Como salvar o Ártico do degelo


Uma redução de 70% das emissões dos gases causadores de efeito estufa e, sobretudo, do CO2, no século XXI, seria suficiente para salvar as geleiras do Ártico e evitar as consequências mais desastrosas do aquecimento global, revela um estudo divulgado nesta terça-feira.
Com isso, o aquecimento no Ártico seria reduzido quase pela metade, ajudando a preservar a pesca e as populações de pássaros marinhos e de animais polares, como os ursos brancos, em especial, no norte do Mar de Bering, avaliam os pesquisadores.

Embora a temperatura vá continuar a aumentar, os aspectos potencialmente mais perigosos da mudança climática - como o derretimento da calota polar, a redução do permafrost e a elevação do nível dos oceanos - poderão ser evitados, em parte, explica o principal autor do estudo, Warren Washington, pesquisador no National Center for Atmospheric Research (NCAR).

A pesquisa, financiada pelo Departamento americano de Energia, será publicada na semana que vem nas Geophysical Research Letters.

"Esses trabalhos mostram que nós não podemos mais evitar um aquecimento significativo do planeta no século XXI", ressalta Washington, que se baseou em vários modelos informáticos.

"Mas se o mundo conseguir reduzir as emissões dos gases que causam o efeito estufa nessa proporção (70%), poderíamos estabilizar a ameaça apresentada pela mudança climática e evitar uma catástrofe", insiste.

A temperatura média do globo subiu quase 1°C desde a Era pré-industrial (meados do século XIX). Esse aquecimento resulta, principalmente, dessas emissões e, de forma mais específica, do dióxido de carbono (CO2), lembra o trabalho.

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