Devemos cultivar uma responsabilidade universal para o outro e estendê-lo para o planeta que temos para compartilhar. (Dalai Lama)
Destruição do meio ambiente levam animais para centros urbanos, dizem especialistas
Para Moreira, o homem tem avançado e destruído os ambientes naturais desses e de outros animais. “Temos visto também o aparecimento de grandes felinos nas cidades. Isso acontece, tanto no caso das cobras como no caso de quaisquer outros animais, porque, em uma medida de emergência, as espécies vão procurar alimento nos conglomerados urbanos”, explica.
Segundo o biólogo Fausto Barbo, do Instituto Butantan, que realiza um trabalho de doutorado da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre serpentes no meio urbano, algumas espécies de cobras podem se adaptar melhor do que outras ao meio urbano, como é o caso da falsa coral, da dormideira e da jararaca, em São Paulo.
Ainda de acordo com ele, não só o desmatamento pode trazer as cobras para as cidades. Outra possibilidade é que a cobra seja trazida de uma zona rural, como aconteceu na segunda-feira (31), em Belo Horizonte (MG), quando o dono de um veículo trouxe um filhote de cascavel em seu carro, sem saber, depois de uma pescaria. “Algumas cobras que chegam ao Instituto Butantan, por exemplo, vêm do Ceasa, nos caminhões de frutas e verduras”, afirma.
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Caso encontre uma cobra em casa, Barbo aconselha que, antes de se aproximar do animal, o morador calce uma bota com cano alto, para evitar prejuízos em caso de ataque. Além disso, a orientação do biólogo é para jamais colocar a mão no animal.
Para transportar a cobra ao Instituto Butantan ou à instituição responsável em cada cidade, caixas de madeira ou recipientes em vidro podem ser utilizados.
Vale destacar que é importante não usar procedimentos caseiros em caso de acidente. "É preciso ir direto a um hospital", completa.
Conservar a Amazônia faz toda a diferença
Resultados de pesquisas realizadas no âmbito do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) reforçam a hipótese de que manter a floresta em pé faz toda a diferença. Na Amazônia, as árvores estariam “engordando” e consumindo maior quantidade de dióxido de carbono do que emitindo, anulando os efeitos das queimadas na região, responsáveis pela emissão de grandes quantidades do gás para a atmosfera.
Segundo pesquisadores, ao absorver carbono em excesso, usando o gás para crescimento, a própria floresta estaria limpando da atmosfera gases resultantes da queima de florestas e de combustíveis fósseis que contribuem para o aquecimento global.
Esse cenário, obtido a partir de dados da Rede Amazônica de Inventários e Levantamentos Florestais (Rainfor), desafia a teoria mais clássica da ecologia, sobre o clímax ecológico, de que um ecossistema maduro está em permanente equilíbrio, portanto, com biomassa constante. “Por aqui, dizemos que estamos revisitando a teoria do clímax”, disse Flávio Luizão, especialista em ecologia de ecossistemas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa).
As primeiras indicações desse novo cenário foram percebidas há cerca de dez anos, a partir de dados obtidos em torres metálicas de medição de fluxos de carbono do LBA em Rondônia e em Manaus hoje, são 16 torres instaladas em áreas variadas da Amazônia brasileira. “Quando percebemos que a floresta estava consumindo mais carbono do que emitindo, começamos a questionar o que ela fazia com esse excedente”, explicou.
A inquietação levou grupos de pesquisadores do LBA, ligados ao Rainfor, à verificação de dados de biometria, medindo a mortalidade e o crescimento de árvores em múltiplos sítios experimentais do experimento, incluindo reservas do Inpa, como as vicinais ZF2 e ZF3, ambas no Amazonas. “Os resultados mostraram que, na região de Manaus, a floresta estava crescendo e bastante”, afirmou Luizão.
Segundo o pesquisador, após alguns ajustes metodológicos e muitas medições, com a constatação de que em algumas áreas da Amazônia a floresta cresce mais do que em outras e que há áreas de floresta que não crescem nada ou até diminuem sua biomassa, foi confirmada a expectativa de que na região como um todo a floresta está crescendo a cada ano e seqüestrando carbono da atmosfera.
Essa conclusão, somada aos resultados do LBA indicando que a floresta tem papel determinante na produção de nuvens e chuvas para todo o continente, reforça a necessidade da valoração dos serviços ambientais prestados pela floresta, inclusive como estratégia para frear o desmatamento.
Entretanto, de acordo com o pesquisador do Inpa, existem limites para as quantidades de carbono que a floresta pode absorver para crescimento, o que torna a criação de mecanismos de conservação tão emergencial. “Percebemos avanços na política ambiental, mas ainda há resistência de alguns setores em aceitar a floresta em pé como prestadora de serviços ambientais, com medidas recompensadoras financeiramente”, avaliou, ressaltando que o crescimento da floresta no chamado “arco de desmatamento” é menor do que em outras áreas da Amazônia.
Pedaço de uma peça de metal cai do espaço perto de operário na Bélgica
Esta peça acima caiu do espaço a menos de 15 dias
Um fragmento muito quente de metal de cerca de cinco quilos, possivelmente vindo do espaço, caiu hoje a poucos metros de um operário de uma siderúrgica belga, que saiu ileso, informou a rede privada de televisão "VTM".
Devido à alta temperatura que tinha ao cair, o objeto deve ter vindo de uma grande altura e proceder de um satélite ou de um avião, estimam os bombeiros da localidade de Bree, no nordeste da Bélgica, onde fica a siderúrgica.
As autoridades estão analisando o objeto para descobrir se é radioativo.
Saiba mais : Lixo Espacial
Invasão de caramujos,africanos em Bauru
Agora os moradores de Bauru, no interior de SP, terão que jogar os caramujos no lixo.Campanha da prefeitura no ano passado recolheu mais de 3 toneladas de animais.
A Prefeitura de Bauru, a 343 km de São Paulo, decidiu mudar de estratégia para combater a invasão de caramujos africanos (Achatina fulica) na cidade. Agora os moradores do município terão que jogar os caramujos no lixo. Os animais serão recolhidos pelo caminhão de lixo e despejados no aterro sanitário de Bauru. O caramujo africano é uma praga que atinge todo o país desde os anos 80. “Em Bauru, a situação ficou comprometedora há uns quatro anos, quando começou a ser feito o controle”, informou o Secretário do Meio Ambiente da cidade, Rodrigo Agostinho. Os moradores de Bauru são aconselhados a recolher os animais com luvas ou algum outro objeto que não permita o contato direto com o caramujo e a colocá-los em sacos de lixo fechados. Os sacos com os animais serão retirados pelos lixeiros juntamente com o resto do lixo produzido pelos moradores. Segundo a analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jury Seino, a medida só tem efeito caso o animal seja morto antes de ser recolhido pelo caminhão de lixo. “Se ele (o caramujo) for mantido vivo dentro do saco pode escapar e acabar se reproduzindo no próprio aterro sanitário em que for despejado”, alerta Jury.
De acordo com a norma antiga, a prefeitura mantinha centros de recolhimento dos animais, onde os moradores da cidade podiam levar os caramujos, que eram sacrificados no local. Porém, segundo Agostinho, a população não levava os animais aos centros, por isso o combate à praga era ineficiente.
No ano passado, a prefeitura chegou a organizar uma campanha de recolhimento dos caramujos, chamada de Dia “C”. Na ocasião foram encontrados mais de três toneladas de animais.
Chegada ao país
O caramujo africano foi introduzido no Brasil como alternativa alimentar em substituição ao scargot, mas não se mostrou viável ao consumo. Dessa forma, os produtores descartaram inadequadamente o animal, que encontrou no país condições de sobrevivência pela inexistência de predadores naturais.
Os adultos da espécie podem atingir mais de 20 centímetros de comprimento de concha e mais de 200 gramas de peso total. O caramujo já foi considerado praga agrícola nos Estados Unidos e na Austrália.
Extinção de mamutes devido às mudanças climáticas pode explicar riscos atuais
A extinção dos mamutes há mais de 3.500 anos pela ação humana junto com as mudanças climáticas pode ajudar a explicar os riscos do aquecimento global para outras espécies, diz um estudo realizado pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e o Centro de Pesquisas sobre a Evolução Humana, ambos da Espanha, e o Imperial College de Londres.
O estudo sobre os mamutes demonstra que mudanças climáticas iniciadas há 21.000 anos tiveram impacto negativo sobre esses animais, que habitaram a Europa e o Alasca, e depois "o homem veio a dar o tiro de misericórdia na espécie" há 3.500 anos, segundo David Nogues-Bravo, um dos autores do estudo que foi publicado na revista Public Library of Science, com sede na Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Essa teoria reúne as duas principais hipóteses utilizadas até agora para explicar a extinção desses gigantes.
Para o estudo, os pesquisadores recriaram um "nicho climático" (as condições climáticas em que podem viver uma espécie) dos mamutes em três períodos - há 42.000 anos, há 30.000 anos e há 21.000 anos.
Posteriormente, projetaram as características climáticas em que a espécie vive no momento em que se extinguiu, concluindo que o clima mais quente reduziu as estepes e as zonas árticas em que vivia esse animal a umas poucas zonas.
Presos em área menores, o homem os caçou até a extinção, segundo essa teoria.
Os humanos que habitavam a Europa há 126.000 anos não tinham a capacidade de migrar para o norte, mas "os humanos que chegaram à Europa há 40.000 anos (antepassados diretos do ser humano atual) eram sim capazes de colonizar o norte da Eurásia, perseguir os mamutes até seu último refúgio e acabar com eles", afirma o espanhol Jesús Rodríguez, que participou do estudo.
Lixo espacial
Conferência abre dois anos de negociações sobre o clima para um dos acordos mais complexos da História
Reunidos pela primeira vez desde as negociações de Dezembro na ilha indonésia de Bali, 1100 representantes de, pelo menos, 164 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas têm cinco dias para atenuar as divergências sentidas na última conferência.
Não são esperadas grandes decisões em Banguecoque, uma vez que as negociações servirão apenas para estabelecer um calendário para futuras discussões que vão culminar numa conferência da ONU em Copenhaga, no final deste ano.
Numa mensagem vídeo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou aos delegados em Banguecoque para serem “ambiciosos” nos seus objectivos e para trabalharem “duramente” e em conjunto para salvar o planeta dos efeitos potencialmente devastadores das alterações climáticas.
“Estão reunidos para lançar um processo de discussões que vai alterar o curso da História”, disse Ban Ki-moon, lembranque que Banguecoque representa “o ponto de partida de uma intensa negociação de dois anos”.
A reunião na Tailândia visa criar as bases de um plano de acção global para reduzir as emissões poluentes, integrando os países industrializados e em desenvolvimento, com o objectivo de concluir até ao final de 2009 um acordo sucessor do Protocolo de Quioto, que termina em 2012.
Falando aos jornalistas, Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção Quadro da ONU, disse que os negociadores têm perante si uma “tarefa impressionante”, tendo em conta os interesses contraditórios em jogo.
A comunidade internacional tem menos de dois anos para elaborar “aquilo que poderá vir a ser um dos acordos internacionais mais complexos da História”.
“Haverá vencedores e vencidos. Mas é evidente que se não agirmos, seremos todos vencidos”, advertiu Yvo de Boer.
Ainda que os países ricos e pobres estejam de acordo para lutar contra o sobre-aquecimento global, divergem sobre à forma como o vão fazer. Os Estados Unidos, único grande país industrializado que não ratificou Quioto, quer que as economias emergentes – como o Brasil, Índia e China – sejam obrigados a reduzir as suas emissões. A União Europeia considera que cada às nações industrializadas assumir a liderança destes esforços.
Sob pressão de Washington, Bali não incluiu objectivos específicos.
Cidades apagam as luzes para alertar sobre mudanças do clima
Hoje dia 29 de março, quem se importa com o planeta vai desligar as luzes por uma hora, das 20h às 21h. A iniciativa chama-se Earth Hour e é uma idéia do WWF-Austrália, que já realiza este movimento desde o ano passado. O objetivo da ação é aumentar a consciência sobre mudanças climáticas e demonstrar como indivíduos, trabalhando juntos, podem fazer a diferença na luta contra este tema global. Oficialmente, a Rede WWF está apoiando o Earth Hour em mais de 20 cidades e cinco países da Rede. Essas cidades já se juntaram: Atlanta, São Francisco, Fênix, Chicago )EUA) Bangcoc (Tailândia), Ottawa, Vancouver, Montreal, Toronto (Canadá), Dublin, (Reino Unido), Sydney, Perth, Melbourne, Canberra, Brisbane, Adelaide (Austrália), Copenhagen, Aarhus, Aalborg, Odense, Manila (Filipinas), Suva (Fiji), Tel Aviv (Israel) e Christchurch (Nova Zelândia).Quem quiser assinar o compromisso de apagar as luzes em nome do combate às mudanças climáticas, pode clicar no link www.earthhour.org/sign-up.
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