«Economia de baixo carbono» no Reino Unido



O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, definiu hoje várias metas para construir uma «economia de baixo carbono» no Reino Unido, anunciando projectos de lei que impõem a redução da poluição e o uso de energias renováveis.

Embora parte destes objectivos já fosse conhecida, alguns foram clarificados hoje por Gordon Brown, num discurso sobre as alterações climáticas na associação de imprensa estrangeira, em Londres.

Até 2050, o governo britânico pretende reduzir as emissões de dióxido de carbono em pelo menos 60 por cento, ou seja, passar das 654 milhões de toneladas/ano que produz actualmente para entre 155 e 310 milhões de toneladas de dióxido de carbono/ano.

Na área da energia, o governo comprometeu-se a aumentar o uso de energia de fontes renováveis para 20 por cento até 2020, o que significa multiplicar por dez a actual situação, em que apenas dois por cento da energia é gerada por energias renováveis.

As habitações que forem construídas nos próximos anos terão também de cumprir regras mais exigentes de respeito pelo ambiente, tendo Gordon Brown prometido que, «até 2016, todas as casas terão de ser carbono zero».

Para ser considerada uma casa «carbono zero», a energia usada no seu funcionamento não deve gerar dióxido de carbono, o que implica uma maior eficiência energética e o uso de energias de fontes renováveis.

A redução e possível eliminação dos sacos de plásticos oferecidos pelas lojas, a oferta ou desconto de lâmpadas de baixo consumo e o financiamento de obras para isolamento térmico das casas foram outras das medidas anunciadas.

Antecipando «uma mudança significativa» na economia energética do país, Gordon Brown considera que o Reino Unido precisará de uma «quarta revolução tecnológica», ao nível da que a máquina a vapor representou na revolução industrial.

«Esta é uma oportunidade que eu quero que este país aproveite: um Reino Unido onde uma nova economia verde providencia maior prosperidade e empregos de grande qualidade ao mesmo tempo que protege o ambiente e dá melhor qualidade de vida para todos», declarou.

Diário Digital / Lusa

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