Romance sonâmbulo
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.
Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.
Mas quem virá? E por onde?...
Ela fica na varanda,
verde carne, tranças verdes,
ela sonha na água amarga.
— Compadre, dou meu cavalo
em troca de sua casa,
o arreio por seu espelho,
a faca por sua manta.
Compadre, venho sangrando
desde as passagens de Cabra.
— Se pudesse, meu mocinho,
esse negócio eu fechava.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Compadre, quero morrer
com decência, em minha cama.
De ferro, se for possível,
e com lençóis de cambraia.
Não vês que enorme ferida
vai de meu peito à garganta?
— Trezentas rosas morenas
traz tua camisa branca.
Ressuma teu sangue e cheira
em redor de tua faixa.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Que eu possa subir ao menos
até às altas varandas.
Que eu possa subir! que o possa
até às verdes varandas.
As balaustradas da lua
por onde retumba a água.
Já sobem os dois compadres
até às altas varandas.
Deixando um rastro de sangue.
Deixando um rastro de lágrimas.
Tremiam pelos telhados
pequenos faróis de lata.
Mil pandeiros de cristal
feriam a madrugada.
Verde que te quero verde,
verde vento, verdes ramas.
Os dois compadres subiram.
O vasto vento deixava
na boca um gosto esquisito
de menta, fel e alfavaca.
— Que é dela, compadre, dize-me
que é de tua filha amarga?
— Quantas vezes te esperou!
Quantas vezes te esperara,
rosto fresco, negras tranças,
aqui na verde varanda!
Sobre a face da cisterna
balançava-se a gitana.
Verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Ponta gelada de lua
sustenta-a por cima da água.
A noite se fez tão íntima
como uma pequena praça.
Lá fora, à porta, golpeando,
guardas-civis na cachaça.
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar.
E o cavalo na montanha.
Federico Garcia Lorca
Devemos cultivar uma responsabilidade universal para o outro e estendê-lo para o planeta que temos para compartilhar. (Dalai Lama)
Estudo defende benefício ambiental do etanol
A produção de etanol à base de cana-de-açúcar tem efeitos benéficos do ponto de vista ambiental, não avança sobre áreas de floresta na Amazônia e não compete de forma significativa com a produção de alimentos, afirma um estudo divulgado nesta segunda-feira pela organização ambientalista WWF-Brasil.
"O estudo conclui que existem benefícios ambientais confirmados e consolidados no que diz respeito à produção de etanol (a partir de cana-de-açúcar)", disse o coordenador do programa de Agricultura e Meio Ambiente da ONG, Luis Fernando Laranja, um dos autores do relatório.
O governo brasileiro defende a produção de etanol e rejeita críticas de que traria riscos ambientais à Amazônia e contribuiria para a atual crise mundial dos alimentos.
"(O estudo) referenda a posição defendida pelo governo brasileiro", disse Laranja, ao ser questionado sobre essa posição.
"Do ponto de vista ambiental, é um bom negócio substituir gasolina por etanol", afirmou.
Conforme Laranja, os benefícios do etanol brasileiro são verificados particularmente na redução de gases causadores do efeito estufa.
Segudo ele, o etanol brasileiro tem um balanço energético mais positivo (ou seja, é mais eficiente) do que, por exemplo, o etanol à base de milho, produzido nos Estados Unidos.
"Mitos"
O estudo do WWF-Brasil analisou o que Laranja definiu como "alguns mitos que envolvem a produção de etanol".
O primeiro seria sobre a eventual expansão de plantações de cana-de-açúcar na Amazônia.
"Não temos risco imediato e real de expansão da produção de cana-de-açúcar na Amazônia. O que existe é irrisório", disse Laranja.
Segundo ele, há em torno de 200 mil hectares de cana-de-açúcar na Amazônia. "Isso não significa nada no universo da Amazônia. Só de pastagens, há 50 milhões de hectares", afirmou.
"O estudo conclui que existem benefícios ambientais confirmados e consolidados no que diz respeito à produção de etanol (a partir de cana-de-açúcar)", disse o coordenador do programa de Agricultura e Meio Ambiente da ONG, Luis Fernando Laranja, um dos autores do relatório.
O governo brasileiro defende a produção de etanol e rejeita críticas de que traria riscos ambientais à Amazônia e contribuiria para a atual crise mundial dos alimentos.
"(O estudo) referenda a posição defendida pelo governo brasileiro", disse Laranja, ao ser questionado sobre essa posição.
"Do ponto de vista ambiental, é um bom negócio substituir gasolina por etanol", afirmou.
Conforme Laranja, os benefícios do etanol brasileiro são verificados particularmente na redução de gases causadores do efeito estufa.
Segudo ele, o etanol brasileiro tem um balanço energético mais positivo (ou seja, é mais eficiente) do que, por exemplo, o etanol à base de milho, produzido nos Estados Unidos.
"Mitos"
O estudo do WWF-Brasil analisou o que Laranja definiu como "alguns mitos que envolvem a produção de etanol".
O primeiro seria sobre a eventual expansão de plantações de cana-de-açúcar na Amazônia.
"Não temos risco imediato e real de expansão da produção de cana-de-açúcar na Amazônia. O que existe é irrisório", disse Laranja.
Segundo ele, há em torno de 200 mil hectares de cana-de-açúcar na Amazônia. "Isso não significa nada no universo da Amazônia. Só de pastagens, há 50 milhões de hectares", afirmou.
PARTICIPANTES DA BLOGAGEM CONTRA O TABAGISMO
1. Dia Mundial sem tabaco - Blogagem coletiva - Andréa Motta2. Todos Contra o Tabagismo - Simoni Boetgger3. Tabaco: Mortal sob qualquer forma! - Du4. Dia Mundial Contra o Tabaco - Erick5. Blogagem Coletiva - Dia Mundial Sem Tabaco - Rô6. Dia Mundial Sem Tabaco!!! - GuGa Flaquer7. Olhos Pretos - Auréola Branca8. Além de câncer, dá trabalho! - Juliana Freitas9. 31 de Maio - Dia Mundial Sem Tabaco! - Jaqueline Amorim (aqui também)10. Blogagem Coletiva - Dia Mundial sem Tabaco - Adri/Dri/Drika11. Livre do cigarro, mas perdi o amigo!!! - Suelly12. Dia Mundial Sem Tabaco - Luci Lacey13. Blogagem Coletiva! - Marlene M.14. Chamada Geral - Participe! - TK Freire15. Dia de blogagem coletiva contra o tabaco! - Juliana Gulka16. Dia Mundial Sem Tabaco, Gambá - BHY17. Blogagem Coletiva - Sérgio18. Blogagem Coletiva - Tânia Defensora19. Blogagem Coletiva: Dia Mundial Sem Tabaco - Lulu on the Sky20. Dia Mundial Sem Tabaco - Fernando MS21. Cigarro - Corta Essa! - Rosamaria22. Blogagem coletiva contra o tabagismo - Juliana Petroni23. [off] Dia Mundial Sem Tabaco - Fabrício24. Dia Mundial Sem Tabaco - 31 de Maio, Blogagem Coletiva - Eliana Alves25. Contra o Tabagismo - Tay...?26. Diga Não ao Tabaco - Maria Helena27. Dia Mundial Sem Tabaco - Cejunior28. A cobra não vai fumar - Hélder, o Míope29. Dia Mundial Sem Tabaco - Denise30. Blogagem Coletiva Contra o Tabagismo - Carol Mendes31. Desabafo: Dia Mundial Sem Tabaco - Gato-do-Mato32. Hoje é o dia mundial sem tacaco! - Gato-do-Mato33. Dia Mundial Sem Tabaco - In pressões34. Blogagem Coletiva: Dia Mundial Sem Tabaco - Pitanga35. Blogosfera Contra o Tabaco - Nana36. Dia Mundial Sem Tabaco - Carol37. Dia Mundial Sem Tabaco - Sweet38. Blogagem Coletiva -Tabagismo - Cristiana Passinato (AQUI também)39. Dia Mundial Sem Tabaco - Makarrão40. Fumar ou não fumar, eis a questão - Georgia41. Dia Mundial Sem Tabaco - Blogagem Coletiva - Ricardo Rayol42. "Dia Mundial Sem Tabaco" - Fernanda43. Blogosfera Contra o Tabagismo - Fabrício Bazé44. Fumar Mata - Ronald45. O triste fim de Bryan Lee Curtis e o cigarro - Rosamaria46. Eu parei!! - *Fer*47. Para a blogagem coletiva proposta pelo Nando Damázio e pela Nana - Dácio Jaegger48. O Gente Sem Saúde tá dentro do movimento Blogosfera Contra o Tabaco - Mírian Martins49. Cigarro: Um suicídio gradual - Wallacy50. Blogagem Coletiva: A vida sem cigarro - Sonia H.51. Vai um cigarrinho? - Dannyel52. Falandro sobre o cigarro... - Adriana53. Blogagem Coletiva - Antitabagismo - Luiz54. Dia Mundial Sem Tabaco - Susanna Martins55. Blogagem Coletiva - Maria Fernanda56. Por trás daquela fumacinha - TK Freire57. Dia Mundial Sem Tabaco - Chicoelho58. Diga não ao tabaco - Carolzita59. Blogagem Coletiva Contra o Tabaco - A Abiose Maringaense60. Coletiva: por um mundo sem tabaco - Célia Rodrigues61. Soberania ou Saúde? - Luma62. Esfumaçada - Laura Lima63. Blogagem Coletiva - Kátia Gomes64. Dia Mundial Sem Tabaco - Blogagem Coletiva - João Bosco65. Pense antes de acender um - Elena Fletcher66. Blogagem Coletiva - Dia Sem Tabaco - Ecclesiae Dei67. Blogagem Coltiva - Dia Mundial Contra o Tabagismo - Suzana Sotero68. Dia Mundial Sem Tabaco II - Lilica69. Eu faço a minha parte! - Lomyne70. A TV influencia! Teremos mulheres de fio dental e camisolinha pelas ruas?! - Carlos Fran71. Dia Mundial Sem Tabaco - Pikenatonta72. Dia Mundial Sem Tabaco! - Flávio Vieira73. Blogagem Coletiva: Por um ar mais respirável e um pulmão mais limpinho! - Radio Positiva (reprodução/Nando Damázio)74. Eca - Bruna75. Destaque: "Dia Mundial Sem Tabaco" - Carlos Pereira76. É proibido fumar - Flávia Sereia77. Fumaça? Atchimmmmmm: Grita o fumante passivo - Jacinta Dantas78. Blogagem Coletiva - Ane79. Blogagem Coletiva: Dia Mundial Sem Tabaco - Adão Braga (aqui também)80. Strange Little Girl - Lorena81. O papo de hojé é sério... - Tetê82. Blogagem Coletiva: 31 de Maio, Dia Mundial Sem Tabaco, "Juventude Livre do Tabaco" - Juca83. Dia Mundial Sem Tabaco: Vamos combater o fumo - Denise Carceroni84. Dia Mundial sem Tabaco - Adelino P. Silva85. Sem Tabaco ! - Eternessências86. Quer experimentar? - Anunciação87. Dia Mundial Sem Tabaco - Dany88. Blogagem Coletiva Contra o Tabagismo - Dany89. Reflexões acerca do Tabagismo - Éverton Vidal90. Blogagem Coletiva: Dia Mundial sem Tabaco - Mel91. Contra o Tabagismo - Blogagem Coletiva - Julio Moraes92. Sou tabagista em abstinência - Elza93. Blogagem Coletiva: Dia Mundial Sem Tabaco - Cidão
94. 31 de Maio - Blogagem Coletiva - Anny95. Dia Mundial Sem Tabaco - Blogagem Coletiva - Regina Ramão96. Blogagem Coletiva / Conta o Tabagismo - Luxuriante97. Blogagem Coletiva Contra o Tabagismo - O dia da Missão - Jackie98. Tabagismo: Problemas Cardiovasculares - Leandro Neres99. Dia Mundial Sem Tabaco - Carlos100. Dia Mundial Sem Tabaco - Blitzkrieg101. Blogagem Coletiva - Neusinha102. Loteria da Saúde - Luiz103. Blogagem Coletiva - Dia Mundial Sem Tabaco - Blogosfera Solidária104. Apague essa idéia - Déia105. Blogosfera Unida Contra o Tabaco - Ivan Grycuk106. Blogagem Coletiva - Mônika Mayer107. Blogagem Coletiva - Dia Mundial Sem Tabaco - Thais108. Dia Mundial Sem Tabaco - Fafi
94. 31 de Maio - Blogagem Coletiva - Anny95. Dia Mundial Sem Tabaco - Blogagem Coletiva - Regina Ramão96. Blogagem Coletiva / Conta o Tabagismo - Luxuriante97. Blogagem Coletiva Contra o Tabagismo - O dia da Missão - Jackie98. Tabagismo: Problemas Cardiovasculares - Leandro Neres99. Dia Mundial Sem Tabaco - Carlos100. Dia Mundial Sem Tabaco - Blitzkrieg101. Blogagem Coletiva - Neusinha102. Loteria da Saúde - Luiz103. Blogagem Coletiva - Dia Mundial Sem Tabaco - Blogosfera Solidária104. Apague essa idéia - Déia105. Blogosfera Unida Contra o Tabaco - Ivan Grycuk106. Blogagem Coletiva - Mônika Mayer107. Blogagem Coletiva - Dia Mundial Sem Tabaco - Thais108. Dia Mundial Sem Tabaco - Fafi
DIA MUNDIAL SEM TABACO
Seria demais repetir aqui os malefícios do tabaco, pois todo fumante sabe, e muitas vezes sente os efeitos nocivos a sua saúde.Eu como ex fumante,sei bem o quanto é inútil esses apelos e de quanto sua saúde é afetada por esse vicio.Gostaria de deixar meu testemunho pessoal, que por causa dele, ja tive que passar por duas revascularizações coronárias e mesmo assim ainda sofro com as sequelas do uso do cigarro.
PARE ENQUANTO É TEMPO
PARE ENQUANTO É TEMPO
Desmatamento descontrolado contribui para aquecimento global
Embora ostentando uma política pró-ambiental, a UE é grande consumidora de madeira extraída ilegalmente. Sem uma mudança de direção, o combate à alteração do clima global se tornará ainda mais difícil.
A União Européia é a maior importadora de madeira do mundo. Segundo a organização ecológica Friends of the Earth, mais da metade da madeira tropical comprada na região provém de fontes ilegais. Por isso, ambientalistas exigem uma lei européia de proteção às matas virgens.
"Os governos da Europa devem garantir que apenas madeira extraída legalmente e proveniente de silvicultura ecológica chegue ao mercado", exige Corinna Hölzel, do Greenpeace. Estudos sobre política ambiental realizados pela Universidade Livre de Berlim mostram que leis ambiciosas geralmente só se tornam realidade quando países corajosos dão o primeiro passo.
A Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos estão preparando novas regulamentações para o comércio madeireiro. Em maio próximo, o comissário do Meio Ambiente da UE, Stavros Dimas, apresentará novos projetos para a regulamentação, uma vez que a atual legislação não é eficiente.
38 campos de futebol destruídos a cada minuto
Na última segunda-feira (14/04), o Greenpeace protestou diante da embaixada brasileira em Berlim contra o desmatamento descontrolado nos trópicos. Segundo estudo da organização, a cada minuto cinco hectares de matas brasileiras são vítimas de serras e queimadas.
Cada hectare queimado libera entre 500 e 1.100 toneladas de dióxido de carbono. Em conseqüência, um quinto das emissões globais de CO2 está vinculado à extinção das florestas. A Rede WWF (antes conhecida como Fundo Mundial para a Natureza) calcula que a cada minuto desaparece, em todo o mundo, uma área equivalente a 38 campos de futebol.
Parte do desmatamento na América do Sul serve à produção energética. A onda do biodiesel na Europa – desencadeada pela diretriz da UE de se elevar a 10% a parcela dos bioocombustíveis – favorece essa destruição.
"A estipulação de porcentagens de biocombustível no diesel leva pura e simplesmente ao desmatamento das florestas amazônicas", acusa Celia Harvey, da ONG Conservation International. Este foi um dos motivos pelos quais o ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, recuou em seus planos relativos ao biocombustível, exigindo agora que só se adotem substâncias provenientes de produção sustentável.
Palavras e ações
"Os políticos alemães gostam de afirmar que a proteção às matas é a melhor proteção ao clima. Contudo não se faz nada", acusa Johannes Zahnen, do WWF. Já em 2003, a Comissão Européia elaborara um plano de ação contra o desmatamento ilegal. Desde então, o órgão fechou acordos com quatro países dos trópicos, porém nada de concreto aconteceu, critica
Segundo Zahnen, o problema central é o comércio ilegal não constar como delito punível. Somente uma lei européia poderá mudar esta situação, além da exigência de um certificado de origem, análogo ao vigente para gêneros alimentícios dentro da UE.
Quase despercebida passa a extinção das florestas virgens na Escandinávia, onde o desmatamento é quase sempre legal. Já na Rússia, no Brasil e no Sudeste Asiático boa parte da madeira é extraída de reservas naturais, sem licenças ou com papéis falsificados.
Em meados de maio, as matas virgens encabeçam a agenda da Conferência da ONU sobre a Biodiversidade (CDB), em Bonn. Esta será uma oportunidade para a política provar o real valor que dá ao tema. Caso os países-membros não consigam se alinhar contra o desflorestamento, o combate à mudança climática global se revelará ainda mais duro do que já é.
A União Européia é a maior importadora de madeira do mundo. Segundo a organização ecológica Friends of the Earth, mais da metade da madeira tropical comprada na região provém de fontes ilegais. Por isso, ambientalistas exigem uma lei européia de proteção às matas virgens.
"Os governos da Europa devem garantir que apenas madeira extraída legalmente e proveniente de silvicultura ecológica chegue ao mercado", exige Corinna Hölzel, do Greenpeace. Estudos sobre política ambiental realizados pela Universidade Livre de Berlim mostram que leis ambiciosas geralmente só se tornam realidade quando países corajosos dão o primeiro passo.
A Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos estão preparando novas regulamentações para o comércio madeireiro. Em maio próximo, o comissário do Meio Ambiente da UE, Stavros Dimas, apresentará novos projetos para a regulamentação, uma vez que a atual legislação não é eficiente.
38 campos de futebol destruídos a cada minuto
Na última segunda-feira (14/04), o Greenpeace protestou diante da embaixada brasileira em Berlim contra o desmatamento descontrolado nos trópicos. Segundo estudo da organização, a cada minuto cinco hectares de matas brasileiras são vítimas de serras e queimadas.
Cada hectare queimado libera entre 500 e 1.100 toneladas de dióxido de carbono. Em conseqüência, um quinto das emissões globais de CO2 está vinculado à extinção das florestas. A Rede WWF (antes conhecida como Fundo Mundial para a Natureza) calcula que a cada minuto desaparece, em todo o mundo, uma área equivalente a 38 campos de futebol.
Parte do desmatamento na América do Sul serve à produção energética. A onda do biodiesel na Europa – desencadeada pela diretriz da UE de se elevar a 10% a parcela dos bioocombustíveis – favorece essa destruição.
"A estipulação de porcentagens de biocombustível no diesel leva pura e simplesmente ao desmatamento das florestas amazônicas", acusa Celia Harvey, da ONG Conservation International. Este foi um dos motivos pelos quais o ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, recuou em seus planos relativos ao biocombustível, exigindo agora que só se adotem substâncias provenientes de produção sustentável.
Palavras e ações
"Os políticos alemães gostam de afirmar que a proteção às matas é a melhor proteção ao clima. Contudo não se faz nada", acusa Johannes Zahnen, do WWF. Já em 2003, a Comissão Européia elaborara um plano de ação contra o desmatamento ilegal. Desde então, o órgão fechou acordos com quatro países dos trópicos, porém nada de concreto aconteceu, critica
Segundo Zahnen, o problema central é o comércio ilegal não constar como delito punível. Somente uma lei européia poderá mudar esta situação, além da exigência de um certificado de origem, análogo ao vigente para gêneros alimentícios dentro da UE.
Quase despercebida passa a extinção das florestas virgens na Escandinávia, onde o desmatamento é quase sempre legal. Já na Rússia, no Brasil e no Sudeste Asiático boa parte da madeira é extraída de reservas naturais, sem licenças ou com papéis falsificados.
Em meados de maio, as matas virgens encabeçam a agenda da Conferência da ONU sobre a Biodiversidade (CDB), em Bonn. Esta será uma oportunidade para a política provar o real valor que dá ao tema. Caso os países-membros não consigam se alinhar contra o desflorestamento, o combate à mudança climática global se revelará ainda mais duro do que já é.
Governador de Roraima acusa ONGs de usar índios para explorar Amazônia
O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), acusou nesta quinta-feira organizações não-governamentais (ONGs) estrangeiras de se aproveitarem da questão indígena para tirar benefício da Amazônia brasileira.
Anchieta, cujo Estado tem 46,24 por cento do território ocupado por demarcações indígenas, afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma política indigenista "caótica, incoerente e irresponsável", que põe em risco a soberania nacional por criar enormes demarcações territoriais para os índios em locais estratégicos.
"O índio brasileiro é apenas coadjuvante. Os atores principais estão atrás de uma cortina de fogo. Eles estão sendo usados como bode expiatório", disse Anchieta, durante seminário no Clube da Aeronáutica do Rio de Janeiro para debater a Amazônia e a soberania nacional.
"Há uma coincidência imensa que essas demarcações aconteçam em áreas com muitas riquezas de ouro e diamantes. Nós temos certeza que não foram os índios que fizeram prospecção", acrescentou.
O governador de Roraima - onde índios da reserva Raposa Serra do Sol entraram em confronto com funcionários de uma fazenda no início do mês - concordou ainda com recente afirmação do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, que criticou a demarcação da reserva por ser localizada numa região de fronteira. Dez índios foram feridos na Fazenda Depósito, de propriedade do prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartieiro (DEM).
Segundo o governador, os conflitos armados na região são de interesse dessas ONGs. "As ONGs estrangeiras querem um cadáver indígena para dizer ao mundo que o Brasil não sabe cuidar dos seus índios", afirmou.
A demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, que foi homologada pelo presidente Lula em 2005, é alvo de disputa entre índios e plantadores de arroz de Roraima. A Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança chegaram a ser enviadas ao local para realizar a retirada de não-índios da região, mas a operação foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Seis grandes plantadores de arroz se recusam a deixar a reserva.
Roraima tem 1.248 quilômetros de fronteira com a Venezuela e 964 quilômetros com a Guiana, país de colonização britânica. Apenas 350 quilômetros da fronteira do Estado não correspondem a territórios indígenas, segundo o governador.
"O índio não atrapalha a soberania, o que atrapalha é a demarcação em áreas contínuas deixando só eles. Tem que se somar a presença do índio e dos não-índios", defendeu o governador.
CONTROLE DA AMAZÔNIA
De acordo com Anchieta, ONGs estrangeiras estariam financiado entidades em Roraima que defendem as reservas indígenas contínuas na Amazônia para não permitir o maior controle brasileiro sobre essas áreas.
"O ministro mandou um exército que se porta lá em Roraima como se nós fossemos Iraque e eles 'mariners'. O Tarso Genro é terrorista", disse Paulo César Quartiero, que passou nove dias presos após o conflito de seus funcionários com índios, acusado de posse de artefatos explosivos em sua fazenda e formação de quadrilha.
De acordo com o prefeito, a área contínua da reserva indígena ocupa 97,4 por cento do território do município.
"Teve gente em Pacaraima que já pediu asilo político na Venezuela."
A decisão do STF sobre as ações que contestam a demarcação da terra indígena deve sair em junho. O governo de Roraima questiona o laudo antropológico utilizado pelo governo federal para a homologação da reserva em área continua.
Anchieta, cujo Estado tem 46,24 por cento do território ocupado por demarcações indígenas, afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma política indigenista "caótica, incoerente e irresponsável", que põe em risco a soberania nacional por criar enormes demarcações territoriais para os índios em locais estratégicos.
"O índio brasileiro é apenas coadjuvante. Os atores principais estão atrás de uma cortina de fogo. Eles estão sendo usados como bode expiatório", disse Anchieta, durante seminário no Clube da Aeronáutica do Rio de Janeiro para debater a Amazônia e a soberania nacional.
"Há uma coincidência imensa que essas demarcações aconteçam em áreas com muitas riquezas de ouro e diamantes. Nós temos certeza que não foram os índios que fizeram prospecção", acrescentou.
O governador de Roraima - onde índios da reserva Raposa Serra do Sol entraram em confronto com funcionários de uma fazenda no início do mês - concordou ainda com recente afirmação do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, que criticou a demarcação da reserva por ser localizada numa região de fronteira. Dez índios foram feridos na Fazenda Depósito, de propriedade do prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartieiro (DEM).
Segundo o governador, os conflitos armados na região são de interesse dessas ONGs. "As ONGs estrangeiras querem um cadáver indígena para dizer ao mundo que o Brasil não sabe cuidar dos seus índios", afirmou.
A demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, que foi homologada pelo presidente Lula em 2005, é alvo de disputa entre índios e plantadores de arroz de Roraima. A Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança chegaram a ser enviadas ao local para realizar a retirada de não-índios da região, mas a operação foi suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Seis grandes plantadores de arroz se recusam a deixar a reserva.
Roraima tem 1.248 quilômetros de fronteira com a Venezuela e 964 quilômetros com a Guiana, país de colonização britânica. Apenas 350 quilômetros da fronteira do Estado não correspondem a territórios indígenas, segundo o governador.
"O índio não atrapalha a soberania, o que atrapalha é a demarcação em áreas contínuas deixando só eles. Tem que se somar a presença do índio e dos não-índios", defendeu o governador.
CONTROLE DA AMAZÔNIA
De acordo com Anchieta, ONGs estrangeiras estariam financiado entidades em Roraima que defendem as reservas indígenas contínuas na Amazônia para não permitir o maior controle brasileiro sobre essas áreas.
"O ministro mandou um exército que se porta lá em Roraima como se nós fossemos Iraque e eles 'mariners'. O Tarso Genro é terrorista", disse Paulo César Quartiero, que passou nove dias presos após o conflito de seus funcionários com índios, acusado de posse de artefatos explosivos em sua fazenda e formação de quadrilha.
De acordo com o prefeito, a área contínua da reserva indígena ocupa 97,4 por cento do território do município.
"Teve gente em Pacaraima que já pediu asilo político na Venezuela."
A decisão do STF sobre as ações que contestam a demarcação da terra indígena deve sair em junho. O governo de Roraima questiona o laudo antropológico utilizado pelo governo federal para a homologação da reserva em área continua.
Carros movidos a óleo de cozinha
Um grupo de aventureiros irá atravessar a Europa em 30 carros usando como combustível apenas óleo de cozinha usado em restaurantes e lanchonetes que encontrarem no trajeto.
O projeto FatFinding (ou Caçadores de Gordura) contará com 30 grupos de motoristas. As equipes sairão de Londres no dia 16 de agosto e irão seguir até a Grécia em um percurso de 3 mil quilômetros a ser realizado durante duas semanas.
Segundo o idealizador do projeto, Andy Pag, que já viajou de Londres a Timbuktu em um automóvel movido a base de chocolate, o objetivo é identificar se o uso de óleo vegetal reciclado é viável para ser utilizado como combustível em longa distância.
"A intenção é verificar se o uso do óleo é possível e praticável em viagens longas e rir um pouco no caminho", afirmou Pag.
Ele explica que as equipes poderão, em emergências, recorrer ao biocombustível e comprar óleo de cozinha em supermercados, caso seja necessário. No entanto, o principal combustível da viagem deverá ser óleo reciclado de restaurantes e lanchonetes encontrados no trajeto.
"Será difícil explicar para um dono de uma lanchonete na Croácia que queremos a gordura do estabelecimento dele", brinca um dos organizadores.
De acordo com Pag, não é necessário converter os motores a diesel para usar biocombustíveis. Segundo ele, a maioria dos motores comportam a mistura de óleo vegetal com combustível comum.
"As equipes não precisam converter seus motores, mas se fizerem, será mais fácil evitar o uso de combustíveis fósseis completamente durante a viagem.
O projeto FatFinding (ou Caçadores de Gordura) contará com 30 grupos de motoristas. As equipes sairão de Londres no dia 16 de agosto e irão seguir até a Grécia em um percurso de 3 mil quilômetros a ser realizado durante duas semanas.
Segundo o idealizador do projeto, Andy Pag, que já viajou de Londres a Timbuktu em um automóvel movido a base de chocolate, o objetivo é identificar se o uso de óleo vegetal reciclado é viável para ser utilizado como combustível em longa distância.
"A intenção é verificar se o uso do óleo é possível e praticável em viagens longas e rir um pouco no caminho", afirmou Pag.
Ele explica que as equipes poderão, em emergências, recorrer ao biocombustível e comprar óleo de cozinha em supermercados, caso seja necessário. No entanto, o principal combustível da viagem deverá ser óleo reciclado de restaurantes e lanchonetes encontrados no trajeto.
"Será difícil explicar para um dono de uma lanchonete na Croácia que queremos a gordura do estabelecimento dele", brinca um dos organizadores.
De acordo com Pag, não é necessário converter os motores a diesel para usar biocombustíveis. Segundo ele, a maioria dos motores comportam a mistura de óleo vegetal com combustível comum.
"As equipes não precisam converter seus motores, mas se fizerem, será mais fácil evitar o uso de combustíveis fósseis completamente durante a viagem.
Incra: vai impôr limites de terras para estrangeiros
Uma medida em estudo pelo governo federal poderá impor limites à aquisição de terras por empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro. o Instituito Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) deverá receber até a próxima semana parecer da Advocacia Geral da União (AGU) que estabelecerá o limite – que deve entrar em vigor em todo o território nacional em seguida.
O alvo do governo é a Amazônia. Lá, dos 5,5 milhões de hectares cadastrados no Incra, 3,1 milhões (55% do total) estão em nome de pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras. O número pode ser maior, já que o comprador não é obrigado a declarar sua nacionalidade no ato do registro. “É preciso estabelecer regras urgentes porque há uma disputa mundial pelas terras brasileiras", argumentou o presidente do Incra, Rolf Hackbart, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Histórico - Desde 1998, o Incra mantém mecanismos legais para controlar apenas a compra de imóveis rurais por empresas sem sede ou pessoas físicas não residentes no país. O parecer da AGU daquele ano eliminou a necessidade de autorizar a compra de imóveis rurais por empresas de estrangeiros com sede no país.
A intenção era preencher lacunas criadas com o fim da diferença na Constituição entre as empresas nacionais de capital estrangeiro e de capital brasileiro. A revisão do parecer de 1998 é feita desde o ano passado pela AGU.
A compra de terras por estrangeiros poderá ser dificultada de duas formas. A primeira é fazer valer o parecer mais antigo, de 1971, que prevê que estrangeiros não podem comprar mais de 25% das terras de um só município. A segunda forma seria alegar que, apesar das mudanças na Constituição, permanecem inalterados os artigos que impõem às empresas controladas por capital estrangeiro as mesmas restrições das pessoas jurídicas e físicas residentes no exterior.
O alvo do governo é a Amazônia. Lá, dos 5,5 milhões de hectares cadastrados no Incra, 3,1 milhões (55% do total) estão em nome de pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras. O número pode ser maior, já que o comprador não é obrigado a declarar sua nacionalidade no ato do registro. “É preciso estabelecer regras urgentes porque há uma disputa mundial pelas terras brasileiras", argumentou o presidente do Incra, Rolf Hackbart, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Histórico - Desde 1998, o Incra mantém mecanismos legais para controlar apenas a compra de imóveis rurais por empresas sem sede ou pessoas físicas não residentes no país. O parecer da AGU daquele ano eliminou a necessidade de autorizar a compra de imóveis rurais por empresas de estrangeiros com sede no país.
A intenção era preencher lacunas criadas com o fim da diferença na Constituição entre as empresas nacionais de capital estrangeiro e de capital brasileiro. A revisão do parecer de 1998 é feita desde o ano passado pela AGU.
A compra de terras por estrangeiros poderá ser dificultada de duas formas. A primeira é fazer valer o parecer mais antigo, de 1971, que prevê que estrangeiros não podem comprar mais de 25% das terras de um só município. A segunda forma seria alegar que, apesar das mudanças na Constituição, permanecem inalterados os artigos que impõem às empresas controladas por capital estrangeiro as mesmas restrições das pessoas jurídicas e físicas residentes no exterior.
Rachaduras no gelo do Ártico
Uma expedição organizada por militares do Canadá no norte do país descobriu uma série de grandes rachaduras no gelo do Ártico, reforçando a preocupação dos cientistas com os efeitos do aquecimento global.
A expedição encontrou as rachaduras distribuídas em uma área de 16 km em uma região de gelo chamada Ward Hunt.
Um dos cientistas que participou da expedição, Derek Mueller, disse ter ficado “desconcertado” com a descoberta.
“Elas (as rachaduras) significam que a camada de gelo está se desintegrando, os pedaços estão unidos como um quebra-cabeças, mas podem se separar e sair flutuando”, disse o estudioso da Trent University, da Província canadense de Ontário.
Outro cientista, Luke Copland, da Universidade de Ottawa, disse que as novas rachaduras ecoam as mudanças que vêm ocorrendo no Ártico.
“Estamos testemunhando mudanças bastante dramáticas, da diminuição dos glaciares ao derretimento do mar de gelo (no Ártico)”, explicou.
“Nós tivemos um mar de gelo (no Ártico) 23% menor no ano passado em relação ao que costumávamos ter, e o que está acontecendo nos glaciares é parte desse fenômeno.”
Verão
Depois do derretimento recorde no ano passado, os cientistas estão agora na expectativa quanto ao que acontecerá no Ártico neste verão no hemisfério norte (inverno no Brasil).
Embora o alcance máximo da camada de gelo na região tenha sido um pouco maior neste inverno do que no ano passado, sua área ainda foi menor do que a média.
Ao contrário do que acontece na região do pólo sul, onde o gelo cresce sobre a terra do Continente Antártico, boa parte do gelo do ártico se forma no mar.
As rápidas mudanças no Ártico estimularam a retomada da disputa entre os diversos países que reclamam soberania pela região.
A expedição canadense foi apelidada de “patrulha de soberania” e incluía snowmobiles (veículos para locomoção na neve) com bandeiras canadenses.
Materiais de construção reciclados geram produto de alto valor agregado
Um projeto multidisciplinar desenvolvido na Escola Politécnica (Poli) da USP deu origem a um método inovador para a produção de areia e rochas britadas de alto desempenho mecânico.
Os produtos foram extraídos do entulho produzido na construção civil que, normalmente, ou é reciclado por usinas para gerar produtos de baixo valor agregado ou vai parar em aterros sem qualquer tipo de reúso.
Concreto estrutural
Segundo os coordenadores do estudo que gerou a inovação, Vanderley John, professor do departamento de Engenharia de Construção Civil, e Carina Ulsen, pesquisadora do Laboratório de Caracterização Tecnológica, a melhor destinação da areia e da brita geradas pelo processo é o uso em concreto estrutural para construção de casas e edifícios, com exceção da aplicação em pontes.
"A areia e a brita desenvolvidas pelo estudo, cujos resultados foram obtidos pela união de conhecimentos de duas grandes áreas da Poli, as engenharias civil e de minas, podem ser utilizadas em construções que necessitam de um desempenho mecânico maior que 25 megapascal - o índice mínimo de resistência do concreto estrutural exigido pelas normas técnicas", disse Carina Ulsen à Agência FAPESP.
Reciclagem de entulho
Para o beneficiamento do entulho, os resíduos foram separados de acordo com características físicas e químicas. A validação do método foi realizada com diferentes tipos de resíduos, cujas amostras foram coletadas em aterros de São Paulo, Rio de Janeiro, Macaé (RJ) e Maceió (AL).
"Infelizmente, ainda não podemos entrar em detalhes sobre as técnicas de beneficiamento mineral utilizadas. Os resultados, sobretudo os obtidos com a areia, que também poderá ser usada em argamassas para acabamentos finos, ainda são muito recentes e o processo ainda não foi patenteado", explica Carina.
Areia e brita de primeira qualidade
A pesquisadora garante, no entanto, que a areia e a brita geradas pelo estudo têm características superiores ao agregado reciclado, atualmente empregado na pavimentação de ruas e estradas, que é produzido por usinas de reciclagem no país. "Essas indústrias normalmente trituram grandes blocos de concreto, gerados quando uma edificação é demolida, para chegar a uma granulometria adequada para a pavimentação."
"Com o novo processo, temos condições de beneficiar tanto as sobras da construção civil como os blocos de demolição, apontando, em porcentagens, a quantidade do produto final, que é de baixa porosidade e poderá ser utilizado para a produção de concreto estrutural", disse.
Resíduos da construção civil e demolição
Segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), são gerados cerca de 70 milhões de toneladas por ano de resíduos da construção civil e da demolição. "Estima-se que menos de 20% desse volume seja hoje reciclado", disse Carina.
O trabalho, realizado em parceria com pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi desenvolvido com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).
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