Reunião da ONU discute aquecimento global em Mônaco

Para tentar provar que investir em um meio ambiente sustentável pode ser um grande negócio, a Organização das Nações Unidas (ONU) reúne entre hoje e sexta-feira, em Mônaco, ministros de Estado, cientistas, ambientalistas e empresários de mais de cem países. A conferência Mobilizando Finanças contra o Aquecimento Global, a maior já patrocinada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnue) desde a Conferência do Clima, em Bali, em dezembro, vai tentar traçar o custo financeiro daquela que vem sendo chamada ?low carbon society?.

A idéia da sociedade de ?economia verde? ganhou impulso desde a realização do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), no ano passado. De acordo com a comunidade científica, os governos precisarão gastar entre 0,2% e 3% do PIB mundial para estabilizar as emissões de gases causadores do aquecimento global até 2030 - algo entre US$ 44,6 bilhões e US$ 89,2 bilhões por ano, segundo números do Banco Mundial.

O raciocínio da conferência é demonstrar que reduzir emissões de gás carbônico, controlar o uso de poluentes químicos e investir em energias renováveis é, mais do que uma proposta ambientalista, uma oportunidade de negócios. ?Bilhões de dólares estão sendo investidos em fontes renováveis de energia e centenas de instituições com orçamento de trilhões de dólares estão endossando investimentos que refletem as preocupações governamentais e sociais?, diz Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU. O Brasil será representado pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.

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