Sem surpresas o final da reunião do G8

REUNIÃO TERMINA SEM QUALQUER MEDIDA PRÁTICA - G8 lava as mãos

Sapporo, Japão - Sem propostas efetivas para minorar o aquecimento global, evitar uma escalada inflacionária no mundo e uma crise sem precedentes na área de alimentos e energia, a reunião de cúpula do G8, que reúne os países mais poderosos do mundo, terminou com um estoque de documentos que muito pouco acrescentou aos debates sobre desafios atuais.
Apesar de confrontados pelos números apresentados pelo Brasil sobre poluição nos países desenvolvidos e da cobrança feita pelo G5 de uma ação efetiva contra a especulação nos mercados de commodities, o G8 se esquivou de qualquer medida prática.

O grupo decidiu não adotar, neste momento, a meta de corte de 50% nas emissões de gases do efeito estufa até 2050. A definição desse objetivo, alertou o G8 em um documento sobre a mudança climática, dependerá da concordância dos membros das Nações Unidas em assumir metas similares - especialmente a China e a Índia.

Os países emergentes não concordam com essa proposta, pois defendem que os países ricos - os maiores poluidores - arquem com o passivo que acumularam em séculos de desenvolvimento.


Isolados na ilha


No auge do verão no Hemisfério Norte, o encontro deste ano reuniu 22 chefes de Estado, incluindo os convidados, em uma estação de esqui às margens do Lago Toya, na ilha de Hokkaido.

O local atendeu perfeitamente à obsessão do G8 (Japão, EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Rússia) por segurança e distância das manifestações de organizações não-governamentais e da imprensa mundial. Os protestos ficaram restritos a cidades mais de 100 quilômetros distantes da estação de esqui, protegida por um contingente de 20 mil policiais.

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