizada às margens do lago, e agora tenho que percorrer 12 quilômetros para conseguir água. Estamos acostumados às mudanças entre estações, mas nunca tivemos tantos problemas de abastecimento", reclamou o camponês Yu Wenchang.
Prejuízo
Na localidade de Xiayangzui, 52 dos 56 poços usados pelos moradores já secaram, e os mais idosos reconhecem que nunca antes tinham visto o lago tão pequeno.
A situação no Poyang coincide também com a seca no rio Yang Tsé, que sofre com os piores níveis em meio século, devido à escassez de chuvas em seu curso alto.
O lago corre o risco de no futuro deixar de ser o maior de água doce da China, já que o segundo maior --o lago Dongting, na província vizinha de Hubei e com uma extensão de 2.300 quilômetros quadrados no verão --parece menos afetado pelas secas.

fonte :Folhaonline

Al Gore diz que conferência de Bali pode continuar sem os EUA que protestam



O vencedor do prêmio Nobel da Paz, o ex-vice-presidente americano Al Gore, pediu que o mundo tome medidas firmes contra as mudanças climáticas sem levar em conta a posição dos Estados Unidos, acusado de bloquear as negociações da conferência sobre o clima em Bali, já na reta final.
Ante uma sala extremamente cheia, Gore - que na segunda-feira recebeu em Oslo o prêmio Nobel da Paz junto com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) - pediu que os negociadores tomem medidas drásticas para evitar que a conferência não seja um fracasso.
"Não sou um funcionário oficial e não estou obrigado a respeitar a amabilidade diplomática", afirmou Gore, que em 2000 sofreu uma controversa derrota para George W. Bush nas eleições americanas.
"Dessa forma, vou dizer uma verdade inconveniente: meu país, os Estados Unidos, é o principal responsável pela obstrução das negociações aqui em Bali", afirmou, provocando uma grande ovação.
Gore propôs que se deixe "um espaço aberto" no acordo, com a esperança de que o sucessor de Bush, após as eleições de novembro de 2008, mude a posição dos Estados Unidos.
A Casa Branca, por sua vez, tentou minimizar as declarações de Al Gore, em uma nota divulgada pela porta-voz Dana Perino.
"Acho que ele se engana", afirmou ela à imprensa.
Ministros do Meio Ambiente de todo o mundo têm até o meio-dia de sexta-feira para chegar a um acordo do "mapa do caminho" das futuras negociações climáticas.
Essas negociações são destinadas a desembocar em novo acordo internacional para aumentar a luta contra as mudanças climáticas a partir de 2012 - data que expira a primeira fase do Protocolo de Kyoto.
"Estamos em uma situação de tudo ou nada, caso não conseguirmos acabar o trabalho a tempo, o 'castelo de cartas' irá desmoronar", afirmou Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CMNUCC), organizadora do encontro.
A União Européia (UE) propõe que os países industrializados reduzam suas emissões entre 25% e 40%, enquanto os Estados Unidos e outros países desenvolvidos se opõem que essa declaração final de Bali inclua qualquer referência a essa cifra.
Os americanos tentam arrastar outros países industrializados "em um tobogã escorregadio" preparado pela administração Bush, considerou Hans Verolme, da organização ecologista Fundo Mundial pela Natureza (WWF).
Reafirmando sua posição, a UE advertiu que poderá não participar de uma cúpula dos principais emissores de gases de efeito estufa, que será organizada pelos Estados Unidos no Havaí em janeiro, caso as negociações fracassem em Bali.
"Caso fracassemos em Bali, não terá nenhum sentido manter essa reunião de principais emissores", afirmou Humberto Rosa, ministro português de Meio Ambiente, cujo país preside atualmente a UE.
Rosa não quis falar de uma ameaça de boicote, porque "não estamos fazendo chantagem com ninguém", afirmou.
James Connaughton, presidente do Conselho da Casa Branca sobre Qualidade do Meio Ambiente, rechaçou as acusações. "Cada país tem uma posição sobre essa negociação, não só os Estados Unidos", afirmou.
Em um informe divulgado em novembro em Valença (Espanha), o IPCC advertiu que a temperatura média do planeta pode aumentar em 2100 entre 1,1º C e 6,4º C em comparação com os níveis de 1980-99, devido à acumulação, na atmosfera, de gases de efeito estufa causados pelas atividades humanas.
Isso provocaria tempestades mais fortes, secas, inundações, aumento do nível do mar, derretimento dos pólos, incêndios e fome que irá afeitar com maior severidade os países em desenvolvimento




fonte: google

APAGÃO EM GRANDES METRÓPOLES EM FAVOR DO MEIO AMBIENTE

Toronto (Canadá), Sidney (Austrália), Tel Aviv (Israel), Copenhagen (Dinamarca), Chicago (EUA) e muitas outras cidades da Ásia, Europa e América do Norte apagarão as luzes em 29 de março de 2008 em referência ao 'Earth Hour' (Hora da Terra).
Segundo James Leape, diretor da WWF (Worldwide Fund for Nature, uma das mais conhecidas ONGs ambientalistas do mundo), o evento será o único em relação a luta pelo aquecimento global, que os cientistas consideram o maior problema ambiental do planeta.

"Capital do Verde".



Tranqüilidade, segurança e beleza. Curitiba é uma cidade que reúne além dessas três qualidades, uma área verde de 51 metros quadrados por habitante, divida em vários parques que dão charme ao local, além de conferir ao município o título de "Capital do Verde". Apesar de ter uma população superior a 1,7 milhão de habitantes, de ter crescido, se modernizado e se transformado numa metrópole, ela não perdeu o ar de uma cidade pequena, até meio interiorana e conservadora das tradições. Nessa época do ano, com a proximidade do verão, o clima já está mais ameno, o que torna ainda mais interessante uma visita, sem falar na época natalina, quando a cidade se prepara para as festas de fim de ano, proporcionando verdadeiros espetáculos para os turistas e moradores.

Curitiba promove o Natal Encantado, com uma programação voltada para o tema e uma decoração especial como a Casa do Papai Noel, Casa de Bonecos, Presépio Natalino e outros motivos. A prefeitura local se responsabiliza pela decoração das ruas e cada empreendimento comercial também faz o seu Natal. Uma série de eventos é organizada para comemorar a chegada do Menino Jesus. Tais festividades já começaram desde a primeira quinzena de novembro e envolvem shows, concertos, recitais, eventos beneficentes, peças teatrais, corais e outras representações artísticas.

Cidade Modelo

Para muitos o fato de não ser uma localidade litorânea pode inviabilizar a ida até a cidade com a proximidade do verão, mas engana-se aquele que acha que essa necessidade não é suprida pelas diversas opções de lazer e passeios que Curitiba oferece. O visitante pode escolher entre roteiros gastronômicos, passeios ecológicos, rotas de arquitetura ou conhecer a cultura do local.

Curitiba tem um dos melhores índices de qualidade de vida do País. A população tem uma grande diversidade étnica, formada por imigrantes alemães, poloneses, italianos e ucranianos o que se reflete na cultura, na culinária e na arquitetura na cidade. Considerada uma cidade modelo, a capital do Paraná já alcançou três marcas no Guinness Book, o livro dos recordes, são elas: a primeira é o maior programa de reciclagem de lixo com 20% de todos os resíduos, o que envolve uma política de governo que é renovada periodicamente e foi implantada através da reeducação da população. Depois vem a maior rede integrada do transporte coletivo que oferece soluções inovadoras de transporte público, facilitando o descolamento da população e dos turistas, além de servir de referência mundial em planejamento urbano. Por último tem a primeira rede pública de acesso à internet.

Localizada na Região Sul, que é a área mais industrializada da América do Sul, a cidade é reconhecida internacionalmente como centro de negócios e de alta tecnologia, tendo instalado na região metropolitana o segundo e mais moderno pólo automotivo do país. Também oferece uma boa infra-estrutura para sediar eventos e convenções.

Civilidade

Preservação do patrimônio histórico, incentivo à cidadania e o cuidado com o meio ambiente são outras característica bem marcantes do curitibano. A preservação foi um traço herdado de seus antepassados, tudo começou com o primeiro ouvidor, Raphael Pires Pardinho, que já mostrava a sua preocupação com o meio ambiente e alertava os habitantes para terem cuidados com a natureza. Essa preocupação com o verde reverberou nas diversas administrações da cidade, que hoje dispõe de 30 parques e bosques que convivem harmoniosamente com o crescimento de Curituba. Eles foram construídos para, além de preservar a vegetação nativa, criar novas opções de lazer para a população e drenar para esses locais o excesso das águas de chuva, evitando as enchentes. Neles é possível encontrar, fortemente, as marcas dos imigrantes de diversas nacionalidades que foram acolhidos pela cidade.

Espaços Verdes

O Parque do Barigüi é o mais famoso de Curitiba, tem 1,4 milhão de metros quadrados que abrigam espécies silvestres de aves e outros animais. No local estão instalados equipamentos para churrascos e para a prática de vários esportes. O Bosque do Papa é uma homenagem à colônia polonesa que mora no município, possui casas originais feitas em madeira de encaixe pelos imigrantes. No paiol, datado de 1876, ano do início da colonização polonesa, e em outras casas, é possível encontrar mobiliário, utensílios domésticos e objetos poloneses. O Bosque do Alemão homenageia os imigrantes e a cultura alemã. Lá está uma antiga igreja luterana que abriga uma sala para concertos; tem a trilha de João e Maria que narra o conto dos irmãos Grimm, entre outras atrações.

O Bosque do Tanguá, com uma área de 235 mil metros quadrados, abriga paredões de pedras, cascatas e lagos, além de um túnel de
50 metros escavado entre uma parede rochosa. Dois barcos fazem a travessia entre os lagos, passando pelo túnel, passeio este inspirado em Veneza. O Parque Iguaçu (Zoológico), é o maior da América Latina, com 8,3 milhões de metros quadrados. O local abriga o Zoológico de Curitiba que tem mais de 900 animais e fica próximo às nascentes do Rio Iguaçu, o que permite a prática de esportes náuticos. No Parque do Tingüi estão as instalações do Memorial da Imigração Ucraniana e também uma reprodução da Igreja do São Miguel Arcanjo, um dos monumentos ucranianos mais antigos do Brasil e cuja reprodução segue normas da igreja ortodoxa.

Estes são apenas alguns parques e bosques que merecem ser visitados, mas os turistas ainda têm outras áreas verdes importantes para conhecer como o Jardim Botânico, que é o atrativo mais visitado da cidade e onde o turista pode encontrar uma estufa cujo formato lembra o antigo palácio de Cristal de Londres, com jardins geométricos e bosque de mata nativa. O local ainda abriga o Museu Botânico que possui espécies botânicas que são referências nacionais. A Universidade Livre do Meio Ambiente é outro espaço que vale a pena ser visitado. Construída em meio ao bosque Zaninelli, essa universidade faz de Curitiba a primeira cidade do mundo que mantém um local de estudos e repasse dos conhecimentos sobre meio ambiente e ecologia à população. O local tem projeto arquitetônico executado com madeiras rústicas e repete na forma e nas cores os quatro elementos da natureza: água, terra, ar e fogo. A principal finalidade é formar no cidadão a consciência ambiental.

fonte: Diario de Natal

COMPAGAZ UM EXEMPLO SOBRE MEIO AMBIENTE

A compagás,Cia Paranaense de Gás,enviou para todos os consumidores,como brinde de final de ano, uma sacola permanente para substituição das sacolas plásticas.Atitude que ajudará muito o meio ambiente.
ESTE HÁBITO contribuirá para preservação de nosso planeta.



Comentario sobre a despoluição da Lagoa de Araruama

Não adianta nada retirar o aterro se não pararem de jogar esgoto na lagoa. A água fica clara porém cheia de coliformes fecais e o pior é que vai levando o rastro de esgoto de Araruama, Iguaba e São Pedro para Cabo Frio. O que o governo e as prefeituras têm que fazer é um rastreamento de todos os despejos de esgoto e tapar tudo; acabar com esta malfadada prática de jogar esgoto em lagoas e mares. O esgoto tem que ser levado para estações de tratamento e jogado em aterros. Também deve manter uma fiscalização submarina DIÁRIA para detectar novos despejos clandestinos e PRENDER os que fizerem isso. Assim todas as praias, rios e lagoas seriam totalmente limpos e apropriados para banho e pesca. Tenho certeza que se o governo quisesse tomar estas medidas enérgicas e fincasse pé firme nisto a maioria da população daria apoio. Mas parece que infelizmente não há vontade política para fazer isto. Afinal, é mais fácil "renovar" a água da lagoa misturando-a com a água do mar de Cabo Frio e enganar os trouxas que pensam que a água está limpa mas na verdade ainda está cheia de esgoto.
14 de Dezembro de 2007 17:14

Anônimo

Parar o desmatamento não salva Amazônia, dizem cientistas



Se todo o desmatamento das últimas décadas – que já destruiu 17% da Amazônia brasileira – cessasse hoje, ainda assim a floresta continuaria a correr riscos com o aquecimento global, de acordo com cientistas ouvidos pela BBC Brasil.

"Se o resto do mundo não fizer nada e o Brasil parar totalmente o desmatamento, aquela possibilidade de savanização continua exatamente a mesma", diz o pesquisador Antonio Manzi, gerente-executivo do projeto LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

As emissões de gases que causam o efeito estufa são o principal risco à floresta, porque estão provocando o aquecimento do planeta como um todo.

Eles são causados, segundo os cientistas, principalmente pela queima de combustíveis fósseis nos países desenvolvidos. De acordo com especialistas, o desmatamento contribui com cerca de 20% das emissões, e a floresta brasileira com cerca de 6%.

“Do ponto de vista das mudanças climáticas, só vale a pena preservar se mudar a matriz energética mundial, com redução do uso de combustíveis fósseis”, diz Manzi.

Savanização

A savanização de parte da floresta – prevista num dos modelos matemáticos que tentam prever as consequência do aquecimento global do painel intergovernamental de mudanças climática (IPCC) -, seria causada não por um fenômeno localizado, mas por causa da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, que tornaria mais frequente a ocorrência de El Niño.

“Não é o desmatamento que está provocando a mudança global”, diz pesquisador Arnaldo Carneiro, do Departamento de Ecologia do Inpa.

A elevação da temperatura, por sua vez, poderia afetar o regime de chuvas e deixar a floresta não apenas mais quente, mas também mais seca, aumentando o risco de incêndios.

Estudos realizados por organizações de pesquisas na Amazônia mostram que, até agora, o desmatamento local não alterou o clima ou o regime de chuvas da região.

“Olhando os dados disponíveis, não observamos sinais de mudanças climáticas associadas ao desmatamento”, diz o climatologista José Marengo, pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que participou de três grupos do IPCC, o mais recente no ano passado.

O Brasil é o quarto país que mais emite gases causadores do efeito estufa devido às alterações dos usos da terra (desmatamento e queimadas), que respondem por 75% das emissões brasileiras.

Um relatório de clima do Inpe, elaborado por um grupo de especialistas, afirma que não houve mudanças comprovadas até agora, apesar do desmatamento de mais de 600 mil km2 de área de floresta tropical.

“Porém, estas alterações parecem ainda não ter afetado o regime de chuva na região, nem reduzido ou aumentado gradativamente os valores anuais e sazonais de chuva no longo prazo”, diz o documento.

“Hoje não existe nenhum resultado científico que mostre claramente aumento ou diminuição de chuvas, seja por desmatamento seja por conta do aquecimento global”, afirma Manzi.

Os dados mostram apenas a elevação da temperatura média no país em 0,75 ºC até o fim do século 20.

Esforços

Estudos do Inpe mostram que a variação nas chuvas ocorrem por outros fatores, naturais, e que em períodos de 25 a 30 anos alternam períodos mais secos com outros mais chuvosos.

A seca de 2005, por exemplo, foi na época considerada um sinal de que o aquecimento global estava afetando a Amazônia.

Mas no ano seguinte voltou a chover, e os pesquisadores começaram a buscar outra explicação.

Nem por isso, porém, os cientistas defendem que o país deve ignorar os esforços internacionais para reduzir as emissões.

“A participação do Brasil no aquecimento global é pequena, mas num esforço global de redução, onde tem ações de todos os países, a contribuição do Brasil passa a ser importante”, afirma Manzi.

O diretor de Articulações de Ações na Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, diz que o Brasil está disposto a aumentar o esforço para combater o desmatamento, mas quer a ajuda dos países ricos, que poluíram durante mais tempo.

“Queremos parar o desmatamento e queremos apoio por isso”, afirma.

O Brasil anunciou no fórum que discute mudanças climáticas em Bali que vai estabelecer metas internas de contenção do desmatamento. Só que o número anunciado, de 19 mil quilômetros quadrados ao ano, é bem maior do que o último número, de 11,2 mil quilômetros quadrados.

fonte: BBC





Aquecimento Global



ENTENDA MELHOR E O QUE PODEMOS FAZER

1. O que é o efeito estufa?
O efeito estufa é o fenômeno natural pelo qual a energia emitida pelo Sol - em forma de luz e radiação - é acumulada na superfície e na atmosfera terrestres, aumentando a temperatura do planeta. De suma importância para a existência de diversas espécies biológicas, o efeito estufa acontece principalmente pela ação de dióxido de carbono (CO2), CFCs, metano, óxido nitroso e vapor de água, que formam uma barreira contra a dissipação da energia solar. A maioria dos cientistas climáticos crê que um aumento na quantidade desses gases provoca uma elevação da temperatura da Terra.

2. A emissão desses gases está aumentando?
Com o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis cada vez mais intensos, a concentração desses gases está aumentando, especialmente as de CO2 e metano. Desde 1800, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresceu 30%, enquanto a de metano aumentou 130%. Analisando camadas de gelo da Antártica, cientistas europeus descobriram que o ritmo de aumento na concentração de CO2 é impressionante: nos últimos 150 anos, o gás propagou-se pela atmosfera do planeta cerca de 200 vezes mais rápido que nos últimos 650.000 anos.

3. Quais são os maiores emissores de gases do efeito estufa?
Os maiores emissores de gases responsáveis pelo efeito estufa são Estados Unidos, União Européia, China, Rússia, Japão e Índia. Entre essas nações, os Estados Unidos - responsáveis por cerca de 36% do total mundial - lideram as emissões tanto em termos absolutos como per capita. Entre 1990 e 2002, os EUA aumentaram em 15% o nível de emissão de gases, chegando a 6 bilhões de toneladas ao ano. Para efeito de comparação, todos os países membros da UE emitiram, juntos, cerca de 3,4 bilhões em 2002. A China, terceira colocada no ranking, emitiu 3,1 bilhões de toneladas.

4. Quais são as evidências do aquecimento do planeta?
Há diversas evidências de que a temperatura global aumentou. Os termômetros subiram 0,6°C entre meados do século XIX e o início do século XXI - desses, 0,5°C apenas nos últimos 50 anos. Outra evidência é a elevação de 10 cm a 20 cm no nível dos oceanos nesse período. Além disso, as regiões glaciais do planeta estão diminuindo: em algumas zonas do Ártico, por exemplo, a cobertura de gelo encolheu até 40% em décadas recentes. Cientistas também consideram prova do aquecimento global a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a troposfera - zona atmosférica mais próxima do solo.

5. Quanto a temperatura pode subir?
Os atuais modelos científicos prevêem que, se nada for feito, a temperatura global pode aumentar entre 1,4°C e 5,8°C até 2100. Cientistas menos otimistas acreditam que a temperatura de certas áreas do globo pode subir até 8°C no período, e que, mesmo com um corte radical na emissão de gases, os efeitos do aquecimento continuarão. Isso porque são necessárias décadas para que as moléculas dos gases que já estão na atmosfera sejam desfeitas e parem de acumular energia solar em excesso.

6. Os atuais modelos de previsão de clima são confiáveis?
Os debates em torno da eficácia e precisão dos atuais modelos de previsão climática são acalorados. Uma minoria científica crê que os sistemas computadorizados são demasiadamente simplificados, incapazes de simular as complexidades do clima real. Porém, a maior parte comunidade científica mundial defende que as atuais análises feitas em computador, apesar de precisarem ser aperfeiçoadas, já são confiáveis para simulações de futuro próximo - intervalos de 25 ou 30 anos.

7. Quais serão os principais efeitos do aquecimento?
Os cientistas climáticos são unânimes em afirmar que o impacto do aquecimento será enorme. A maioria prevê falta de água potável, mudanças drásticas nas condições de produção de alimentos e aumento no número de mortes causadas por inundações, secas, tempestades, ondas de calor e fenômenos naturais como tufões e furacões. Além disso, pesquisadores europeus e americanos estimam que, caso as calotas polares derretam, haverá uma elevação de cerca de 7 metros no nível dos oceanos. Outro impacto provável é a extinção de diversas espécies animais e vegetais.

8. Quais países serão mais afetados?
Apesar de os grandes responsáveis pelo aquecimento global serem as nações desenvolvidas da América do Norte e Europa Ocidental, os chamados países em desenvolvimento serão os que mais sentirão efeitos negativos. Isso acontecerá porque essas nações possuem menos recursos financeiros, tecnológicos e científicos para lidar com os problemas de inundações, secas e, principalmente, com os surtos de doenças decorrentes. A malária, por exemplo, deve passar a matar cerca de 1 milhão de pessoas ao ano com o aquecimento do planeta.

9. Quais espécies animais serão mais afetadas?
Segundo as estimativas da Convenção das Nações Unidas para Mudanças do Clima (UNFCCC), a maioria das espécies atualmente ameaçadas de extinção pode deixar de existir nas próximas décadas. As projeções indicam que 25% das espécies de mamíferos e 12% dos tipos de aves seriam totalmente banidos do planeta com o aumento da temperatura, que provocaria mudanças drásticas principalmente nos frágeis ecossistemas florestais e pantanosos.

10. Como impedir um aquecimento global exagerado?
Cientistas e engenheiros defendem que a solução para o aquecimento global exagerado está no desenvolvimento de tecnologias energéticas que emitam menos dióxido de carbono. Entre as mais pesquisadas atualmente estão a fissão nuclear, células combustíveis de hidrogênio, desenvolvimento de motores elétricos e também o aprimoramento de motores à combustão pela diminuição do consumo e pela diversificação de substâncias combustíveis. No Brasil, ganha destaque o desenvolvimento de matrizes energéticas de origens vegetais, como o etanol, o biodiesel e também o Hbio.


11. Qual a importância do Protocolo de Kioto para conter o aquecimento?
O protocolo de Kioto - que entrou em vigor em fevereiro de 2005 e conta com a participação de 163 nações - prevê que até 2012 seus signatários reduzam as emissões combinadas a níveis 5% abaixo dos índices de 1990. A eficácia do acordo, contudo, é limitada, pois até o momento os Estados Unidos, maior emissor mundial de dióxido de carbono, não ratificaram o pacto. Especialistas acreditam que as resoluções de Kioto apenas combatem a camada mais superficial do problema do aquecimento global.



fonte:vejaonline

Cinco afluentes do Lago Paranoá apresentam níveis preocupantes de poluição



Dos 16 córregos, ribeirões e riachos que desembocam no espelho d’água, pelo menos cinco apresentam níveis preocupantes de poluição e desmatamento. Eles carregam toneladas de lixo, terra e óleo por quilômetros e despejam o material nas águas mais nobres de Brasília. Os poluentes vêm de cidades, invasões e áreas agrícolas de todo o Distrito Federal.

Na opinião de especialistas, o pior deles é o Riacho Fundo, que recebe córregos vindos da região compreendida por Guará, Núcleo Bandeirante e Águas Claras. Antes de chegar no lago, ele se encontra com o córrego Vicente Pires, que nasce ao lado da Estrutural. Lá, apenas o barulho de água corrente denuncia a presença da nascente. Chegando um pouco mais perto, o cheiro de carne estragada alerta o visitante sobre a cena que ele está prestes a ver. Garrafas e sacos plásticos, pedaços de roupas e isopor formam ilhas de sujeira no caminho da água.
A água, que brota limpa e cristalina, não corre mais de 15m sem passar por montes de entulho e matéria orgânica. Além da poluição das águas do lago, a deterioração dos córregos causa prejuízos para toda a rede hidrográfica da região. Erosões, aterros e assoreamentos mudam as margens e a profundidade dos cursos d’água. “Nenhum dos tributários (córregos que alimentam o lago) está em perfeitas condições. A ocupação urbana está cada vez mais próxima das nascentes e margens e isso tem um efeito”, alertou Geraldo Boaventura, professor de geoquímica da Universidade de Brasília (UnB).

A construção de casas ou criação de plantações sem planejamento perto de córregos é uma das principais causas das más condições das águas. Moradores tiram a vegetação nativa ao longo das margens, chamada mata ciliar, para levantar paredes ou limpar o terreno. Sem a filtragem natural das plantas, os sedimentos caem direto no curso d’água. “Quando se tira a proteção, a água da chuva chega com entulho e terra, causando o assoreamento, e ali começa a se formar um pântano”, explicou o chefe da Divisão de Perícias do Ministério Público do Distrito Federal, Luiz Beltrão.

fonte: Correioweb

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