Arte chama a atenção para poluição no rio Tiete


O artista, que em 2004 colocou, sem autorização, uma âncora no barco do Monumento às Bandeiras, inaugura nesta quarta-feira seu trabalho mais recente e impactante, formado por 20 esculturas de garrafas de 10 metros, espalhadas em 1,5 km das margens do rio Tietê, da ponte do Limão à da Casa Verde.

Outros projetos inéditos de Srur prometem chamar a atenção dos paulistanos, incluindo uma intervenção no Masp e a instalação de salva-vidas em 15 monumentos públicos, como a estátua de Borba Gato, na zona sul da cidade.

As esculturas infláveis do Tietê, que serão iluminadas por dentro das 18h às 21h até fim de maio, imitam as garrafas de plástico conhecidas como "pet" e que são facilmente detectadas no meio dos lixos e resíduos da superfície do rio.

Srur passou 15 meses visitando as margens do Tietê para realizar esta nova intervenção, um desdobramento de sua obra no rio Pinheiros de 2006, quando levou para as águas poluídas 100 caiaques e 150 manequins.

"Resolvi dar continuidade a essa questão da poluição dos rios da nossa cidade, da falta de consciência da população", disse o artista à Reuters, ao lado de uma garrafa gigante.

"A cidade nasceu e se desenvolveu em função do rio Tietê. E a gente recompensou matando o rio", disse. "São espaços urbanos óbvios, só que ninguém vê."

As obras foram feitas de PVC e trama de nylon e são sustentadas cada uma por uma plataforma de 2.000 garrafas pet de dois litros, que farão as esculturas boiarem no caso do nível das águas do rio
subir com as chuvas.

fonte : Eduardo Srur

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