Devemos cultivar uma responsabilidade universal para o outro e estendê-lo para o planeta que temos para compartilhar. (Dalai Lama)
Pesquisadores vão viajar 7.000 klm só com óleo de cozinha
Após cerca de dois anos de trabalho, o pesquisador Diógenes Gava, de Nova Veneza, encheu o tanque de sua caminhonete com óleo de cozinha usado e com o engenheiro elétrico Rodrigo Martins da Silva, da Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Extensão da Unisul (Faepesul), apoiadora do projeto, embarcou em uma viagem por cidades brasileiras (Curitiba, Rio de Janeiro, Vitória, Porto Seguro, Salvador, Aracajú, Recife, Natal, Fortaleza, Terezina, São Luis e Belém do Pará. O retorno será pela Via Brasil Central - Pará, Tocantins, Brasília passando por Tubarão e chegada em Nova Veneza) para divulgar do combustível. Ao chegar em Brasília, Gava e Silva devem entregar um documento falando sobre o projeto - que sugere também que pessoas físicas possam participar dos Créditos de Carbono - ao Governo Federal.
A viagem começou no dia 22 de junho, com saída de Nova Veneza, onde o pesquisador e o engenheiro elétrico devem chegar em cerca de 16 dias. Ao final da viagem, eles terão rodado 6,5 mil quilômetros, distância equivalente a 90% da costa brasileira. Gava e Silva levaram 1.073 litros de óleo de cozinha para a viagem. Na tarde de ontem, a redação de A Tribuna conversou com os viajantes, que estavam a poucos quilômetros do Rio de Janeiro. Segundo Gava, de Curitiba, do Paraná, até o Guarujá, em São Paulo, foram percorridos 9,5 quilômetros com um litro de combustível vegetal. "Se fosse com combustível fóssil, dificilmente conseguiria isso", afirma.
Combustível usado em frituras durante um mês
Para conseguir o combustível suficiente para a viagem, Silva afirma que quatro restaurantes e lanchonetes forneceram o óleo utilizado em frituras durante um mês. Para ser utilizado no veículo, o engenheiro afirma que o óleo passou apenas por um processo de filtragem para a retirada de resíduos. Para receber o óleo vegetal, o único ajuste a ser feito no veículo é a troca de uma vela. "O desempenho do carro é ótimo. Melhor que com combustível fóssil. O óleo vegetal tem um teor de lubricidade alto, e ajuda na autolubrificação do motor", afirma o pesquisador de Nova Veneza. Como benefícios desse combustível, Gava aponta a menor taxa de emissão de dióxido de carbono na atmosfera (90% a menos) que o combustível fóssil e o reaproveitamento do óleo, que na grande maioria das vezes é descartado na natureza, poluindo principalmente as águas.
Divulgação dos objetivos do óleo reciclado
Segundo Gava, a intenção do projeto é divulgar os benefícios da utilização do óleo vegetal reciclado como combustível, especialmente para entidades como hospitais, que poderiam utilizar o óleo de cozinha para movimentar geradores, e veículos como ambulâncias. "A intenção é que esse tipo de energia alternativa seja utilizado para fins sociais", afirma o pesquisador. Outro ponto do projeto é pleitear que pessoas físicas também possam ter direito aos Créditos de Carbono. Segundo ele, como o óleo de cozinha utilizado como combustível polui menos, ele poderia ser doado por empresas para que pessoas tenham uma renda a mais com a venda dos créditos.
fonte : ATribuna
A indústria latino-americana de observação de baleias cresce
Teve um aumento de até quatro vezes em seu faturamento nos últimos 15 anos, afirmou um grupo conservacionista na terça-feira.
Os turistas envolvidos na atividade na região devem ultrapassar a faixa de 1 milhão neste ano, disse o grupo.
Vários países latino-americanos, entre os quais o Chile, defendem que a observação desses animais é uma forma de evitar a caça, conforme desejam países como o Japão, a Noruega e a Islândia.
O Chile abriga nesta semana a reunião anual da Comissão Baleeira Internacional, IWC.
Na segunda-feira, o governo chileno proibiu em caráter permanente a pesca de baleias em suas águas e há planos de criar um santuário para esses mamíferos ao longo de sua linha costeira.
O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal disse, durante o encontro da IWC, que a indústria de observação de baleias havia vendido pacotes a um valor equivalente a 80 milhões de dólares em 2006, na América Latina, e que o gasto total desses turistas chegava a quase 280 milhões de dólares.
A título de comparação, o negócio de observação de baleias fatura cerca de 1 bilhão de dólares por ano em cerca de 90 países.
"Trata-se de um setor sustentável que pode beneficiar as comunidades costeiras sócio-economicamente, educacionalmente e ambientalmente, pelos próximos anos", disse Beatriz Bugeda, diretora do fundo para a América Latina.
Há 64 espécies de baleias, golfinhos e toninhas nas águas latino-americanas, o que representa cerca de 75 por cento das 86 espécies de cestáceo conhecidas.
Mais de 50% do Brasil está em emergência ambiental
O objetivo é evitar que ocorram incêndios na estação de seca. Para combater as queimadas, devem ser contratados pelo menos 1.000 brigadistas.
O Ministério do Meio Ambiente também tomou a iniciativa para honrar os compromissos assumidos internacionalmente pelo Brasil no sentido de evitar emissões de gás carbônico provenientes de queimadas em florestas.
O perigo que vem da bioinvasão nas desacargas do lastro dos navios
Para realizarem operações seguras e eficientes, os navios dependem do uso do lastro em seus tanques ou porões. Pedras e areia foram utilizadas até o século XIX; a partir daí, generalizou-se o uso da água, que é colhida, usada como lastro e devolvida ao mar, quase sempre em locais diferentes. Por conta disso, os navios realizam, na sua movimentação em busca de carga, uma grande transferência de água ao redor do mundo. Dessa forma, microorganismos são introduzidos em locais diferentes de seu habitat natural, o que tem se constituído em ameaça para o sistema marinho, com a conseqüente repercussão na vida das pessoas.
A invasão do mexilhão dourado, no Brasil, e do mexilhão-zebra, nos Estados Unidos, são exemplos significativos que podem ser atribuídos à transferência de microorganismos pela água de lastro em torno do globo. A comunidade internacional, contudo, tem buscado equacionar meios para "gerenciar" o manuseio da água de lastro, de forma a evitar novas bioinvasões. O Programa Globallast e a "Convenção Internacional sobre Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimentos de Navios" são exemplos dessa iniciativa.
Leia mais sobre o assunto: descarga do lastro
Boi pirata vai virar churrasco do Fome Zero
Acabou a moleza. Boi pirata vai virar churrasco do Fome Zero
Previsão de inverno mais seco para este ano
Quando o índice da umidade do ar fica em até 12%, é considerado estado de alerta. Abaixo disso, surge uma situação de emergência. A situação piora com a poluição dos carros e as queimadas. “Nesta época do ano, como as partículas do ar ficam mais em suspensão, toda a fuligem é inalada, o que gera problemas de saúde“, explica o meteorologista Renato Zorzenon dos Santos.
De acordo com o Otávio Okano, diretor de controle de poluição ambiental da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) na região de Ribeirão Preto, existe uma resolução para regular as queimadas da cana. “Se o índice de umidade relativa do ar ficar abaixo de 30%, a queima será permita somente das 20h às 6h. Já se for inferior a 20%, a queima é suspensa“, disse. A medida vale até o dia 30 de novembro.
A falta de chuva nessa época do ano é um dos principais motivos apontados pelos especialistas para os baixos índices de umidade. Nos meses de junho, julho e agosto, a média é de 20 milímetros, o que significa uma queda de 92,5% em comparação aos outros períodos.
Em debate em Bali reciclagem de lixo eletronico
Especialistas de cerca de 170 países reúnem-se até sábado na capital indonésia para encontrar meios mais eficientes para remover as carcaças dos electrónicos, no Mundo e analisar a criação de novas leis que abranjam a eliminação ecológica de celulares e computadores, cujo tratamento incorrecto tem fortes impactos sobre a saúde humana e o ambiente.
Durante a 9ª Conferência das Partes da Convenção da Basileia sobre o Controle dos Movimentos Transfronteiriços dos Resíduos Perigosos e Sua Eliminação, procurar-se-á também «aumentar a atual proibição de exportação de lixo tóxico para países em desenvolvimento que não tenham infra-estruturas necessárias ou conhecimentos» para realizar um tratamento ecológico desses detritos, segundo a organização do evento.
O principal objectivo da Convenção de Basileia é contribuir para a protecção do ambiente e saúde pública no domínio dos resíduos através de um controlo mais rigoroso dos movimento transfronteiriços dessas substancias, e através da sua gestão ecologicamente correcta em aplicação do princípio de que os resíduos devem ser eliminados no país onde são produzidos.
Esta Convenção foi ratificada por sessenta países, incluindo Portugal, (Estados Unidos, Canadá e Austrália ainda não assinaram) e reflete a resposta da comunidade internacional ao problema causado pela produção mundial anual estimada de 400 milhões de toneladas de resíduos tóxicos, corrosivos, explosivos, inflamáveis, eco-tóxicos ou infectados.
Os grandes inimigos dos crocodilos
Ao contrário do que possa parecer, por sua ferocidade, os crocodilos são "muito frágeis e sensíveis" à mudança climática e ao desmatamento nas margens dos rios, onde põem seus ovos, explica a bióloga do projeto, Liliana Rodríguez.
"A temperatura determina o nascimento de machos ou fêmeas. A temperatura mais quente significa o nascimento de machos", com o conseqüente risco para a perpetuação da espécie, assegura a bióloga.
Por isso, as brigas entre os machos dominantes para conseguir os favores de uma fêmea podem ser devastadoras.
Recentemente, a imprensa local denunciava o crescente número de machos que ficam cegos nas lutas que protagonizam no rio Tárcoles para tentar conquistar as cada vez mais raras fêmeas.
A temperatura ideal para o desenvolvimento dos embriões é de entre 28 e 34 graus. Se esta margem diminui ou aumenta, o embrião pode morrer por estresse térmico.
"Os meses de outubro, novembro e dezembro, são as épocas de acasalamento, durante as quais os machos tornam-se mais agressivos. Em janeiro, fevereiro e março, as fêmeas põem os ovos e aproximar-se deles pode ser muito perigoso. Em junho começam a nascer os filhotes e as mães tornam-se mais protetoras", explica.
Assim como as tartarugas, as fêmeas crocodilo põem os ovos - média de 32 a 35 - em uma cova que cavam com suas patas na areia. Os do fundo, como as temperaturas são inferiores, darão nascimento a fêmeas e os que estão mais próximos da superfície, machos.
Mas apenas 2% sobrevivem em condições silvestres, assegura Liliana Rodríguez, já que os "filhotes têm muitos predadores", enquanto que o percentual de nascimentos nos criadouros ronda os 90%. Um crocodilo pode chegar a viver até 80 anos.
Uma das investigações do projeto, que começou há seis anos, é medir e pesar a cada ano estes répteis para se ter uma idéia de seu desenvolvimento desde que nascem - quando pesam 51 gramas e medem 27 centímetros - até que cheguem à idade adulta quando as fêmeas alcançam 70,5 kg e 2,45 metros e os machos, até 143 kg e 3 metros.
Falha em tratamento de esgoto piora rio Tietê
Segundo a Cetesb, o sistema de tratamento implantado, e em expansão, não consegue remover nitrogênio e fósforo, substâncias que fazem proliferar algas e outros organismos que roubam oxigênio da água, afetando a vida aquática.
A Cetesb apontou o problema de deficiência no tratamento do esgoto a partir de testes realizados entre a ponte dos Remédios, a barragem Edgard de Souza e a barragem de Pirapora. Lá, foi constatado que existe uma tendência de aumento das concentrações de nitrogênio e de fósforo.
Além disso, a Cetesb suspeita que a ETE (estação de tratamento) de Barueri, que responde por 70% do esgoto tratado na região metropolitana (referente a 4,5 milhões de pessoas), funciona de forma inadequada. Isso porque melhorou a água coletada para testes antes do ponto em que o esgoto tratado é despejado, o que não ocorreu nos trechos após o local em que esse esgoto chega ao Tietê.
Um indicador de poluição, que mede a necessidade de oxigênio na água, "confirma que não existe uma redução da carga orgânica destinada ao médio Tietê", segundo a Cetesb.
A pior condição para a vida de peixes no Tietê está em Pirapora do Bom Jesus, cidade a 53 km de São Paulo conhecida pela espuma que costuma cobrir o Tietê e até inundar as ruas.
Para a Cetesb, é necessário discutir a implantação do chamado sistema terciário de tratamento, que consegue eliminar fósforo e nitrogênio.
Hoje, a Sabesp faz um tipo de tratamento mais grosseiro e está investindo R$ 6 bilhões em saneamento em todo o Estado, sem modernizar a tecnologia.
"As ações em saneamento continuam pertinentes, porém, podem ser melhoradas para avançarmos na qualidade das águas e na saúde pública", diz o gerente do departamento de águas superficiais e efluentes líquidos da Cetesb, Eduardo Mazzolenis de Oliveira.
A opinião de que é necessário mudar o sistema é referendada por Plinio Barbosa de Camargo, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP (Universidade de São Paulo), em Piracicaba, especialista em tratamento de efluentes.
Uma pesquisa iniciada há nove anos, após o ponto de esgoto tratado no rio Piracicamirim, em Piracicaba, revelou que a água piora nesse local, efeito semelhante ao do Tietê.
"Hoje, são gastos milhões em sistemas de tratamento que não dão conta, em estações que não vão funcionar", diz.
Acender fogueiras na noite de São João,pode prejudicar o meio ambiente
Parte indispensável na festa, principalmente nas roças e nas cidades do interior, as fogueiras podem ser feitas de forma ambientalmente adequada. Para isso, é recomendável o uso de restos de poda, troncos de árvore caídas ou mortas, restos de madeira usada em construção. Para o especialista em energias renováveis Osvaldo Soliano, da Universidade Salvador, o ideal é que se use madeira de florestas plantadas, como eucalipto ou pinus, e se evite o uso de mata nativa.
Segundo ele, as emissões da queima de madeira de floresta plantada são “neutralizadas”, ou seja, são retiradas da atmosfera pelas árvores plantadas. Ele condena o uso de madeira nativa porque, em geral, são de áreas desmatadas. “Se a área não for replantada, o gás vai contribuir para o aquecimento”, ressaltou ele.
O ideal proposto por Soliano terá algum lugar no futuro, porque atualmente não há fornecimento de madeira para queima de origem adequada. Até mesmo para uso mais “nobre”, é muito difícil encontrar madeira de origem certificada.
Mata Atlântica permanece ameaçada
A regeneração da Mata Atlântica está mais complicada do que se imaginava. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que revelou que a recuperação desse bioma pode levar milhares de anos.
O estudo foi realizado com base nos dados de 18 florestas do sul e sudeste do Brasil, nas quais são registradas mais de 400 espécies de árvores.
Os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos para poder calcular o tempo necessário para que a Mata Atlântica recupere suas características originais.
No estudo foi detectado que algumas áreas levam de 100 a 300 anos para se recuperar e outras chegam de 1 mil a 4 mil anos, tempo considerado alto demais para a recuperação de uma floresta.
Para a professora Márcia Rodrigues, do Laboratório de Ecologia Vegetal do Departamento de Botânica da UFPR, a demora para recuperar a Mata Atlântica está ligada a ação do homem no meio ambiente.
Ela diz que a especulação imobiliária e a atividade de extrativismo de madeiras e de palmito influem negativamente nesse bioma, pois toda vez que se altera esse meio, a floresta recomeça seu ciclo de regeneração.
Segundo a professora, para diminuir esse problema bastariam soluções simples. “Órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desempenham seu papel, porém, eles precisam de mais profissionais, pois seus trabalhos ficam aquém do esperado. É preciso fazer também uma conscientização das pessoas sobre a importância que a Mata Atlântica tem para o meio ambiente.
Além disso, tem que dar condições econômicas para a população carente que vive próxima a essas áreas e que acabam usando os recursos da floresta”, informa a professora. Ela diz ainda que embora o Paraná tenha uma das áreas mais preservadas desse bioma, o ecossistema todo tem que ficar sob estado de vigilância.
A Mata Atlântica se estende do sul ao nordeste do Brasil. No passado, cobria boa parte do território e hoje conta com apenas 7% de sua área original, de acordo com dados fornecidos pela organização SOS Mata Atlântica.
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