Vai custar R$ 350 milhões para o novo mapeamanto na Amazônia

Cerca de R$ 350 milhões serão investidos pelo governo brasileiro nos próximos cinco anos para atualizar e concluir o mapeamento terrestre, geológico e náutico da região amazônica. Os recursos vão viabilizar a implementação do Projeto Cartografia da Amazônia, que será coordenado e executado pelo Centro Gestor e Operacional da Amazônia (Censipam), em parceria com o Exército, Marinha, Aeronáutica e Ministério das Minas e Energia. O projeto foi lançado ontem (10), em Manaus, durante solenidade realizada para abertura da 4ª Feira Internacional da Amazônia (Fiam).

Segundo a direção do Censipam, o Projeto Cartografia da Amazônia irá contribuir para o planejamento e a execução de projetos de infra-estrutura para a região, incluindo obras como a construção de rodovias e hidrelétricas, bem como para a demarcação de áreas de assentamentos e de mineração e para o agronegócio e a elaboração de zoneamento ecológico, entre outros.

As informações fruto desse projeto também servirão para conhecimento da região e para a geração de dados que possam ser utilizados no monitoramento de segurança e defesa nacional, com atenção especial para as áreas de fronteira. Além disso, a atualização do mapeamento náutico da região, por exemplo, deve garantir mais segurança navegação local e ao volume de produtos transportados nas hidrovias da Amazônia.

Na avaliação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o projeto vai pôr fim aos vazios do mapeamento e da cobertura da Amazônia. "Esses recursos vão permitir que o país tome conhecimento dessa área que não está mapeada e que mede 1,79 milhão de quilômetros quadrados. Com certeza isso vai garantir não só projetos de infra-estrutura, mas também o desenvolvimento e o monitoramento dessa região", destacou a ministra durante a solenidade.

Do total de recursos que serão aplicados no projeto, R$ 85,4 milhões serão destinados a investimentos como a modernização dos sistemas de aquisição e processamento de dados de aeronaves especializadas em sensoriamento remoto; software e hardware para o tratamento e processamento dos dados e imagens; capacitação de recursos humanos; e para a construção de cinco navios hidrográficos para realizar o mapeamento náutico.

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, a previsão é que o Projeto Cartografia da Amazônia seja concluído em 2012. Atualmente, dos 5,2 milhões de quilômetros quadrados que a Amazônia possui, aproximadamente 34,6% não dispõem de informações sobre seu mapeamento terrestre.

3 comentários:

Anônimo disse...

Chico Coelho, não é ser pessimista, mas você não acha que num futuro que esperamos esteja bem longe a necessidade mundial de recursos naturais não tornará a "nossa" Amazônia uma área internacional? Estaríamos diante daquela velha questão: aceita uma internacionalização ou sucumbiremos todos.
Grande abraço, uma ótima semana.

Francisco Coelho disse...

Caro Adelino
Não e pessimismo mas a Amazonia de uma certa manira ja esta internacionalizada.Caso vc se interesse ja postei uma materia sobre esse assunto
http://ajudandonatureza.blogspot.com/2008/06/na-verdade-amaznia-ja-esta.html

Abraços

Anônimo disse...

Chico Coelho, vou ler com atenção. Acho este assunto muito bom. Já morei por dois anos em Belém, PA, e sei como a Amazônia é fantástica sob todos os aspectos.
Grande abraço, e mais uma vez, meus parabéns pelo seu blog.

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